segunda-feira, 28 de abril de 2008

Projetos Existenciais de Vida

Projetos de Vida

Apresentação

O Obetivo deste trabalho de pesquisa é apresentar Projetos de Vida, mostrá-los aos leitores e ao mesmo tempo animá-los, motivá-los e incentivá-los a produzir e desenvolver seus próprios projetos existenciais, os quais certamente contribuirão, como estes, para uma nova sociedade humana mais justa, fraterna e solidária, de bem com a vida, positiva e otimista, construtora do bem e da paz, criadora de boas condições de vida, saúde, trabalho e educação para seus membros, articuladores então de uma nova realidade cujo cotidiano se identifique com uma nova humanidade mais livre e mais feliz, com respeito pessoal e interpessoal e responsabilidade social, cultural e ambiental.
De fato esse é o desejo deste trabalho de pesquisa.
Produzir novos conteúdos de conhecimento a partir dos quais possa desenvolver novos projetos de vida que busquem uma nova realidade cotidiana para as nossas sociedades humanas atuais, reais e históricas, temporais e espaciais, locais, regionais e globais.
Que nosso desejo então se realize.
Matéria de conteúdo
de conhecimento de qualidade

1) Projeto Recomeçar

PROJETO
RECOMEÇAR

Se você caiu, então páre um pouco, tenha paciência e recomece tudo de novo.
O importante é recomeçar.
Se você caiu na tristeza, na angústia, no desespero, na depressão, no medo, na doença, na dúvida, no desemprego, no pecado, no erro, na falta... tente outra vez.
Com paciência, tudo é possível, tudo é realizável, tudo é alcançável.
Não se desespere, tenha esperança.
Não se entristeça, seja alegre.
Não se angustie, acorde para a vida.
A vida é boa e Deus é bom.
A vida é bondade e Deus é o bem.
Não desanime, não desista, não tenha medo... tente outra vez.
Seja paciente, contente e insistente.
Levante-se de novo e vá em frente.
Olhe para frente e para cima.
Deus o abençoará.
Tenha fé, acredite, creia em Deus, creia em você, creia nos outros, creia na vida.
A vida é boa.
A vida é bela.
A vida é ótima.
Pare, pense e tente outra vez.
Espere. Dê um tempo ao tempo. O tempo é um mestre. O mestre da vida.
Tenha paciência, a mãe das virtudes, a sabedoria de Deus, a vitória do homem e da mulher.
O importante é recomeçar.
Recomeçar sempre. Recomeçar a cada dia. Recomeçar em cada queda. Recomeçar sempre de novo. Recomeçar outra vez.
Se você caiu, então páre um pouco, tenha paciência e recomece tudo de novo.
Confie no Senhor.
Acredite em Deus.
Creia na vida, na vitória da vida, na vitória do bem, na vitória da paz, na vitória da luz, na vitória do amor.
Seja um vitorioso.
Tenha paciência.
E recomece sempre de novo.
Deus o abençoará.
O Senhor lhe dará o Prêmio Eterno.
Lute. A luta continua.
Viva. A vida permanece.

2. Projeto Politizar
Cidadania Consciente, Emergente e Inteligente

Mobilização social, coletiva, popular e comunitária em torno de alternativas de ação e opções de escolha relativas à constituição da cidadania consciente, emergente e inteligente dentro da sociedade humana
O que é Politizar ?
Politizar é trabalhar ativamente na construção de uma sociedade do bem e da paz, através de mecanismos de conscientização popular, exercício da cidadania e atividades reivindicadoras de melhores condições de vida, saúde e trabalho para toda a população em geral residente em determinado país.
Politizar é abrir possibilidades, favorecer tendências, superar limites, destruir preconceitos e gerar oportunidades.
Politizar é buscar novidades, procurar alternativas, resolver problemas, tomar decisões e oferecer soluções.
Politizar é caminhar juntos e unidos em torno de um mesmo ideal identificado com comportamentos fraternos e solidários, sociais e coletivos, comunitários e integrados, interativos e compartilhados.
Politizar é assumir um compromisso responsável com o maior bem-estar da sociedade, sua saúde fisica, mental e espiritual, seu crescimento econômico, seu progresso social, cultural e ambiental, sua evolução política e seu desenvolvimento humano e natural com maior qualidade de vida para as pessoas.
Politizar é olhar diferente, visualizando um exercício político que leve em conta as reivindicações populares, as emergências sociais, os direitos e deveres humanos e suas obrigações, responsabilidades e compromissos com a prática da justiça e a vivência da paz.
Tal maneira nova de fazer política deve organizar os trabalhadores, juntar, unir e reunir os amigos, associar os moradores de comunidades locais, conscientizar as entidades populares, libertar os oprimidos, renovar sempre as tentativas e desejos de melhores condições de vida para todos e cada um, e maiores resultados provenientes da luta de cada dia, do esforço da sociedade e do empenho de todos os políticos que são cada um de nós.
Consequentemente, que os pobres tenham voz e vez, seus desejos satisfeitos e suas necessidades realizadas, seus direitos reconhecidos e seus deveres e obrigações aceitos, entendidos e compreendidos.
Que Deus nos ajude a realizar esse projeto.
Politizar, um direito de todos!

3. Projeto de Vida Espiritual

A seguir, apresentamos um caminho de vida espiritual que deve ser seguido por todos e cada um dos que amam a Deus, o Senhor. Eis o caminho da vida:
1) Amar a Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida
2) Gostar da vida.
3) Ser bom e fazer o bem.
4) Viver em paz.
5) Praticar o amor.
6) Procurar a luz do conhecimento da verdade.
7) Praticar a justiça.
8) Ser direito.
9) Amar a verdade.
10) Ter juízo e bom senso.
11) Respeitar os outros, a si mesmo e a Deus, o Senhor.
12) Ser responsável.
13) Trabalhar com alegria.
14) Fazer bem todas as coisas.
15) Comunicar-se com Deus, o Senhor, através da oração.
16) Desejar ser livre e feliz.
17) Buscar a saúde pessoal e o bem-estar dos outros.
18) Amar a Eternidade.
19) Superar limites.
20)Ultrapassar barreiras.
21)Transcender obstáculos.
22)Afastar-se de preconceitos e superstições.
23)Seguir a natureza.
24)Movimentar-se sempre.
25)Seja você o médico de você mesmo.
26)Que os alimentos sejam os seus remédios.
27)Procure crescer, progredir e evoluir sempre.
28)Respeite as diferenças.
29)Valorize os detalhes.
30)Dê valor às pequenas coisas.
31)Não seja lento, mas paciente. Ande devagar. Devagar se vai longe. Seja como a tartaruga.
32)Evite gorduras e açúcares.
33)Beba bastante água.
34)Seja racional.
35)Seja realista.
36)Favoreça as tendências.
37)Caminhe com as possibilidades.
38)Desenvolva a fraternidade, a solidariedade e a generosidade.
39)Ajude os pobres.
40)Ame as mulheres
41)Valorize as crianças
42)Respeite os idosos e os mais velhos, os aposentados e pensionistas do INSS.
43)Compreenda os jovens e a juventude em geral.
44)Abra-se ao novo e à novidade.
45)Renove-se sempre interior e exteriormente.
46)Liberte-se da confusão mental e de complicações irracionais.
47)Ame o silêncio.
48)Estabeleça uma hierarquia de valores na sua vida.
49)Seja um Criador de Amigos.
50)Se você caiu, então páre um pouco,
tenha paciência, e recomece tudo de novo.
O importante é sempre recomeçar.
51)Em função de Deus, o Senhor, viva a sua vida, fazendo o bem a todos e a cada um, e convivendo em paz uns com os outros.
Este é o Projeto de Vida Espiritual, o caminho da vida, para quem quer ser livre e feliz eternamente.

4. Projeto de um homem bom que só faz o bem

Ser responsável por seus atos
Respeitar os outros, a si mesmo e a Deus, o Senhor
Ter juizo e bom-senso
Buscar a liberdade e a felicidade
Procurar a sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros
Trabalhar com alegria
Fazer bem todas as coisas
Amar o silêncio
Criar amigos
Valorizar os pobres, simples e humildes
Amar as mulheres
Respeitar os mais velhos, idosos, aposentados e pensionistas do INSS
Gostar das crianças
Compreender a juventude
Ter paciência
Andar, caminhar, movimentar-se sempre
Respeitar e compreender os limites da natureza humana
Conhecer a verdade
Praticar a justiça
Ser direito
Amar a vida
Praticar o amor
Ser bom e fazer o bem
Viver em paz
Procurar o conhecimento verdadeiramente possível
Estabelecer uma hierarquia de valores na sua vida
Propagar, difundir e publicar as boas idéias
Agir bem eticamente
Amar, respeitar e valorizar a Deus, o Senhor, na sua vida
Dar valor às pequenas coisas
Respeitar as diferenças
Valorizar os pequenos detalhes
Discernir a sua vocação
Fortalecer a sua profissão
Animar, motivar e incentivar os companheiros
Ajudar a ajudar
Viver generosamente, com fraternidade e solidariedade
Comunicar-se
Conversar com Deus, o Senhor, através da oração
Ser realista
Informar-se (jornais e revistas, rádio e televisão)
Valorizar a ciência e a tecnologia
Realizar atividades físicas, mentais, culturais e espirituais, artísticas e esportivas
Praticar exercícios corporais
Crescer, progredir e evoluir
Desenvolver uma consciência ambiental e práticas ecológicas
Seguir a natureza
Favorecer o equilíbrio alimentar
Procurar ser você o médico de si mesmo
Buscar nos bons alimentos o seu remédio
Beber bastante água
Fugir das gorduras e dos açúcares
Educar-se bem para o conhecimento, a ética e a espiritualidade
Amar a Deus, o Senhor
Superar limites
Ultrapassar barreiras
Transcender obstáculos
Favorecer tendências
Criar possibilidades
Fugir de preconceitos e superstições
Afastar-se da confusão mental e de complicações irracionais
Ignorar o mal e a violência
Construir boas virtudes e destruir vícios comportamentais
Trabalhar em favor da cultura da vida e do amor
Valorizar o seu ponto-de-vista pessoal
Ter visão global e diferencial
Ter responsabilidade social e ambiental
Buscar a novidade
Amar a Eternidade

5. Projeto de uma vida em silêncio

5.1. Tempo de Silêncio
Hoje, é o dia do silêncio,
dia do vazio,
dia do nada,
dia de nadar nadando no nada nadante.
É preciso nadar,
esvaziar-se,
silenciar,
entregar-se,
abandonar-se no silêncio solitário da solidão.
Então, neste momento, encontrei Deus, o Senhor.
Sozinho,
na solidão,
no silêncio,
no vazio,
no deserto,
no nada, felizmente, fiz meu encontro com Deus, o Senhor.
Escuto a voz do Senhor Deus: é de paz que Ele fala
é do bem que Ele surge,
é na luz que Ele vive,
é com o amor que Ele trabalha,
é pela vida que Ele zela.
No silêncio, o vazio e o nada fizeram-se deserto e solidão:
- Deus apareceu,
o Senhor aconteceu.
Eis que agora meu vazio se encheu.
Meu ser tornou-se plenitude,
ganhei altitude nos céus de Deus
Sim, é tempo de silêncio.
Tempo de Deus..
5.2. O Discurso do Silêncio
Escuto a voz de Alguém dentro e fora de mim.
Alguém fala,
vive,
existe e insiste,
caminha e se movimenta aquém e além de mim, no interior de mim.
Alguém é linguagem de vida,
caminhada existente,
movimento insistente.
Alguém falante,
vivente,
energético,
caminhante,
insistente,
existente.
O Silêncio fala: eis o pensamento.
O Silêncio fala de Alguém: pensamento do pensamento.
Pensando em Alguém, o silêncio se faz vida, energia, movimento, eternidade.
Refletindo sobre Alguém, no silêncio em mim, de mim e para mim, penso no eterno, na eternidade da vida, no movimento eterno do ser vivente que agora está em mim.
Ele, o fundamento da vida,
o princípio do amor,
a raiz da paz,
a origem da luz,
a fonte do bem.
Alguém justo, direito e verdadeiro.
Alguém livre e feliz, respeitoso e responsável, saudável e educado, bom, a bondade em pessoa, consciente e contente.
A voz do silêncio se faz ouvir.
É de paz que Ele fala.
É do bem que Ele vive.
É na luz que Ele está.
Ele, Deus e Senhor.
5.3. A Árvore do Silêncio
Na construção do silêncio, vários momentos são percorridos, tais como:
A Raiz do Silêncio é a Graça de Deus, o Senhor.
O Tronco do Silêncio é o Amor.
O Caule do Silêncio é a Vida.
As Folhas do Silêncio são a Paz e a Ordem.
As Flores do Silêncio são a Reflexão e a Paciência.
Os Frutos do Silêncio são o Bem e o Discernimento.
5.4. Terapia do Silêncio
A Cura pela presença da ausência
Silenciar não é sinal de omissão.
Silenciar pode ser uma necessidade momentânea de reagir contra o mal e a violência.
Silenciar possivelmente é a necessidade de manter-se bem consigo mesmo e em paz com os outros.
Silenciar pode ser um instante de oração onde a criatura se eleva diante de Deus, o Senhor.
Silenciar pode ser também um estado de dor ou sofrimento.
Silenciar pode ser ainda um tempo de loucura, ausência de consciência ou falta de juizo.
Silenciar pode ser igualmente a vontade de manter-se distante de brigas, guerras e confusões.
Silenciar é antes um desejo e uma necessidade.
Desejo do bem e necessidade de paz.

5.5. Uma Mente em Silêncio
Silêncio é um estado de ordem mental, física e espiritual, vida disciplinada e organização das idéias, do pensamento refletido, do conhecimento adquirido e do discernimento almejado.
Silêncio é a paz vivida e o bem praticado, o amor querido e a vida desejada, a condição para a luz, a base da justiça, o princípio do direito e o fundamento da verdade.
Silêncio é o lugar do planejamento de uma vida, do projeto de um trabalho, da preparação de uma tarefa, do condicionamento de uma atividade e do exercício de uma função.
Uma mente em silêncio – eis o ambiente propício para um sonho ser realizado, um desejo ser praticado, um pensamento ser experimentado e uma vida ser trabalhada no presente e no futuro, aqui e agora, dentro e fora da realidade cotidiana, no dia-a-dia da nossa vida.
Uma razão silenciosa pensa mais e reflete melhor.
Uma atividade silenciosa produz mais e se qualifica melhor.
Um trabalho silencioso é cheio de virtudes, impõe respeito e mantém a responsabilidade, favorece a liberdade e se encontra com a felicidade, abraça o juízo e o bom-senso, tem saúde e bem-estar, é bondoso e pacífico, luminoso, vivo e amante, justo, direito e verdadeiro.
Uma inteligência em silêncio é capaz de grandes momentos e altos empreendimentos, boas projeções de vida e ótimas chances e oportunidades de se dar bem na realidade diária da nossa existência cotidiana.
Silêncio, como disse acima, é a ordem da paz, a paz espiritual, a calma da alma, a tranquilidade do espírito, o repouso do corpo, o descanso de uma vida de trabalho, a disciplina da consciência e a organização dos exercícios e atividades do dia-a-dia.
Uma mente em silêncio – eis a ordem da nossa casa, um ambiente arrumado e com jeito de uma paz que se vive e de um bem que se pratica, de um amor que se deseja e de uma vida que ilumina a todos e a cada um dos que estão ao seu redor.
Deus habita no silêncio.

6. Projeto de uma realidade sem sonhos

6.1. O Sonho e a Realidade
Pensamento e Realidade não são a mesma coisa.
Pensar, sonhar, imaginar: eis a realidade da racionalidade.
A Realidade, pois, pode estar no munfo das idéias ou no mundo da experiência.
Realidade pensante e realidade concreta.
Realidade teórica e realidade prática.
Realidade inteligível e realidade sensível.
Realidade ideal e realidade experiencial.
Como vemos, existem 2 tipos de realidade:
o sujeito e o objeto,
as idéias e as coisas,
o ser e o ente,
a essência e a aparência,
a substância e o acidente,
o interior e o exterior,
a consciência e a práxis,
o eu e o outro,
a razão e a sensação,
a inteligência e os sentidos,
em mim e sem mim,
dentro de mim e fora de mim,
nós e os outros,
a insistência e a existência,
a história e os fatos,
os atos e os acontecimentos,
o interno e o externo,
o aquém e o além,
o tempo e o espaço.
O Sonho é não fazer a diferença,
é não fazer o discernimento,
é não fazer o esclarecimento.
O Sonho é a mistura,
a confusão,
a complicação.
Misturar a teoria com a prática,
confundir o sujeito com o objeto,
complicar a essência com a aparência.
Sonhar é a não realidade,
a fantasia,
a imaginação,
o pensamento imaginário,
a loucura e a desrazão.
Quando dormimos e sonhamos: eis a loucura do ser,
a loucura da mente,
a loucura da razão.
O Sonho é o nosso estado de loucura,
a nossa experiência de demência,
a nossa existência doente.
O Sonho é o mal do espírito,
a doença da alma,
a moléstia irracional,
a enfermidade da irracionalidade.
O Sonho é a falta de juizo,
a carência de bom-senso,
a presença da ausência,
o vazio e o nada,
. alguém que não é ninguém.
O Sonho existe sem existir,
existe sem ser,
existe sem acontecer.
O Sonho é a loucura,
a irracionalidade,
a desrazão,
a ausência de juizo,
a falta de bom-senso.
O Sonho é as trevas,
a noite,
a morte,
a escuridão,
a maldição,
a desgraça,
a perdição.
O Sonho é o pensamento louco,
a razão doida,
a inteligência maluca.
O Sonho é a realidade irreal,
a realidade da loucura,
a loucura da realidade.
Vamos realizar sem sonhar,
descansar sem dormir,
repousar sem imaginar qua a luz vai acabar
O Sonhador não é realista.
O Realista não é sonhador.
6.2. O Poder da Imaginação
A Loucura dos Sonhos Metafísicos
Imaginar é apresentar imagens a si mesmo, e sobre elas criar sonhos e fantasias, um mundo imaginário que foge à realidade cotidiana. Tal mundo imaginário se pensa e se cria a si mesmo, descobrindo novas imagens a partir de imagens antigas. Deste modo, crescendo e se desenvolvendo, a imaginação imagina-se, cria-se, constrói-se, articula-se por imagens umas sobre as outras, levando a pessoa humana a sonhar incrivelmente, de maneira fantástica e extraordinária, ao ponto de ela ser atraída ao fechamento, aprisionando-se dentro de si própria. Com efeito, a imaginação nos prende, escraviza e aprisiona, obstruindo nossas idéias e pensamentos, obscurecendo a nossa consciência e alienando-nos do dia-a-dia da nossa vida.
Imaginar é um perigo!
Aberta a imaginação, ela nos faz sonhar, enlouquecendo a nossa vida.
As imagens apresentadas e representadas na mente do homem e da mulher, de fato, produzem o processo de enlouquecimento da humanidade, que sonha com símbolos imaginários, recriando-os e reproduzindo-os continuamente no interior de seus pensamentos alheios à realidade.
Na verdade, o poder da imaginação parece escapar aos limites da natureza humana, que, perdendo o controle sobre si, é superada por suas forças imaginárias, ultrapassada por suas tendências loucas e enlouquecedoras, que transcendem as delimitações da consciência, tornando-a alheia a si, outra dentro de si, isolando-se do real e fugindo dos parâmetros racionais, onde deve prevalecer o juizo e o bom-senso.
Certamente, então, perde-se a consciência, o juizo e o bom-senso, vivendo-se assim a loucura irracional, a desrazão inconsciente e a demência imaginária, as quais afugentam-nos da cotidianeidade, da realidade diária da nossa vida pessoal e social.
O Imaginário é metafísico, está além e aquém da matéria real.
Imaginar é possibilitar o sonho,
a loucura,
a demência,
a inconsciência,
a irracionalidade,
a irrealidade.
Devemos cortar o mal pela raiz.
Não deixar a árvore crescer.
É perigoso imaginar e imaginar-se!
6.3. Imaginação – A Razão Louca
O Irreal e o Irracional
O Mundo da Imaginação é imprevisível visto que é feito de irrealidades, irracionalidades, sonhos, loucuras, demências, pensamentos loucos, utopias, fantasias, seres imaginários, coisas inconscientes, previsões irrealizáveis, profecias inexplicáveis, enfim, um mundo da loucura dos sonhos imaginários.
Imaginar aleatoriamente pensamentos loucos, enlouquecendo a razão com sonhos irreais e irrealizáveis, vivendo-se então a desRazão demente e inconsciente, tal situação imaginária corresponde à realidade irreal e à razão irracional onde se sonha com seres incríveis e fantásticos e coisas espetaculares e extraordináruas, originando um mundo louco e sonhador, ausente do cotidiano e fora da realidade do dia-a-dia da nossa vida.
Esse estado de loucura, sonho e imaginação, irrealidade e irracionalidade, caracteriza o mundo da imaginação.
É um mundo do nada e do vazio, da falta e da ausência, que ignora o real e o racional, o juizo e o bom-senso, criador de impossibilidades.
Ele existe sem existir, é um real irreal, um racional irracional.
A Imaginação ou a Razão Louca invade universos estranhos, percorre estradas fantásticas e imaginárias, caminha por desertos secos e instáveis, inconstantes e transitórios, provisórios e perecíveis cuja expressão máxima é a loucura dos sonhos imaginários.
6.4. A Loucura dos Sonhos Imaginários
ou
a Realidade da Razão Consciente
Qual o seu caminho ?
A Paz ou a Violência ?
A Bondade ou a Maldade ?
O Bem ou o Mal ?
A Luz ou as Trevas ?
O Amor ou o Ódio ?
A Vida ou a Morte ?
O Direito ou o Errado ?
A Justiça ou a Injustiça ?
A Verdade ou a Falsidade ?
A Realidade ou os Sonhos ?
A Consciência ou a Loucura ?
A Razão ou a Imaginação ?
Deus ou o Diabo ?

6.5. O Processo de Conscientização da Realidade
Tomar consciência das coisas, na verdade, é um processo lento de apreensão do conhecimento da realidade, dentro da qual se está inserido.
De fato, conhecer (tomar consciência) é um movimento globalizamte, onde se abstrai o todo em função de suas partes.
Lentamente, a partir das diferenças, formamos o conhecimento global, no qual se dá o processo de conscientização da realidade.
Conscientizar-se é o conhecimento do conhecimento vagarosamente adquirido, em que diferencialmente formamos a abstração ou apreensão do todo a ser conhecido.
Tal é o movimento construtor, articulador e globalizador da realidade.
A conscientização da realidade se dá por um movimento permanente de memorização, onde o conhecimento se fixa na consciência a partir de idéias ou símbolos repetidamente apreendidos ou abstraídos.
A memória, portanto, é importante nesse tal processo de conscientização da realidade.
Sucessivas idéias, teorias ou ideologias, quando continuamente, e repetidas vezes, memorizadas, passam então a se fixar na tomada de consciência da realidade.
Frequentemente, a memória se exercita, a fim de oferecer à consciência a tomada de conhecimento da verdade das coisas reais em si, de si e para si.
De si, em si e para si, a consciência abstrai ou apreende o conhecimento, através de um movimento de memorização lento, vagaroso e paciente, formando e informando de fato o que deve ser conhecido.
Ocorre, então, lentamente, um verdadeiro descobrimento da realidade, que revela pouco a pouco o grau ou nível de conscientização obtido, para cujo processo trabalha incessantemente a memória do sujeito humano que então se conscientiza.
Certamente, tal descobrimento da realidade acontece dentro da consciência (em si), partindo dela (de si) e terminando nela (para si): movimento de reflexão consciente, memorizador da realidade.
Assim, descobrir a realidade,
descobrir a verdade real, é um acontecimento fenomenológico(fenomenal), ou seja, são idéias(fenômenos da consciência) que se repetem dentro dela, de modo a se fixarem nela, refletindo o estado de consciência então observado, ou melhor, o estado de abstração ou apreensão da realidade em si, de si e para si.
Logo, memória e consciência atuam juntas, unindo-se na articulação do descobrimento da verdade da realidade.
Essa articulação do conhecimento em si, de si e para si, é o que chamamos de processo de conscientização da realidade.
É a consciência real.

6.6. O Mundo da consciência e a consciência do mundo
A Consciência em si, de si e para si
O Processo de construção, consolidação e desenvolvimento
dos fenômenos da consciência humana e suas condições de possibilidade
1) Os fenômenos da consciência humana
a) Os símbolos ou ocorrências simbólicas
b) As idéias ou fatos ideológicos
c) As imagens ou acontecimentos imaginários
d) As intenções(interesses) ou sintomas intencionais
e) Os valores ou efeitos valorativos
f) As vivências ou práticas vivenciais
2) O mundo consciente
3) A Consciência real
4) A Realidade nua (superar limites,
ultrapassar barreiras,
transcender obstáculos,
quebrar preconceitos,
destruir superstições,
gerar tendências,
criar possibilidades,
abrir a mente,
renovar a vida,
libertar-se de prisões)
6.7. A Realidade da Consciência
e a Consciência da Realidade
A Consciência humana tem limites ?
Em seu mundo interior, os fenômenos ali presentes e insistentes são os símbolos, as idéias, as imagens, os valores e as vivências da pessoa humana, responsáveis por sua interação com a realidade cotidiana e o meio-ambiente local, regional e global no interior dos quais vive, convive socialmente e sobrevive material e espiritualmente.
Tais fenômenos da consciência constituem sua realidade interna.
Contudo, pode-se perguntar:
Além de si, ou fora de si, existe alguma realidade ?
É possível sua realidade exterior ?
Ou tudo é interno, todos são interiores ?
Existe alguma coisa fora da consciência ?
Ou será que a consciência é a única realidade ?
Eu sou tudo e todos ?
Eu sou o pensamento ?
A Realidade é pensamento ?
A Realidade é a consciência que abarca a tudo e a todos ?
O Real é racional ?
O Racional é real ?
Não existe diferença entre consciência e realidade ?
Acredito na possibilidade de uma realidade exterior, fora e além da consciência interior.
Com efeito, a consciência é limitada, e além de suas fronteiras ou fora de seus limites próprios, existe e insiste o outro, uma outra realidade, caso isso seja possível.
Eu e os outros formamos e desenvolvemos uma única realidade eterna, infinita, permanente, constante, imutável, estável, absoluta, necessária, imprescindível,
universal e fundamental, cujas consciências são mutáveis, inconstantes, instáveis, finitas, relativas, variáveis, móveis e individualizadas, proporcionando uma relação distributiva, integrada, interativa e compartilhada em que a interpretação da realidade pelas consciências operantes do eu e dos outros seja verdadeiramente global e diferencial.
A partir deste ponto-de-vista, acima referido, pode-se observar a real diferença entre consciência e realidade.
Por conseguinte, a consciência-em-si é a sua realidade própria, interna e externa, visto que internamente ela é inteligível, e, por outro lado, externamente, ela é sensível, ou seja, através do sentidos humanos(visão, olfato, audição, gosto e toque) ela entra em contato com a experiência concreta.
Outrossim, a consciência-de-si é a sua auto-reflexão sobre si mesma.
A Consciência-para-si é a sua relação subjetiva com a sua objetividade que ela
desenvolve dentro de si.
Logo, a consciência-em-si, de si e para si manifesta interiormente seus fenômenos vitais que tornam possível seu contato com a realidade externa, fora e além de si mesma.
Os fenômenos vitais que acontecem no interior da consciência humana em seu choque com a realidade exterior são pois de ordem simbólica, ideológica, imaginária, valorativa e vivencial.
Na ordem simbólica, temos os símbolos ou representações mentais de algo real.
Na ordem ideológica, temos as idéias ou representações inteligíveis da mente humana.
Na ordem imaginária, temos as imagens ou representações mentais em movimento constante ou transitório.
Na ordem valorativa, temos os valores ou representações intencionais da consciência humana.
Na ordem vivencial, temos as vivências ou ocorrências vitais ou acontecimentos comportamentais ou atuais do homem e da mulher.
6.8. A Consciência Real
Quando a consciência humana e a realidade prática cotidiana se encontram, interagem entre si, compartilhando seus caracteres próprios, desde então estamos diante da Consciência Real que significa o desaparecimento dos sonhos, a destruição da loucura e a fuga do imaginário, o abraço da racionalidade com a realidade, da consciência com a experiência, convivendo-se assim com um ambiente de juizo e bom-senso, sem fantasias loucas e imagináris, sem sonhos metafísicos, assumindo-se de fato um compromisso responsável com a realidade do dia-a-dia e seus momentos sociais, políticos, econômicos e culturais.
A Consciência real é dinâmica, prática, experimental, ativa, atuante, comprometida e responsável.
Sua realidade é consciente, racional, equilibrada, emocionalmente ordenada, disciplinada e organizada, lógica, mentalmente estruturada, inteligivelmente sistematizada, metodologicamente orientada, produzindo permanentemente novos pensamentos, sentimentos e comportamentos. É criadora de novas idéias e novos conhecimentos. Abraça a ética do bem e da paz. Desenvolve uma espiritualidade voltada para a construção do bem social, o bem coletivo, o bem comunitário onde a fraternidade, a solidariedade e a generosidade são os frutos resultantes de uma sociedade pacífica, ordeira e organizada. Graças a Deus a humanidade hoje caminha para essa realidade, a realidade consciente, ou a Consciência Real.
6.9. O Mundo da Imaginação
Um mundo sem tempo e sem lugar
Um mundo sem chão e sem teto
Um mundo sem portas e sem janelas
Quando estamos no universo imaginativo-imaginário, na verdade, todas as nossas garantias somem e todas as nossas seguranças desaparecem. Vivemos sem viver. Existimos sem existir, O Nada e o vazio acontecem. A Falta e a ausência aparecem. Estamos num mundo de demências e aparências. Os fatos acontecem incrivelmente, de maneira fantástica e extraordinária. É o espetáculo da loucura. O show dos sonhos. A Festa dos loucos. Pois nele não há tempo nem lugar. Não há teto nem chão.Não há portas nem janelas. Eis a irrealidade. Eis a irracionalidade. Eis a inconsciência. Eis a presença da ausência.
A Consciência Real, como vimos acima, é o contrário de tudo isso.
Além disso, esse universo de produções loucas, sonhadoras e imaginárias têm como consequência um comportamento violento, mau e ruim, identificado com a divisão e a exclusão, a solidão e marginalização, a opressão, a depressão e a repressão.
De tudo isso, concluimos que atualmente as sociedades humanas em geral, no mundo inteiro, experimentam um processo relativo e parcial de enlouquecimento existencial.
A Sociedade está enlouquecendo.
O Futuro do mundo será o Hospício do Pinel ???
6.10. O Futuro é o Hospício ???
Caminhamos para o Pinel ???
O Mundo realmente está ficando maluco ???
De um lado, sim.
Por outro lado, não.
Eu ainda acredito em Deus, o Senhor.
Eu ainda creio no bom juizo e no bom-senso das pessoas.
Eu ainda espero no respeito e na responsabilidade que as pessoas devem ter.
Eu ainda mantendo as devidas esperanças em uma sociedade do bem e da paz, do amor e da vida.
Eu ainda tenho fé.
Eu ainda acredito no homem e na mulher.
Eu ainda creio em Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, que, apesar de tudo e de todos, ainda conduz a história, guia os acontecimentos da realidade cotidiana, orienta o destino dos Povos e Nações, produz a realidade da razão consciente, a Consciência Real, e ignora totalmente a loucura dos sonhos metafísicos e imaginários.
Eu ainda acredito em mim e nos outros.
Eu ainda creio em nós.
Deus existe.
a história, guia os acontecimentos da realidade cotidiana, orienta o destino dos Povos e Nações, produz a realidade da razão consciente, a Consciência Real, e ignora totalmente a loucura dos sonhos metafísicos e imaginários.
Eu ainda acredito em mim e nos outros.
Eu ainda creio em nós.
Deus existe.
6.11. O Poder da Maluquice da Cabeça
A Maluquice tem poder.
A Maluquice gera a violência,
produz a maldade,
cria a confusão mental.
A Maluquice, ou a perda do juizo e da consciência, é responsável pela doença social que atinge indivíduos e grupos humanos, alheios à realidade cotidiana, longe de sua consciência racional, ignorando assim o dia-a-dia da vida, sobretudo hoje em nossa sociedade atual.
Atualmente, em nossa sociedade doentia, assistimos a um processo de enlouquecimento individual e coletivo, onde na família, no trabalho ou na escola as pessoas se violentam e violentam os outros, se maldizem e maldizem os outros, se amaldiçoam e amaldiçoam os outros, são más e ruins consigo mesmas e com os outros, produzindo então um estado de vida, cujas condições favorecem a cultura da morte, loucos enlouquecendo-se uns aos outros, mortos matando-se uns aos outros, violentos violentando-se uns aos outros. Em consequência, o mal-estar social, político, econômico e cultural, instalou-se em nossa sociedade, tornando-a doente, vítima de sua própria loucura, sua violência, maldades e ruindades. Vemos assim o crescimento da fome, da pobreza e da miséria, nas ruas, nos morros e nas favelas, fazendo explodir as cidades urbanas, fruto também das migrações do campo e do interior.
A Loucura fixou-se, instalou-se e estabeleceu-se entre nós, na sociedade contemporânea, afetando populações inteiras, que lutam para viver, conviver, sob-viver e sobre-viver no interior de tal processo enlouquecedor, para o qual contribuem ainda o desemprego, a marginalização, a ausência de trabalho e a falta de atividades.
O Poder da Loucura está no meio de nós.
O que fazer ? Para onde fugir ? Como escapar de suas conseqüências trágicas, alarmantes e desastrosas, perniciosas, corruptoras e destruidoras ?
6.12. Aberração Psicológica
Costinha, Zé Pereira e Juracy
O Trio Elétrico do Hospício do Pinel
No hospital de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, todo santo dia era dia de quebra-quebra e pancadaria, sangue e violência, maldade e ruindade, doentes, médicos, enfermeiros e funcionários em confusão geral, excluindo-se uns aos outros, abraçando a guerra interna e rejeitando a paz e a concórdia em um ambiente hostil, contrário ao bem e ao amor, totalmente adverso e antitético, contraditório, refletindo fundamentalmente o estado de saúde então reinante naquele local: aberração psicológica, desvio de comportamento, alienação e fuga da realidade, loucura metafísica, prática reveladora da vivência dos sonhos imaginários irreais, irracionais e inconscientes, falta de juízo e bom-senso, ausência de mútuo respeito e recíproca irresponsabilidade moral, social e comportamental, marginalização real e exclusão social, império da maldade e da violência generalizada.
Tal o quadro-negro e doentio, louco e marginal, então ali encontrado todos os dias, noites e madrugadas, mostrando-nos realmente que a saúde de uma pessoa se inicia na sua cabeça, na sua consciência boa ou má, na sua razão louca ou saudável, na sua inteligência clara e distinta ou confusa e complicada, na sua mente sadia ou doente e enferma.
Assim acontecia diariamente a chamada aberração psicológica, com seus traumas e desvios, neuroses e psicoses, preconceitos e superstições, confusões e complicações, violências e maldades, marginalidades e loucuras, sonhos e imaginários, irrealidades e irracionalidades, inconsciências e alienações.
Nesse meio-ambiente confuso e complicado, doentio e malicioso, mau e violento, marginal e excludente, se achavam Costinha, um doente mental cujo sonho era comprar a Europa, a América e a África; Zé Pereira cujo trabalho era comprar e vender dinheiro em todas as suas farmácias, padarias e botequins do Brasil; e ainda Juracy, o grande líder e chefe dos malucos cuja atividade era, como todos já sabiam, armar, planejar e concretizar a bagunça e a palhaçada, a confusão e a violência, o quebra-quebra e a pancadaria, dentro e fora do Hospício do Pinel de Jacarepaguá. Formavam eles o Trio Elétrico do Hospício
Esse Trio Elétrico do Pinel, na verdade, era a alegria dos malucos, pois eles é quem animavam, motivavam e incentivavam a todos e cada um dos enfermos, distribuindo alegria e felicidade, elevando sua auto-estima, gerando no ambiente alto-astral geral, ficando todos enfim, no final das contas, felizes, alegres e contentes.
Era deste modo que Juracy, Costinha e Zé Pereira ajudavam a todos a vencer a solidão e o isolamento, e ganhar a batalha medicinal e hospitalar contra a depressão e a aberração psicológicas.
ospício do Pinel
6.13. Dormindo e Sonhando
O Sonho da loucura do ser
A Loucura da imaginação irreal
Imaginação louca e irreal,
irracional e inconsciente,
doente e insensata
O Sono da madrugada, quando dormimos depois de um dia de trabalho, nos revela o estado doentio do ser, do pensamento e da existência humanas.
Esse estado doentio se identifica com a inconsciência de nossos sonhos, suas fantasias irreais e suas irracionalidades imaginárias.
Tal é a loucura do ser,
a moléstia do pensamento,
a demência da existência.
Homem e mulher, quando estão dormindo, experimentam um mundo irreal de incríveis fantasias extraordinárias.
Irrealidade – ausência do real – que significa fuga do cotidiano, falta de racionalidade, carência de consciência, identificação com o imaginário, a loucura dos sonhos metafísicos.
Irracionalidade – ausência de razão – que representa nosso estado doentio de falta de juizo e bom-senso.
Inconsciência – ausência de consciência – que reflete a enfermidade louca e fora de si de nossa inteligência, seus pensamentos irreais e ausentes do dia a dia da nossa vida, seu ser irracional que sofre então da síndrome da desrazão imaginária e de sua existência distante, longe de nós, afastada de nosso convívio diário, vivendo a loucura do sono da morte e dos sonhos irrealizáveis sem desejos e sem esperanças.
Eis pois o sentido dos sonhos.
O significado da loucura do ser.
A razão de nossos pensamentos imaginários.
O reflexo de nossa existência irreal e irracional, sem ciência e sem consciência, sem juizo e sem bom-senso, burra e insensata, maldosa e violenta, ignorante e mentirosa.
Por isso, sejamos sempre realistas.
Viver a realidade da experiência concreta cotidiana é a chave do sucesso de nossos bons trabalhos e boas atividades e o segredo de uma vida orientada pela cultura do bem e da bondade e pela mentalidade da paz e da não-violência.
A realidade é a nossa salvação.
Que o Senhor Deus nos ajude e abençôe.
6.14. A Imaginação Patológica
O estado doentio de um
raciocínio baseado em hipóteses
"Eu acho", "quem sabe", "pode ser", "talvez", "é possível" são expressões hipotéticas reveladoras de uma mente doente cuja imaginação doentia vive um círculo vicioso capaz de gerar raciocínios incertos e duvidosos que não chegam a lugar nenhum. Pensa-se hipoteticamente, fazendo-se curvas de opinião sem fundamento algum, o que reflete a desrazão irreal, uma realidade irracional, imaginando-se tal realidade ao mesmo tempo em que se ignora a realidade mesma como ela é. Então, o inconsciente fala mais alto, o imaginário grita mais forte, o sonho torna-se real, a irrealidade acontece e a irracionalidade se manifesta através das palavras que se apresentam.
Tal é a imaginação patológica.
Ignora-se a experiência real dos fatos concretos.
Vive-se em um mundo de ilusões e fantasias.
Sonhos incríveis, fantásticos e extraordinários.
Pois então sejamos realistas.
Fujamos das hipóteses.
Realmente práticos e concretos, experimentaremos uma mente sadia, uma razão saudável e agradável, uma inteligência lógica, coerente e sem erros, uma consciência reta onde o bom juizo e o bom-senso são os seus melhores amigos.
Realistas, teremos mais saúde e bem-estar maior e melhor.

7. A Cons-Ciência Eustática e a Razão Insofismática
Projeto de Investigação Científica para Síntese e
Análise do Conhecimento verdadeiramente possível

Razão Insofismática é aquela que na busca da verdade do conhecimento possível se compromete com sua autenticidade lógica, sua transparência racional e sua luminosidade realmente verdadeira.
Cons-Ciência Eustática é aquela que procura os fundamentos da verdade, os princípios do conhecimento, o sentido do pensamento, as raízes da existência real, racional e intencional.
A Racionalidade Eustática e Insofismática possibilita, articula e desenvolve uma nova metodologia de investigação científica, sintetizando e analisando o conteúdo do conhecimento verdadeiramente possível.
Ela torna clara e viável os limites, tendências e possibilidade do conhecimento e sua responsabilidade hermenêutica, discursiva e interpretativa, produzindo assim novas idéias e novos ideais que objetivam alcançar a luz da ciência eustática e insofismática.
Ela pois é uma Racionalidade iluminadora de novos conteúdos, de novas essências do pensamento, de novas produções do conhecimento, ignorando mentiras e falsidades ideológicas, erros e faltas psicológicas, aberrações científicas e ilusões filosóficas.
Ela, a Verdade Racional mais funda e mais profunda, quando então Verdade e Racionalidade se encontram e se identificam, somadas com a Realidade prática cotidiana, juntas e unidas produzem o verdadeiro conhecimento possível, capaz de ser apreendido e abstraido pela Inteligência Pensante.
Surge deste modo um novo método filosófico e uma nova metodologia científica cujos critérios de investigalçao real, racional e intencional aprofundam o pensamento, detalhando a compreensão do conhecimento, mergulhando nas diferenças da abordagem fundamentalmente descobridora de novas certezas, novas verdades, novos conhecimentos verdadeiramente possíveis.
Por conseguinte, tal Ciência Eustática e sua Racionalidade Insofismática trabalham detalhando as diferenças possibilitadoras do verdadeiro conhecimento, fundando suas verdades e aprofundando sua análise cuja descoberta é a novidade de um conteúdo essencial pensante e pensado tendo em vista fazer a abertura da consciência a novas possibilidades, superando seus limites e renovando suas tendências lógicas e dialéticas, construindo a partir de então uma nova mentalidade cultural e libertando-se de preconceitos irracionais e ilusões e superstições irreais.
A Razão Eustática e Insofismática operam trabalhando os exercícios do pensamento cujas atividades pensantes e pensadas fundamentam a construção do verdadeiro conhecimento humano, natural e cultural.
Este o Projeto Real, Racional e Intencional de uma Cons-Ciência Fundamental e
de uma Racionalidade logica e dialeticamente investigativa.
Tal é seu objetivo final.
Encontrar a Verdade comprometida verdadeiramente com sua Realidade Cotidiana e sua Racionalidade Fundamental.

8. Projeto Filosofar

9. Projeto de um novo modelo de Ciência

10. Projeto de uma existência em movimento

11. Projeto de um caminho de paciência

12. Projeto de uma ética do respeito e da responsabilidade

13. Projeto de uma Pedagogia das Diferenças

14. Projeto de uma Sociedade sem remédios

15. Projeto de uma Filosofia do Futuro

16. Projeto de uma racionalidade consciente baseada no juizo e no bom-senso

17. Projeto de uma espiritualidade natural

18. Projeto de uma eternidade livre e feliz

19. Projeto de exercício da atividade política tendo como fundamento radical o conhecimento qualificado adquirido, o comportamento ético manifestado no respeito pessoal e interpessoal e na responsabilidade social e ambiental e a espiritualidade natural onde Deus, o Senhor, é a pessoa mais importante aqui e agora, e além na eternidade

20. Projeto educacional para o homem de hoje
Paidéia – A Formação do homem grego

Na Grécia antiga, em seus primeiros séculos a.C., a formação do homem grego obedecia a um contexto histórico bem determinado, definido principalmente ora por sua tradição cultural ora pelo tempo e lugar vividos por seus cidadãos.
A Paidéia surge então em meio a um fluxo cultural bastante problemático, no qual se perguntava sobretudo qual seria o papel do homem dentro do Cosmos, diante de Zeus e os demais deuses mitológicos, perante às forças da natureza,
à frente da democracia ateniense e outras cidades gregas, no interior da ética e da política, da moral e do social, do comércio e da economia em geral, da própria Mitologia Grega, e, com destaque peculiar, de sua racionalidade ordenadora do caos, de sua capacidade de organizar o conhecimento, estruturar a lógica e a metafísica, sistematizar o pensamento filosófico até então consumado.
Interrogando-se e tentando responder a essas questões fundamentais, o cidadão grego construiu a Paidéia: Projeto de educação voltado para a formação cultural do homem grego.
A partir de agora, os gregos seriam chamados de humanistas, justamente porque em função do homem – do homem grego - conceberiam a natureza e o universo, a religião e a filosofia, a arte e a ciência, a moral(ética) e a história.
E por causa do homem, a razão inteligente se constituirá no padrão grego por excelência, a partir de que a ordem, a democracia e a filosofia assumirão um compromisso responsável com a liberdade e a felicidade humana local, regional e global, agora e futuramente.
O que valeu para os gregos de outrora, igualmente tem valor para a humanidade de hoje.

21. Projeto de uma Consciência Eustática
e de uma Razão Insofismática

Razão Insofismática é aquele estado mental de racionalidade que procura, do ponto-de-vista do conhecimento, a verdade das coisas, a lógica do pensamento, a certeza das idéias encontradas, a autenticidade lógica, retórica, argumentativa, dos símbolos e idéias criadas, ou seja, é a busca da verdade propriamente dita, rejeitando assim tudo o que é contrário a ela.
In-sofismático ( sem sofismas, sem erros, sem incertezas, sem falsidades, sem corrupção ).
Razão Insofismática é a razão autêntica, certa, correta, verdadeira, que anseia pela verdade em si.

Consciência Eustática é aquele estado mental de consciência, onde ocorre um movimento em favor dos fundamentos da verdade, os princípios da realidade, as origens do pensamento, as raízes do conhecimento, as fontes básicas das idéias constituídas na racionalidade pensante.

Insofismático é a busca da verdade, enquanto eustático é a busca dos fundamentos da verdade.
Eustático, na verdade, é o movimento profundo de descoberta dos fundamentos, princípios ou raízes do pensamento, dos sentimentos e dos comportamentos humanos.
Tal movimento fundamental caracteriza a consciência eustática, a consciência mais funda e mais profunda.

22. Projeto de uma vida sem preconceitos

A possibilidade de viver sem preconceitos e superstições, sem obstáculos mentais e barreiras ideológicas e psicológicas, sem confusão de idéias e complicações irreais e irracionais, sem sonhos metafísicos e loucuras inconscientes e imaginárias
- eis uma realidade em construção para a qual contribuem eficazmente as seguintes 16 vias comportamentais encontradas na experiência real cotidiana:
1) Amar a vida de cada dia
2) Praticar o amor, a fraternidade e a solidariedade
3) Fazer o bem a todos e cada um
4) Viver em paz uns com os outros
5) Procurar a luz do conhecimento da verdade
6) Praticar a justiça social e coletiva
7) Abraçar o direito e manter o respeito
8) Ser responsável pelos seus atos
9) Ter juizo e usar o bom-senso
10) Buscar a liberdade e desejar a felicidade
11) Favorecer a sua saúde e o bem-estar dos outros
12) Trabalhar com alegria
13) Fazer bem todas as coisas
14) Fugir da maldade e da violência
15) Lutar pela cultura do bem e da bondade
16) Abrir um tempo e lugar para Deus, o Senhor, em sua vida
A prática vivencial dessas 16 vias de comportamento humano e natural possibilita de fato aqui e agora uma vida sem preconceitos.

Finalização

Animados, motivados e incentivados por esta nova abordagem deste trabalho de pesquisa, caiamos na real e ponhamos em prática nossos projetos de vida guardados dentro de nós mesmos, articulando as condições indispensáveis para que eles possam surgir, produzir-se e desenvolver-se, colaborando deste modo com todos e cada um para o movimento construtor de uma nova realidade humana, como disse, mais justa, mais fraterna e mais solidária.
Projetemos nossa vida.
E realizemos tais projetos.
Eles são importantes para todos nós, visto que podem salvar vidas, curar doenças e libertar-nos da escravidão dos preconceitos e superstições, e ainda proporcionar novas condições e relações de vida e trabalho, abrindo assim as portas da liberdade feliz para todos os cidadãos do mundo inteiro, não só de nossas cidades ou país.
Da teoria para a prática – eis a nossa missão a partir de agora.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O Mundo da Mente, novos conteúdos

O Mundo da Mente
Os Problemas da Razão
As Questões da Inteligência
As Interrogações da Consciência

Rio de Janeiro
Brasil
2008
Francisco da Glória

Introdução

O Objetivo deste trabalho de pesquisa é apresentar uma nova abordagem a respeito dos problemas da Mente Humana, uma nova visão de seu mundo interior e uma nova interpretação de sua realidade própria em contato permanente e transformador com a realidade concreta da experiência cotidiana.
Além disso, deseja promover o debate crítico e dialético entre seus leitores, tendo em vista descobrirem e construirem juntos e unidos novas idéias, novos conhecimentos e novas atitudes, o que resultará certamente em favores, benefícios e bem-estar para a sociedade humana da qual fazem parte, comungam e participam.
Que essas nossas intenções profundas sejam correspondidas na prática com comportamentos que enfatizem o conteúdo de conhecimento trazido aqui e agora.
Que Deus, o Senhor, nos ajude a desenvolver com esforço e empenho essas atividades mentais e esses exercícios racionais.
Bom trabalho para todos.
Matéria de conteúdo de
conhecimento de qualidade

1. Se a cabeça está boa,
então tudo vai bem

A Boa saúde e o bem-estar de uma pessoa começa na cabeça, no seu juizo e bom-senso, no seu bom comportamento revelador de uma consciência positiva e de uma intenção otimista.
Em função de sua boa consciência o indivíduo constrói a sua vida, fugindo da loucura de seus sonhos imaginários, escapando de sua possível irrealidade e irracionalidade, destruindo seus preconceitos e superstições, criando as condições indispensáveis para a vivência de uma vida direita e de respeito, com liberdade responsável, com consciência social e coletiva, buscando então a felicidade de si e dos outros, e amando, respeitando e valorizando a Deus, o Senhor, em sua realidade prática cotidiana.
Consciente, racional e inteligente, o ser humano em geral desenvolve em seu dia-a-dia atividades, operações e exercícios mentais, corporais e espirituais que visam o bem que faz e a paz que procura viver, a prática do amor e o amor à vida, experimentando assim uma realidade comprometida com a fraternidade e a solidariedade, a sua saúde pessoal e o bem-estar coletivo, tudo isto, enfim, reflexo de uma cabeça boa e do bem cuja bondade manifesta o desejo e a necessodade de construir uma sociedade pacífica, ordeira, disciplinada e organizada onde todos e cada um vivam e pratiquem a cultura da vida, positiva e otimista, sempre alegre, feliz e contente.
Se a cabeça é saudável, o seu ambiente é agradável e amigável.
Se possui boas idéias e bons ideais, todos a sua volta crescem, progridem e evoluem.
Se tem respeito pessoal e responsabilidade social e ambiental, então é uma luz no caminho de muitos que estão ao seu redor.
Sua luz interior é uma força exterior, animando a alguns, motivando a muitos e incentivando a todos.
Iluminando e fortalecendo seus companheiros de caminhada, produz as boas coisas da vida, o bem e a paz em primeiro lugar.
De bem com a vida, glorifica a Deus, o Senhor, por seus favores, benefícios e maravilhas operadas no meio de nós.
Logo, se a cabeça vai bem, então tudo vai bem.
A Família vai bem.
O Trabalho vai bem.
A Escola vai bem.
A Igreja vai bem.
O Hospital vai bem.
Ser bom e fazer o bem – eis o reflexo de Deus no meio de nós.

2. Inteligência Plural Multifuncional

Atividades múltiplas, pluralidade de tarefas, projetos empreendedores, planos de trabalho, esforços de serviço, empenhos multiplicadores de exercícios físicos, mentais e espirituais, variedade de funções, cargos diversos, várias operações estratégicas, planejamentos operacionais, organização de eventos e acontecimentos, logística empresarial, comercial e industrial, disciplina racional, ordenamento de experiências, racionalidade prática e teórica, consciência ativa, mente multiplicadora de tempos e momentos, movimento permanente de trabalho diversificado, variedade simultânea de serviços – eis, enfim, a Inteligência Plural Multifuncional,
É uma característica do mundo moderno.
Novidade do tempo atual.
Com diversas funções e cargos variados, trabalhos simultâneos e tarefas múltiplas, o homem e a mulher contemporâneos experimentam uma nova consciência operacional, uma nova racionalidade prática, uma nova inteligência plural, uma nova mentalidade cultural.
Exigências de novos tempos.
Apelos de novas situações reais, atuais e históricas.
Necessidades naturais, culturais, sociais e ambientais.
Desejos de vida plena, cheia e abundante.
Muito ocupada e bastante preocupada – eis a humanidade de hoje, em todos os tempos, momentos e lugares, locais, regionais e globais.
É um dos reflexos do fenômeno da globalização, da explosão do conhecimento, da exigência de uma nova moralidade ética, de uma nova espiritualidade dinâmica e ativa cujo empenho de ação e esforço de oração movimentam a experiência real cotidiana de todas as sociedades modernas.
Todos têm pressa, tudo anda muito rápido, o tempo está em falta, urgências de trabalhos e emergências de atividades superam os limites do espaço, ultrapassam as necessidades da natureza, transcendem os desejos humanos e naturais, elevam-se acima das culturas das sociedades emergentes e desenvolvidas, e em desenvolvimento.
Aqui e agora, o momento é hoje, o tempo e o lugar acontecem atualmente, dentro de uma realidade em mudança, modificando-se constantemente, movimentando-se permanentemente, tentando em alguns segundos e poucos minutos vencer o desafio da vida, seus obstáculos reais, suas barreiras históricas e cotidianas, seus limites de tempo e espaço, suas fronteiras físicas, geográficas e terrestres.
Vivendo nesse ambiente fértil de possibilidades, tudo se abre, se renova e se liberta, dentro e fora das áreas política, social, econômica e cultural, moral e espiritual, científica e tecnológica, artística e religiosa, histórica e filosófica.
Assim trabalha, se empenha e se esforça a Inteligência Plural Multifuncional.
Que Deus, o Senhor, seja louvado, bendito e glorificado por essa maravilha dos tempos atuais, que surgiu em favor do ser humano, oferecendo-lhe de verdade benefícios sem fim, recuperando-lhe a esperança por dias melhores, maiores oportunidades de trabalho e melhores condições e relações de trabalho, de vida, saúde e educação.
Portanto, bem-vinda maravilha de Deus, a Inteligência Plural Multifuncional.

3. Metamorfose Circunstancial
Terapia do Movimento

Sair da rotina e fugir da tradição, permanentemente, mobilizando-se, andando, caminhando, movimentando-se, locomovendo-se constantemente – eis o quadro azul de uma boa saúde pessoal e de um bem-estar coletivo.
Tal movimento circunstancial, que funciona de acordo com a situação ou circunstâncias inerentes às atividades de indivíduos e grupos sociais, favorece o coração e a circulação sanguinea de veias e artérias que nele entram e saem, melhora o funcionamento do cérebro, dos pulmões, dos rins e do intestino, ajudando na boa mobilização dentro do corpo humano de órgãos, sistemas e aparelhos, glândulas e hormônios, todos vitais para a sobrevivência e ótima qualidade de vida do ser humano em geral.
Além disso, a metamorfose circunstancial possibilita a ordem mental, a saúde física, como disse, a organização do pensamento, a apreensão do conhecimento, o equilíbrio emocional, o bem-estar espiritual e o bom exercício cotidiano de todas as nossas tarefas, trabalhos e atividades
relacionadas com nosso desempenho vocacional e profissional, dentro e fora da família, da escola e do trabalho, na rua ou em casa.
Saúde para todos e cada um.

4. Consciência Imunológica

O Estado de vida consciente em que vivemos imunes a ameaças, perigos e armadilhas de ordem ideológica e psicológica, afastados de elementos estranhos alheios a nós mesmos, isolados de inimigos destruidores da ordem mental e do equilíbrio emocional que nos envolve, lomge da confisão mental e de complicações irracionais,
fora de prisões preconceituosas e supersticiosas, tudo isto, enfim, que imuniza nossa consciência, garantindo a sua estabilidade mental e a sua segurança racional, a ordem da mente e o equilíbrio da razão, chamamos de Consciência Imunológica.
É a consciência segura, constante e estável, que assume um compromisso responsável com suas idéias e ideais fundamentalmente baseados no juizo e no bom-senso, no respeito pessoal e na responsabilidade social, na liberdade de si e dos outros, na felicidade individual e coletiva, na saúde interior e no bem-estar geral de toda a sociedade dentro da qual estamos inseridos neste mundo em que vivemos.
Imunologicamente constituida, a consciência humana transforma-se num círculo blindado contra o qual atacam seus inimigos estranhos , contrários e adversos ao seu universo interior, à sua realidade interna fortemente protegida e defendida por seus valores éticos e religiosos, por sua cultura educacional historicamente adquirida, por sua ideologia de pensamentos, sentimentos e comportamentos firmemente radicados em uma vida humana, natural e cultural onde certamente Deus, o Senhor, é o sentido da sua vida e a sua razão de viver.
Na verdade, nada nem ninguém consegue derrubar e destruir uma consciência imunologicamente construida.

5. Equilíbrio Emocional
O Círculo Espiritual da Consciência Real
e sua garantia de defesa e segurança imunológicas

Quando o ambiente social em que estamos é violento, mau, ruim, injusto e marginal, então acredito que o melhor caminho a tomar é fugir desse ambiente hostil e contrário, antitético e contraditório, e assim garantir nossa paz interior e nossa tranquilidade espiritual, nossa calma ambiental e nosso repouso mental, destruindo então a possibilidade de conflito e guerra entre o bem e o mal, salvando a nossa pele, libertando-nos de inimigos e adversários, e quaisquer elementos estranhos à nossa boa vida social, a qual devemos manter, segurar, garantir e defender a qualquer custo.
Em outras palavras, podemos dizer que deste modo nos tornamos imunes a qualquer hostilidade e contrariedade, defendendo-nos e garantindo nossa segurança imunológica, já que se formou em volta de nós o círculo defensor que nos garante seguramente nossa imunidade física, mental e espiritual, privilegiando pois nossa paz pessoal e tranquilidade interior, e afugentando e expulsando de nós toda e qualquer adversidade e contrariedade que venham a perturbar, intranquilizar, incomodar e desestabilizar nosso repouso tranquilo e nossa calma bonança de criança.
Devemos lutar e defender nossa paz interior.
Devemos afastar de nós os elementos contrários, estranhos e adversos à nossa tranquilidade espiritual e calma repousante.
Devemos trabalhar sempre mantendo, defendendo e garantindo constantemente nossa boa vida espiritual e nossa ótima tranquilidade interior.
Longe de nós a confusão mental e a complicação irracional, a falta de juizo e a ausência de bom-senso, os preconceitos maldosos e as superstições violentas!
Perto de nós as boas idéias e os bons amigos, as boas coisas da vida, a paz interior e a calma espiritual, e o repouso tranquilizante!
Que o Círculo Imunológico que envolve nossa Consciência Real nos proteja, garanta e defenda, colocando as graças e bênçãos de Deus, o Senhor, na nossa vida de cada dia, afastando-nos do mal e da violência que nos cercam, e aproximando-nos do bem que devemos fazer e da paz que devemos viver diante do meio-ambiente social, político, econômico e cultural onde estamos inseridos.
Que Deus nos ajude.

6. Liberdade
A Ética das possibilidades

Em diversas situações da realidade da vida cotidiana, somos levados intuitivamente de forma natural a buscar novas alternativas de valor, novas opções de trabalho e lazer, escolher o caminho mais viável, tendo em vista responder às perguntas mais urgentes, solucionar os problemas mais difíceis, importantes e intrigantes, decidir sentenças quase impossíveis de serem aceitas, entendidas e respeitadas. Estamos diante de um comportamento chamado pelos especialistas de ètica das possibilidades, ou seja, atitudes decisivas que devem ser tomadas em determinadas circunstâncias e exigem e requerem alta taxa de criatividade racional e imaginativa capaz de fazer escolhas corretas e encontrar soluções alternativas para definidos problemas da realidade do dia-a-dia da nossa vida.
Tal comportamento situacional se vê diante de um fluxo de possibilidades a partir de que as decisões podem ser tomadas, optando com intuição, racionalidade, imaginação e criatividade pela melhor alternativa então desejada, a melhor opção ali encontrada, a melhor escolha desde agora a mais importante e interessante.
Ética e razão neste momento trabalham juntas e unidas tentando encontrar a boa opção, a melhor resposta, a mais qualificada solução.
Essa realidade circunstancial revela-nos um dos pontos centrais que caracterizam a consciência humana perante os imperativos da natureza, diante das interrogações da realidade cotidiana, que, em certas ocasições, exige e deseja da criatura humana uma atitude respeitosa e responsável, racional e consciente, natural e criativa cujos resultados são a melhoria das relações humanas, o progresso dos trabalhos realizados, a evolução das condições e situações ambientais em que todos e cada um se acham de bem com a vida, em boas condições de saúde e trabalho, e em ótimos momentos de prazer, alegria e bem-estar.
A Ética das possibilidades nos caracteriza fundamentalmente como seres humanos, naturais e culturais, sociais, políticos e econômicos.
Somos na verdade um complexo de possibilidades.
Somos um fluxo de alternativas.
Somos um rico manancial de boas opções e ótimas escolhas.
Isso nos faz livres e responsáveis por nossos atos.
Tal é a nossa liberdade.
De fato, ética das possibilidades é um outro nome de liberdade.
Liberdade responsável.
Liberdade com respeito.
Liberdade com juizo e bom-senso.

7. A Imagem e seu Poder de Influência

Eu e os outros mantemos um relacionamento baseado em construção de imagens, que se originam a partir do poder de influência exercido por nós, pelo meu eu e pelos outros eus dos outros, resultando assim em uma interatividade, interdependência, compartilhamento de idéias e imagens, valores e intenções, símbolos e interesses, razões e experiências, teorias e práticas, emoções e atividades, exercícios mentais e concretos.
Dependemos uns dos outros.
Interagimos e compartilhamos interesses.
Em função desta realidade da experiência cotidiana, adquirimos com o tempo, de acordo com o momento, sob determinações da vivência temporal e histórica, conforme o lugar social e cultural, político e econômico, moral e religioso, em que nos inserimos, novas imagens sobre nós mesmos, criando, desde então, preconceitos e superstições, ideais e ideologias, teorias e discursos que vão afetar decisivamente nosso comportamento perante a sociedade onde nos encontramos neste mundo em que vivemos.
Nós somos eu e os outros.
Temos uma imagem sobre nós mesmos.
Eu sou assim, nós somos deste modo, os outros são daquela maneira.
Todos e cada um então constróem seus próprios mundos internos e externos, seus universos interiores e exteriores.
Somos imagem.
Nos imaginamos.
Nos representamos diante da sociedade, perante a mim e aos outros.
A Força desta imagem define o grau, o valor e o poder de influência que podemos apresentar socialmente.
Eu me imagino e imagino os outros.
Os outros se imaginam a si mesmos e imaginam a mim também, o que eu posso ser, o que eu represento para eles, qual o meu reflexo em sociedade.
A Imagem em si só pode existir a partir de uma relação: eu com os outros, eu comigo próprio, os outros comigo e os outros com eles mesmos.
Observa-se assim que a imagem é produto de uma relação necessária, resultado de uma situação real ou ideal interativa, consequência de circunstâncias sociais determinadas interdependentes, efeito de condições gerais e específicas cotidianas que compartilham símbolos, valores e interesses iguais ou diferentes.
Surge deste modo o poder de influência que podemos realmente exercer em sociedade, determinando e sendo determinados pela vida dos outros, condicionando pensamentos, sentimentos e comportamentos uns sobre os outros, definindo regras de conduta, estilos de moda, boas ou más atitudes, ótimas ou péssimas ações.
Neste momento, a ética ou a moralidade social entram em ação, chamando-nos à responsabilidade individual e coletiva, ao respeito pessoal, social e ambiental, às boas virtudes que devemos abraçar, ignorando e rejeitando de fato a violência e a maldade que possam então nos contaminar.
Eis pois o processo real, histórico e atual de construção da nossa imagem, seu valor, poder e importância diante da sociedade em que nos encontramos.

8. A Razão das Diferenças ou
a Racionalidade dos Detalhes

Observamos hoje em dia a imensa capacidade da inteligência humana de buscar, perscrutar, penetrar e abstrair os detalhes das coisas reais e as diferenças dos seres da realidade cotidiana, selecionando permanentemente o que lhe interessa conforme seus objetivos intencionais, o que permite ao homem e à mulher, como seres pensantes, racionais e inteligentes, obter melhores condições e relações de vida, saúde, trabalho e educação, no convívio diário com seus semelhantes, optando então pelas coisas boas da vida e rejeitando de fato o que lhe contraria e contradiz, realidade essa que revela a pessoa humana como verdadeira criatura de Deus, o Senhor.
Esse talento ou carisma especial da natureza humana possibilita-lhe um maior crescimento físico, mental e espiritual, progresso social ,político e econômico, evolução material e espiritual, e desenvolvimento de seu conhecimento específico e generalizado no interior de seu estado de vida e trabalho, na rua, com a família, exercendo suas atividades vocacionais e profissionais, e desempenhando operações que levem ao seu bem-estar pessoal, social, cultural e ambiental.
Somos diferentes.
Somos um complexo de detalhes e diferenças.
Somos o valor das pequenas coisas.
Com efeito, a natureza criada por Deus vive dos detalhes da vida cotidiana, convive com as diferenças do dia-a-dia e valoriza em seu meio as pequenas coisas, os seres miúdos e pequeninos, a simplicidade dos relacionamentos humanos, a humildade no convívio ético entre as pessoas e o fato de que na verdade somos dependentes, dependemos uns dos outros, somos interdependentes, precisamos das coisas e necessitamos satisfazer os nossos desejos humanos, naturais e culturais.
Tal qualidade natural do ser humano, cultural e historicamente desenvolvida, reflete o nosso estado de vida diante de nós mesmos, perante a Deus e quando nos encontramos na presença dos outros.
Pois então, já que possuimos esse dom do discernimento, ou a capacidade e a possibilidade de saber fazer a diferença e mergulhar nos detalhes da vida, descobrindo seus segredos e encontrando suas verdades, procuremos colocá-lo em prática, visto que deste modo contribuiremos para a felicidade da humanidade, construindo sua liberdade com responsabilidade e o respeito individual e coletivo que devemos ter na nossa relação diária, aqui e agora, uns com os outros, dentro de nossa sociedade humana presente, insistente e existente neste mundo temporal e histórico em que vivemos.
Que o Deus dos detalhes e o Senhor das diferenças ajude-nos de fato nesse desafio cotidiano, fazendo-nos lutar, nos esforçar e nos empenhar em prol da saúde pessoal, social e coletiva, e do bem-estar de todos e cada um.

9. Transcendência Mental
A Lógica das Tendências de Superação Dialética

O Ser humano em geral possui a tendência natural de se superar diante de seus limites, de se ultrapassar diante de suas barreiras e de se transcender diante de seus obstáculos.
Ele sempre supera seus limites reais da experiência cotidiana, tais como a doença, a moléstia e a enfermidade; o cansaço, a fadiga e o esgotamento mental; a prisão ideológica e a escravidão psicológica; a divisão de classes sociais, os preconceitos mentais e as superstições religiosas; os estigmas mentais, físicos e espirituais; as marcas registradas pela violência urbana, a maldada humana, a ruindade dos marginais e a exclusão social; as barreiras da injustiça social, política e econômica; os obstáculos da razão, as confusões mentais e as complicações da inteligência; a loucura da imaginação e sua inconsciência, irrealidade e irracionalidade; e, enfim, a realidade triste e angustiante da morte temporal.
E como ele consegue fazer isso ? Superar seus limites ? Ultrapassar suas barreiras ? E transcender seus obstáculos ?
Simplesmente, porque ele é uma criatura de Deus.
E por ser uma criatura de Deus, foi feito para o bem e não para o mal; deseja a paz e não a violência; procura ser bom e fazer o bem, e não aceita de jeito nenhum a maldade e a ruindade; cultiva sempre o amor e não o ódio; ama a vida e rejeita a morte; aprecia a justiça e ignora a injustiça; busca o direito e não a falsidade; quer a verdade e não a mentira; anseia por respeitar e ser respeitado; assume um compromisso responsável com a construção de sua liberdade e a liberdade dos outros; procura ser feliz e gosta da felicidade dos outros; age com juizo e bom-senso; cria as condições de saúde e bem-estar para si e para seus semelhantes.
Essa cultura da vida, do bem e da paz conjugada com sua mentalidade aberta, liberta, renovada e evolutiva, crescente e progressiva, desenvolve seus dons de Deus, seus talentos e carismas, anima, motiva e incentiva sua vocação e profissão, seu desejo de rezar e trabalhar permanentemente pelo bem-comum da sociedade, seu bem-estar pessoal, social, cultural e ambiental.
Tal é a sua transcendência mental.
Seu desejo de superação.
Seu esforço e empenho de se ultrapassar.
Sua necessidade natural e cultural, social, política e econômica de transcender seus limites temporais e históricos, suas fronteiras reais e atuais, seus bloqueios mentais e empecilhos à obtenção do conhecimento verdadeiramente possível, vencendo então igualmente a crise de valores éticos e a corrupção moral que se instalou no meio de nós, e ainda desenvolvendo seu potencial energético espiritual capaz de torná-lo vencedor de desafios e ganhador de combates, vitorioso nas batalhas da vida, guerreiro insuperável lutador que derrota seus inimigos e falsos amigos na guerra louca e violenta da experiência real cotidiana.
Essa a sua lógica do bem e a sua dialética da paz.
Lógica da vitória.
Dialética da não-violência.
Eis pois a tendência natural do ser humano que faz dele um vencedor na vida, apesar das contradições cotidianas, das adversidades temporais e das contrariedades históricas.
Tendência que certamente vem de Deus, o Senhor.
Daí seu otimismo na vida que o faz avançar, superar as barreiras e chegar à vitória dos bons resultados.
Daí seu pensamento positivo.
Simplesmente, um homem de fé, uma mulher de Deus.
Deus, o Senhor, é a sua explicação mais real, mais verdadeira e mais profunda.
Obrigado, Senhor.

10. Fenomenologia Transcendental

O Mundo da consciência e a consciência do mundo
A Consciência em si, de si e para si
O Processo de construção, consolidação e desenvolvimento
dos fenômenos da consciência humana e suas condições de possibilidade
1) Os fenômenos transcendentais da consciência humana
a) Os símbolos ou ocorrências simbólicas
b) As idéias ou fatos ideológicos
c) As imagens ou acontecimentos imaginários
d) As intenções(interesses) ou sintomas intencionais
e) Os valores ou efeitos valorativos
f) As vivências ou práticas vivenciais
2) O mundo consciente
3) A Consciência real
4) A Realidade nua (superar limites,
ultrapassar barreiras,
transcender obstáculos,
quebrar preconceitos,
destruir superstições,
gerar tendências,
criar possibilidades,
abrir a mente,
renovar a vida,
libertar-se de prisões)
O Trabalho de pesquisa em torno da Fenomenologia Transcendental da consciência humana revela-nos de que modo o pensamento se relaciona atualmente com a realidade cotidiana, construindo assim o conhecimento verdadeiramente possível.
De fato, o conhecimento acontece quando a razão e a experiência se encontram produzindo fenômenos transcendentais – porque ocorrem no interior da consciência - que descobrem a verdade fenomenal originando pois símbolos, idéias, imagens, valores, intenções e vivências realizadores e causadores do conteúdo substancial do conhecimento, do pensamento que o principia e do discernimento que o seleciona e qualifica.
Tal é o mundo da consciência que interage com o tempo real e a história atual dos acontecimentos humanos, naturais e culturais, sociais, políticos e econômicos, principiando o conhecimento verdadeiramente possível, originando idéias e ideais de progresso e desenvolvimento, possibilitando saúde individual e coletiva e bem-estar para as pessoas, determinando nosso comportamento ético, nossa qualidade e expectativa de vida, nossas ideologias teórico-práticas, nossa existência mental, corporal e espiritual, nossa espiritualidade humana e natural, geradoras de esperança para a humanidade, melhorias, créditos, favores e benefícios para a sociedade nacional e internacional, globalizando os recursos econômicos, pluralizando a reciprocidade política, universalizando as emergências sociais e coletivas, criando portanto deste modo as condições indispensáveis para um mundo mais justo e humano, direito e de respeito, verdadeiro e responsável, livre e feliz.
O Processo de construção dos fenômenos transcendentais da consciência humana e suas relações cotidianas com a realidade da experiência do dia-a-dia da nossa vida, como disse acima, produz o conhecimento humano, o pensamento que o define e o discernimento que o determina, suas verdadeiras possibilidades de obtenção do conteúdo essencial e da matéria substancial que o qualifica, seleciona e condiciona.
Outrossim, não devemos ignorar que nós seres humanos igualmente somos fenômenos transcendentais visto que nosso princípio, meio e fim se realizam na nossa consciência ligada, unida e casada perfeitamente com a realidade da experiência atual do dia-a-dia da nossa vida.

11. Mente Imanente

A Natureza real, momentânea e situacional das atividades humanas racionais circunstanciais distribuidoras de tarefas, trabalhos e serviços dentro das condições e relações temporais e históricas, locais, regionais e globais da vida diária cotidiana
No dia-a-dia da nossa vida, realizamos atividades e trabalhos e exercitamos tarefas e serviços cujo desempenho no tempo e espaço onde nos encontramos no cotidiano da nossa vida revela=nos de que modo a inteligência humana interage com a realidade, compartilhando com ela seus fenômenos mentais, adequando-se e acomodando-se às exigências, determinismos e condições naturais do tempo então vivido naquele momento e do lugar também experimentado naquela região material.
Com efeito, a razão humana é imanente, ou seja, está sujeita e depende dos condicionamentos, situações e momentos diários da realidade da vida cotidiana, de seus determinismos temporais, reais, atuais e históricos, de sua instabilidade de circunstâncias concretas, de sua prática de pensamentos, sentimentos e comportamentos experimentados.
Sim, o homem e a mulher têm uma natureza racional e histórica, real e mental, teórica e prática, inteligente e temporal, cerebral e experimental, a partir de que realiza a construção de sua vida diária, desenvolvendo o corpo, a mente e o espírito, evoluindo material e espiritualmente, progredindo na ética vivida, no conhecimento obtido e na espiritualidade que deve crescer em direção a Deus, o Senhor, sua imortalidade e eternidade, sua prática do bem e da bondade e sua vivência da paz e da concórdia, seu amor abraçado e sua vida capturada, sua luz das coisas verdadeiras e dos seres justos e direitos.
Praticando o direito e o respeito pessoal e interpessoal e assumindo um compromisso real e verdadeiro com a responsabilidade social, cultural e ambiental, vivendo com consciência política, emergência social e prosperidade econômica e financeira, façamos um engajamento radical com a Razão Imanente e sua vocação de temporalidade e historicidade nas quais ela articula suas funções básicas, desenvolve seus talentos fundamentais e vivencia seus exercícios mentais, suas atividades transcendentais e suas práticas sensatas e inteligentes da maneira mais correta e perfeita, favorendo assim o conjunto da humanidade com créditos e benefícios em que a fraternidade universal e a solidariedade social e coletiva falam mais alto e gritam mais forte.
Experimentemos diariamente as qualidades e benefícios de vida e trabalho que a Razão Imanente nos proporciona aqui e agora, e para sempre.
Graças a Deus.

12. A Administração da Consciência
Inteligência comandante ou Razão comandada ?
Quem comanda a minha consciência ?

Diz o ditado popular:"Na vida, vence quem é malandro,
ganha quem faz a cabeça".
Fazer a cabeça dos outros deveria ser considerado um crime e uma violência social cuja punição por parte da justiça condenaria seus autores com muitos anos de cadeia e prisão pública.
Quem é o Comandante da minha consciência ?
Vozes que comandam a mim e aos outros: uma realidade histórica, real e atual, cotidiana, da experiência do dia-a-dia, presente nos lares e famílias, existente nos trabalhos, igrejas e hospícios, insistente em todas e quaisquer pessoas que um dia ou a qualquer hora venham a perder o juizo e o bom-senso, cair na irrealidade ou irracionalidade, na loucura da razão, na doença da mente, ou na demência da consciência.
Surge então um quadro-negro de doença mental, loucura irracional, irrealidade imaginária, fuga do cotidiano, ausência de relacionamentos humanos e sociais, isolamento e solidão, a depressão psicológica, doenças da mente fora da razão e ausentes do real, o fluxo imaginário de sonhos metafísicos, o sonho que se identifica com a realidade, a crise de valores éticos e religiosos, a falta de paradigmas de segurança e de modelos sustentadores da auto-estima e do alto-astral individual, social e coletivo, a inconsciência louca, doente e imaginária, o caos social, a confusão mental e a complicação irracional, a desordem física, mental e espiritual, a indisciplina moral e comportamental, a desorganização na ordem do pensamento, do conhecimento e do discernimento, a violência marginal, a exclusão e a marginalização social, a maldade gerenciadora de relações e condições de trabalho, a ruindade das pessoas, a corrupção moral e espiritual, a instabilidade emocional, a inconstância sentimental, a desordem ambiental, a crise de autoridade, o débito, a carência e a insuficiência imunológicas na vida de indivíduos e grupos sociais, comunidades e coletividades, a cultura do mal, da violência e da morte, a corrente teórico-prática de ideologias cuja mentalidade se identifica com o vazio espiritual e o nada existencial, a falta de responsabilidade e a ausência de respeito, o compromisso com a injustiça, a mentira, a covardia e a falsidade, a produção da burrice, da ignorância, da fome, da miséria e mendigos em nossas cidades urbanas e do interior, o atraso cultural, o prejuizo econômico, a dívida social e o não-engajamento político, a falta de Deus, a ignorância espiritual, e enfim a ausência de uma cultura renovadora e de uma mentalidade libertadora que abram de fato as portas do desenvolvimento, do crescimento econômico-financeiro, da evolução sócio-política, do progresso moral, cultural e espiritual.
Esse quadro-negro de situações, apresentado acima, é o reflexo real, certo e verdadeiro de uma razão que perdeu sua identidade e moralidade, de uma consciência que ignora o reto juizo e o bom-senso em si e nos outros, de uma mente louca, doente, irreal, irracional, imaginária e sonhadora, de uma inteligência inativa, cansada, paralítica, doente e incompleta.
O Problema na verdade é de comando.
Quem deve comandar minha vida e meus trabalhos e atividades, minhas relações e relacionamentos, meus compromissos e responsabilidades, e o respeito que eu devo possuir diante das pessoas ao meu redor, perante a Deus e dentro e fora de mim mesmo ?
Eu mesmo devo ser o comandante da minha vida.
Seguir sempre a minha consciência.
Agir sempre com juizo e bom-senso.
Ser realista e racional.
Usar minha inteligência em favor do bem e da paz.
Construir com generosidade a fraternidade e a solidariedade.
Fugir do mal, da violência e da morte.
Destruir meus preconceitos e superstições.
Criar em mim e nos outros uma nova cultura de vida e uma nova mentalidade onde o amor seja a tarefa mais importante a realizar.
E enfim lembrar-me sempre de Deus, o Senhor, a base fundamental de todas as boas virtudes da vida.

13. Consciência Global
e Razão Diferencial

Saber fazer a diferença e ter uma visão global da realidade são 2 momentos característicos da racionalidade humana, que assim orienta o comportamento de uma pessoa, descobrindo-lhe o conhecimento da verdade, discernindo-lhe os seres e as coisas entre si, desvelando-lhe as raízes dos acontecimentos reais, abstraindo-lhe as essências das aparências da realidade temporal e histórica, apreendendo-lhe o conteúdo substancial inserido nos fenômenos da consciência inteligível e da experiência sensível.
Globalidade e diferença fazem parte dos constituintes racionais da inteligência humana, o que contribui para a evolução mental, corporal e espiritual da humanidade, sua inserção local, regional e global no progresso dos povos e nações do mundo inteiro, sua abertura para novas tendências reais e novas possibilidades racionais, sua renovação interna e externa, e sua libertação autêntica de preconceitos e superstições, confusões mentais e complicações irracionais.
Com efeito, globalizar e diferenciar são mecanismos da inteligência pensante, discernente e cognoscente que nos ajudam a arrumar as nossas idéias, símbolos e valores, ordenando-lhes o conteúdo essencial, disciplinando-lhes sua estrutura sistêmica e organizando-lhes as vias lógicas e dialéticas que conduzem à obtenção do conhecimento verdadeiramente possível.
Devemos trabalhar sempre construindo a globalização da realidade, detalhando sua matéria real de conhecimento e fazendo bem a verdadeira diferença entre seu conteúdo bom e melhor e seus contrários maus e ruins.
Feito isso, caminhemos para a consolidação de uma sociedade mais livre, mais justa e mais feliz; de um universo mais virtuoso, crescente, progressivo e evolutivo material e espiritualmente; de uma natureza mais limpa e mais pura, mais respeitada e dignificada, mais venerada e humanizada; de uma realidade cotidiana mais fraterna e solidária, mais livre e responsável, onde o direito e o respeito sejam abraçados individual e coletivamente.
Sejamos sempre racionais e realistas, fazendo bem a diferença entre as coisas, detalhando suas autênticas possibilidades, a partir, é óbvio, de uma visão desta mesma realidade identificada com sua globalidade, universalidade, totalidade, integralidade, necessidade e absolutividade.

14. A Inteligência Imunológica Ambiental
A Estrutura Imunológica e o Sistema de Blindagem Automática Ambiental da Inteligência Pluridimensional

A Inteligência humana, naturalmente constituída e culturalmente desenvolvida, opera em várias dimensões da realidade cotidiana, produzindo automaticamente em torno de si um ambiente agradável e amigável, favorável e saudável, capaz de lhe proporcionar diariamente um bem-estar generalizado identificado com sua constante produção de boas idéias e bons ideais, boas virtudes e bons valores comportamentais, bons pensamentos e boas emoções sentimentais, boas intenções e boas ações, boas atitudes no convívio social e boas experiências de vida, bons projetos de trabalho e boas energias de saúde física, mental e espiritual.
Tal conjunto de boas teorias e boas práticas de comportamento social, político e econômico, natural e cultural, e também ambiental, onde se reflete a ótima qualidade de vida vivida e o ótimo estado de existência experimentada, chamamos de Inteligência Blindada Imunológica Ambiental tendo em vista sua atuação real em diversas dimensões de tempo e lugar da realidade da experiência cotidiana, propiciando-lhe de fato um ambiente de paz e concórdia, de saúde pessoal e interpessoal e bem-estar social e coletivo.
Essa a Inteligência Blindada Imunológica Ambiental.
Presente em todos os ambientes.
Atuante em todos os tempos e lugares.
Insistente nas diversas dimensões da realidade do dia-a-dia.
Sua Blindagem Automática Imunológica se deve ao fato de ser permanentemente protegida pelo bem que faz e pela paz que vive, defendida pela vida que ama e pelo amor que pratica, guardada pelo respeito que mantém e por sua atitude responsável em relação aos outros, diante de Deus, o Senhor, e perante o conjunto da sociedade humana cujos esforços, empenhos, trabalhos e atividades concorrem para a sua defesa, guarda e proteção, aqui e agora, no presente e no futuro da humanidade.
Sua advogada é a sociedade da qual faz parte.
Seu remédio é a vida.
Seu médico é o amor.
Seu fundamento é Deus, o Senhor.
Seus amigos são o bem e a paz.
Tal a sua Blindagem e a sua Imunidade.
Essa a sua estrutura de defesa.
Esse seu sistema de proteção.
Eis pois os seus seguranças da vida.
Os seus Anjos da Guarda.
A sua garantia de existência.
A sua base de sobrevivência.
Cultivemos pois então em nosso dia-a-dia a Inteligência Imunológica Ambiental, nossa blindagem contra os perigos e ameaças da vida, nossa segurança contra inimigos e estranhos adversários, nossa garantia de defesa contra as dificuldades e contrariedades da existência, nossa guarda e proteção contra a cultura da maldade e a mentalidade de violência espalhadas em volta de nós.
Que Deus, o Senhor, nos ajude e abençôe.

15. A Consciência Real
e a Lógica do Concreto

Existe uma racionalidade na realidade ?
Ocorre, no fluxo dos acontecimentos reais, atuais e históricos, uma inteligência interna, inerente à complexidade dos fatos concretos e cotidianos ?
Há uma mentalidade prática, imersa no dia a dia dos fenômenos sociais, políticos e econômicos, reveladores de uma razão experimental, uma consciência real, uma mente concreta ?
Acontece de fato dentro e fora das ocorrências materiais e espirituais da vida humana, natural e cultural, uma atividade cerebral, entrínseca a essa realidade, condicionadora das vivências diárias, das ocorrências cotidianas e dos exercícios mentais, corporais e espirituais das atividades humanas, no interior de sua história tradicional e contemporânea ?
Tal possibilidade chamamos de lógica do concreto.
Como se fosse possível à realidade da experiência cotidiana o fato de poder pensar, refletir e racionalizar seu mundo de realizações práticas e concretas, ter uma razão criadora de suas possibilidades caóticas, confusas e complicadas, todavia que refletem a insistência real de uma consciência geradora de acontecimentos históricos, fenômenos cotidianos ou ocorrências temporais e espaciais...
Essa razão inerente à realidade será a inteligência humana ?
Ou possivelmente uma racionalidade divina ?
Ou ainda uma mente espiritual, eterna e real, suprema e superior às contingências históricas e temporais da vida humana ?
Será algum princípio natural, fundamento da realidade, origem do cotidiano, raiz da história, produtor da natureza, gerador do universo ?
Realmente, a lógica do concreto é um fato real dentro e fora da história da humanidade, no interior e exterior de sua temporalidade, de sua existência eterna, além e aquém dos limites do tempo, inerente a sua espacialidade, entrínseca a sua realidade interna e externa.
Nós seres humanos estamos inseridos nessa realidade temporal e histórica, e eterna, e portanto pertencemos a essa lógica do concreto, estamos pois sujeitos aos seus condicionamentos naturais e culturais, aos seus determinismos reais e atuais, as suas definições de tempo, momento e lugar neste Planeta Terra, e além na eternidade.
Com efeito, graças a Deus, nós somos realmente lógicos e concretos.

16. Referências Comportamentais
A Base da Vida
Garantia de Segurança Existencial

Vivemos de referências.
Existimos a partir de Modelos de vida comportamental que nos dão segurança no cotidiano e garantem a nossa estabilidade vivencial.
Somos vivências que sobrevivem porque nos apoiamos em referências sociais, políticas e econômicas, naturais e culturais.
Nossas referências existenciais e cotidianas são a boa educação que tivemos na família; o repertório cultural que construimos até hoje; a mentalidade de vida que nos atrai que deve ser fundamentada no bem e na paz, no amor e na vida; o respeito que mantemos perante os outros; o compromisso responsável que assumimos na execução de nossos trabalhos e atividades; o uso do juizo e do bom-senso; o desejo da liberdade e o anseio pela felicidade, sentido da nossa vida e razão do nosso existir; o bem-estar social e coletivo que buscamos e a saúde pessoal pela qual lutamos diariamente; a justiça que praticamos e o direito que vivemos; o conhecimento da verdade que descobrimos quando em contato com a realidade; e, enfim, Deus, o Senhor, o fundamento da nossa vida de cada dia.
Essas são as nossas referências comportamentais, vivenciais e existenciais com as quais realizamos o processo de construção da nossa vida no tempo e na história, aqui e agora, no presente e no futuro da sociedade onde nos inserimos atualmente.
Tais referências de vida refletem a nossa ética de boas virtudes e boas atitudes que devemos assumir, o conhecimento adquirido até aqui e a espiritualidade natural que desenvolvemos para nos manter, nos sustentar diariamente, nos garantir contra os perigos, adversidades e contrariedades da vida, nos segurar e apoiar na existência, sobrevivendo assim diante da violência que nos cerca e o mal e a morte que nos rodeiam.
A fé em Deus é importante nessa hora.
Em Deus, nossas vivências são mais seguras, estáveis e pacíficas; com Ele, garantimos a nossa segurança cotidiana; sem Ele, nossas referências se complicam e se confundem, nossas vivências se perdem e se arruinam, nossas existências perdem a razão de ser, o sentido de viver e o significado de existir.
Eis portanto as nossas referências comportamentais.
Elas são de fato o segredo da vida e a chave do sucesso em nossos trabalhos, operações, exercícios e atividades do dia a dia de nossa experiência real cotidiana.
Na existência humana, nossas boas vivências são as nossas boas referências.
Tal deve ser o nosso bom comportamento nesta vida.

17. Consciência Eustática
e Razão Insofismática

Razão Insofismática é aquele estado mental de racionalidade que procura, do ponto-de-vista do conhecimento, a verdade das coisas, a lógica do pensamento, a certeza das idéias encontradas, a autenticidade lógica, retórica, argumentativa, dos símbolos e idéias criadas, ou seja, é a busca da verdade propriamente dita, rejeitando assim tudo o que é contrário a ela.
In-sofismático ( sem sofismas, sem erros, sem incertezas, sem falsidades, sem corrupção ).
Razão Insofismática é a razão autêntica, certa, correta, verdadeira, que anseia pela verdade em si.

Consciência Eustática é aquele estado mental de consciência, onde ocorre um movimento em favor dos fundamentos da verdade, os princípios da realidade, as origens do pensamento, as raízes do conhecimento, as fontes básicas das idéias constituídas na racionalidade pensante.

Insofismático é a busca da verdade, enquanto eustático é a busca dos fundamentos da verdade.
Eustático, na verdade, é o movimento profundo de descoberta dos fundamentos, princípios ou raízes do pensamento, dos sentimentos e dos comportamentos humanos.
Tal movimento fundamental caracteriza a consciência eustática, a consciência mais funda e mais profunda.

18. O Processo de Conscientização da Realidade

Tomar consciência das coisas, na verdade, é um processo lento de apreensão do conhecimento da realidade, dentro da qual se está inserido.
De fato, conhecer (tomar consciência) é um movimento globalizamte, onde se abstrai o todo em função de suas partes.
Lentamente, a partir das diferenças, formamos o conhecimento global, no qual se dá o processo de conscientização da realidade.
Conscientizar-se é o conhecimento do conhecimento vagarosamente adquirido, em que diferencialmente formamos a abstração ou apreensão do todo a ser conhecido.
Tal é o movimento construtor, articulador e globalizador da realidade.
A conscientização da realidade se dá por um movimento permanente de memorização, onde o conhecimento se fixa na consciência a partir de idéias ou símbolos repetidamente apreendidos ou abstraídos.
A memória, portanto, é importante nesse tal processo de conscientização da realidade.
Sucessivas idéias, teorias ou ideologias, quando continuamente, e repetidas vezes, memorizadas, passam então a se fixar na tomada de consciência da realidade.
Frequentemente, a memória se exercita, a fim de oferecer à consciência a tomada de conhecimento da verdade das coisas reais em si, de si e para si.
De si, em si e para si, a consciência abstrai ou apreende o conhecimento, através de um movimento de memorização lento, vagaroso e paciente, formando e informando de fato o que deve ser conhecido.
Ocorre, então, lentamente, um verdadeiro descobrimento da realidade, que revela pouco a pouco o grau ou nível de conscientização obtido, para cujo processo trabalha incessantemente a memória do sujeito humano que então se conscientiza.
Certamente, tal descobrimento da realidade acontece dentro da consciência (em si), partindo dela (de si) e terminando nela (para si): movimento de reflexão consciente, memorizador da realidade.
Assim, descobrir a realidade,
descobrir a verdade real, é um acontecimento fenomenológico(fenomenal), ou seja, são idéias(fenômenos da consciência) que se repetem dentro dela, de modo a se fixarem nela, refletindo o estado de consciência então observado, ou melhor, o estado de abstração ou apreensão da realidade em si, de si e para si.
Logo, memória e consciência atuam juntas, unindo-se na articulação do descobrimento da verdade da realidade.
Essa articulação do conhecimento em si, de si e para si, é o que chamamos de processo de conscientização da realidade.
É a consciência real.

19. A Realidade da Consciência
e a Consciência da Realidade

A Consciência humana tem limites ?
Em seu mundo interior, os fenômenos ali presentes e insistentes são os símbolos, as idéias, as imagens, os valores e as vivências da pessoa humana, responsáveis por sua interação com a realidade cotidiana e o meio-ambiente local, regional e global no interior dos quais vive, convive socialmente e sobrevive material e espiritualmente.
Tais fenômenos da consciência constituem sua realidade interna.
Contudo, pode-se perguntar:
Além de si, ou fora de si, existe alguma realidade ?
É possível sua realidade exterior ?
Ou tudo é interno, todos são interiores ?
Existe alguma coisa fora da consciência ?
Ou será que a consciência é a única realidade ?
Eu sou tudo e todos ?
Eu sou o pensamento ?
A Realidade é pensamento ?
A Realidade é a consciência que abarca a tudo e a todos ?
O Real é racional ?
O Racional é real ?
Não existe diferença entre consciência e realidade ?
Acredito na possibilidade de uma realidade exterior, fora e além da consciência interior.
Com efeito, a consciência é limitada, e além de suas fronteiras ou fora de seus limites próprios, existe e insiste o outro, uma outra realidade, caso isso seja possível.
Eu e os outros formamos e desenvolvemos uma única realidade eterna, infinita, permanente, constante, imutável, estável, absoluta, necessária, imprescindível,
universal e fundamental, cujas consciências são mutáveis, inconstantes, instáveis, finitas, relativas, variáveis, móveis e individualizadas, proporcionando uma relação distributiva, integrada, interativa e compartilhada em que a interpretação da realidade pelas consciências operantes do eu e dos outros seja verdadeiramente global e diferencial.
A partir deste ponto-de-vista, acima referido, pode-se observar a real diferença entre consciência e realidade.
Por conseguinte, a consciência-em-si é a sua realidade própria, interna e externa, visto que internamente ela é inteligível, e, por outro lado, externamente, ela é sensível, ou seja, através do sentidos humanos(visão, olfato, audição, gosto e toque) ela entra em contato com a experiência concreta.
Outrossim, a consciência-de-si é a sua auto-reflexão sobre si mesma.
A Consciência-para-si é a sua relação subjetiva com a sua objetividade que ela
desenvolve dentro de si.
Logo, a consciência-em-si, de si e para si manifesta interiormente seus fenômenos vitais que tornam possível seu contato com a realidade externa, fora e além de si mesma.
Os fenômenos vitais que acontecem no interior da consciência humana em seu choque com a realidade exterior são pois de ordem simbólica, ideológica, imaginária, valorativa e vivencial.
Na ordem simbólica, temos os símbolos ou representações mentais de algo real.
Na ordem ideológica, temos as idéias ou representações inteligíveis da mente humana.
Na ordem imaginária, temos as imagens ou representações mentais em movimento constante ou transitório.
Na ordem valorativa, temos os valores ou representações intencionais da consciência humana.
Na ordem vivencial, temos as vivências ou ocorrências vitais ou acontecimentos comportamentais ou atuais do homem e da mulher.

20. O Grande problema é não ter problemas

Movimente-se, não fique parado.
Ocupe-se, não fique preocupado.
Pergunte, questione, interrogue.
Faça de toda resposta uma nova pergunta.
Faça de toda solução um novo problema.
Porque o grande problema é não ter problemas.
Crie os problemas. Invente-os. Questione a vida.
Os problemas são necessários, vitais para o ser humano.
Os problemas movimentam a vida, motivam as pessoas, animam a existência, incentivam o bom-humor, elevam a auto-estima, possibilitam o alto-astral.
Os problemas nos fazem otimistas e positivos.
Os problemas geram trabalho, esforço para conseguir as coisas, empenho para realizar nossas atividades.
Os problemas exercitam nossa mente, nosso corpo e nosso espírito.
Os problemas aumentam a nossa fé em Deus.
Por isso, faça de cada coisa e cada serum novo problema.
Problematizando a vida, você será realmente livre e feliz, terá verdadeiramente saúde e bem-estar, agirá com juizo e bom-senso, perceberá como é importanteser responsável pelos seus atos, como é legal e bonito respeitar os outros, buscar o direito em suas atitudes, procurar a verdade em seus relacionamentos e igualmente praticar a justiça quando necessário.
Graças a Deus a vida é um problema.
E viver é tentar encontrar a resposta correta para esse problema.
Sim, abrace os problemas, não fuja deles, conviva com eles, mas não esqueça jamais de tentar dar-lhes uma resposta.

21. A Imaginação Patológica
O estado doentio de um
raciocínio baseado em hipóteses

"Eu acho", "quem sabe", "pode ser", "talvez", "é possível" são expressões hipotéticas reveladoras de uma mente doente cuja imaginação doentia vive um círculo vicioso capaz de gerar raciocínios incertos e duvidosos que não chegam a lugar nenhum. Pensa-se hipoteticamente, fazendo-se curvas de opinião sem fundamento algum, o que reflete a desrazão irreal, uma realidade irracional, imaginando-se tal realidade ao mesmo tempo em que se ignora a realidade mesma como ela é. Então, o inconsciente fala mais alto, o imaginário grita mais forte, o sonho torna-se real, a irrealidade acontece e a irracionalidade se manifesta através das palavras que se apresentam.
Tal é a imaginação patológica.
Ignora-se a experiência real dos fatos concretos.
Vive-se em um mundo de ilusões e fantasias.
Sonhos incríveis, fantásticos e extraordinários.
Pois então sejamos realistas.
Fujamos das hipóteses.
Realmente práticos e concretos, experimentaremos uma mente sadia, uma razão saudável e agradável, uma inteligência lógica, coerente e sem erros, uma consciência reta onde o bom juizo e o bom-senso são os seus melhores amigos.
Realistas, teremos mais saúde e bem-estar maior e melhor.

22. Central de Referência da
Consciência Polivalente
Uma cabeça com muitas cabeças
A Racionalidade humana e suas diversas interpretações da realidade
A Mente humana e sua pluralidade de consciências

Homem e mulher, no movimento construtor de sua racionalidade pensante, discernente e cognoscente, produzem diversas consciências, ou diferentes visões da realidade, ou variadas interpretações da experiência concreta dos fatos cotidianos.
Tais consciências, ou visões diversas, ou interpretações diferentes, ou olhares variados sobre a realidade que acontece no dia a dia da nossa vida, formam ou geram verdadeiramente a Central de Referência da Consciência Polivalente.
Diferentes consciências dentro de uma única consciência.
Várias cabeças dentro uma só cabeça.
Diversas razões com sua pluralidade de olhares, visões e interpretações sobre as ocorrências reais, atuais e históricas dos fenômenos práticos e concretos da vida cotidiana.
Consciência Polivalente, Multifuncional e Pluridimensional.
Constituem a Central de Referência da Consciência Humana.
Sua razão de ser se identifica com a possibilidade múltipla que ela tem de conceber a realidade humana, que é única, a partir de diversos pontos de vista, diferentes olhares interpretativos de sua cotidianidade, variadas visões significativas, importantes e interessantes de sua temporalidade e lugar históricos, suas circunstâncias reais e suas situações atuais, seus momentos de aqui e agora, presente e futuro, dentro de seu contexto geográfico local, regional e global.
Sua polivalência de consciência reflete a vocação natural e cultural da pessoa humana em entender, discernir, conhecer e compreender a realidade cotidiana de diversas formas de visão e diferentes modos de interpretação de sua essência de fenômenos ocorrentes e acontecentes.
Tal é a Central de Referência da Consciência Polivalente.
Esse é o cérebro humano.
Sejamos cérebros.

23. A Razão louca e seu
fluxo imaginário
A Imaginação cega, doente e escrava produtora de acontecimentos irreais, inconscientes e irracionais

A Desrazão imaginária, irreal e inconsciente geradora de fenômenos irracionais que revelam uma razão louca ou uma mente doente de sonhos fantásticos e imagens incríveis e extraordinárias, possui realmente a tendência a ser violenta e agressiva, ruim e maldosa, o que reflete seu estado doentio de insegurança existencial e instabilidade emocional, a ausência de garantias seguras de consciência e racionalidade.
Extremamente violenta, a imaginação humana descontrolada, instável e insegura, propaga suas contrariedades e adversidades em torno de si, criando um ambiente hostil, contraditório, reacionário, onde todos e cada um se relacionam agressivamente, ignorando o respeito mútuo e a responsabilidade necessária para a vivência de um mínimo de juizo e bom-senso.
Ao ignorar e fugir do uso do bom-senso e da prática de um juizo reto capazes de condicionar uma vida de fraternidade, generosidade e solidariedade, na qual reinam o bem e a paz, o amor e a vida, abrem-se então para todos e cada um a possibilidade de um comportamento feio, mau e ruim, violento e agressivo, gerador de marginalização e exclusão social, divisão de classes, prisão ideológica e escravidão psicológica, de um meio-ambiente desumano, injusto e antinatural, falso e mentiroso.
Devemos pois lutar contra nós mesmos, combater o poder da nossa imaginação, batalhar em favor da cultura do bem e da paz e de uma mentalidade de não-violência e não-agressividade, animando, motivando e incentivando as pessoas ao nosso redor na prática das boas virtudes, das boas idéias e boas experiências, bons pensamentos, sentimentos e comportamentos.
Tenhamos portanto juizo e exercitemos o nosso bom-senso em nossas atividades cotidianas.

24. Relações interconscientes
Jogo de interesses ou interesses em jogo
As relações humanas são apenas interesseiras ?

Quando você encontra uma pessoa na rua ou no botequim da esquina e começa a conversar com ela, a partir de então se inicia o jogo da troca de interesses, onde um intenciona ou ajudar ou prejudicar o outro.
Tal relacionamento de múltiplas intenções e diferentes interesses reflete o estado interconsciente em que pessoas, indivíduos ou grupos se aproximam uns dos outros visando atingir determinados objetivos e chegar a lucrar ou favorecer seu próprio eu em benefício ou prejuizo do outro.
Nesse conjunto de relações humanas ambas as partes desejam lucrar ou adquirir créditos e favores em referência mútua e recíproca, de tal modo que em tal jogo ou troca de interesses as duas partes saem sempre ganhando, vencendo pois a consciência oculta de cada um, as intenções que ninguém vê, seus interesses lucrativos cujos créditos favorecerão realmente o eu de cada um, já que nesse diálogo interesseiro ambos querem sair ganhando.
À primeira vista, as duas partes saem lucrando, ficando para mais tarde a constatação do benefício ou prejuizo concretizado.
Nota-se como a consciência humana é interesseira, sempre intencionando obter lucros e créditos no câmbio de relações encontradas, almejando de fato o bem ou o mal referente ao outro com quem se relaciona naquele momento.
Com efeito, o jogo de interesses faz parte da natureza humana, que, nesse diálogo de intenções opostas e contrárias ou não, contraditórias e adversas ou não, busca sempre sair ganhando em benefício ou prejuizo real do outro com quem mantém essas relações de amizade ou inimizade.
Sim, somos interesseiros.
Só queremos levar vantagem.
Desejamos sempre o nosso lucro ou crédito, favorecendo sempre o nosso lado, preocupando-nos ou não com o que pode acontecer com a outra parte constituinte desse diálogo, troca ou jogo de interesses.
Que nossos interesses ao menos tenham boas intenções e que sejam acompanhados por bons sentimentos e boas atitudes.
Deste modo, o Senhor Deus nos abençoará.

25. Têmpera Cerebral
Processamento Mental
Razão Processual

Temperar, cozinhar, processar – eis algumas características do movimento da consciência inteligente do ser humano que busca deste modo produzir os fenômenos inteligíveis, abstraidos da realidade da experiência cotidiana, apreendidos do mundo sensível das ocorrências práticas e concretas da vida do dia a dia.
Temperando os acontecimentos reais e atuais da história temporal e espacial humana, a consciência inteligente os abstrai e apreende, produzindo o calor energético que irá purificar a sua mente, energizar a sua razão e vitalizar as suas atividades cerebrais.
Cozinhando esses fenômenos da realidade cotidiana dentro e fora de si, a consciência inteligente pouco a pouco, pacientemente, vai descobrindo a verdade dos acontecimentos, desvelando o seu conhecimento verdadeiramente possível, abrindo as portas da felicidade livre do ser humano, libertando-o das prisões ideológicas e das escravidões psicológicas, renovando-o permanente e crescentemente ao construir nele uma nova mentalidade de não-violência e não-agressividade, e uma cultura do bem e da paz, do amor e da vida, do direito e da justiça, da verdade e da liberdade.
Processando tais ocorrências temporais e históricas, reais e atuais, a consciência inteligente vai purificando-se a si mesma, articulando seus processos atômicos e celulares, energizando as atividades mentais, corporais e espirituais, produzindo o calor que ilumina e fortalece progressivamente seus exercícios cerebrais, racionais e conscientes, globalizando deste modo todas as operações da mente e da realidade, da inteligência e da experiência, da racionalidade e do cotidiano.
Tal é a Têmpera Cerebral,
o Processador Mental,
a Razão Processual.
Trata-se afinal da consciência inteligente em movimento gerador, articulador e globalizador de sua realidade em si, de si e para si, dentro e fora de si.
Movimento energético que produz o calor necessário a sua purificação, crescimento e desenvolvimento.
Movimento libertador, aberto e renovador.

26. A Inteligência Operadora
O Trabalho da Razão

Pensar, conhecer e discernir – eis a vocação natural da inteligência humana.
Pensa para conhecer, e nesse conhecimento faz o discernimento entre o bem e o mal, o bom conteúdo e a má qualidade de matéria apreendida quando em contato com a experiência real cotidiana.
Buscando sempre conhecer a verdade possível, possibilita a melhoria das condições de vida, saúde e trabalho da sociedade humana que deste modo avança progredindo material e espiritualmente, evoluindo no corpo, na mente e no espírito.
De fato, a racionalidade humana proporciona aos indivíduos, grupos e comunidades sociais saúde coletiva e bem-estar pessoal e social, cultural e ambiental, político e econômico, desenvolvendo assim as capacidades e potencialidades do ser humano em geral identificadas com sua vocação natural à prática do bem e da bondade e à vivência da paz e da não-violência, à construção da fraternidade e da solidariedade, ignorando então a cultura da morte e a mentalidade de maldade e agressividade que nos rodeiam.
Somos racionais.
Temos juizo e bom-senso.
Conscientes dessa realidade devemos trabalhar criando sempre as condições indispensáveis ao surgimento dos bons costumes e das boas virtudes, do amor a Deus em primeiro lugar, do respeito mútuo e da responsabilidade individual e coletiva, da liberdade responsável e da felicidade baseada na boa consciência formada, nas boas intenções empreendidas e nas boas experiências realizadas.
Desejemos a paz e o bem no meio de nós.
Isso é o verdadeiro resultado de uma inteligência operadora, da razão humana que trabalha sempre construindo e não destruindo, fazendo o bem e não o mal, buscando a paz e não a guerra, praticando o amor e não o ódio, vivendo a vida e não a morte.
Isso é ser inteligente.

27. Juizo e Bom-senso
O Direito da Consciência
A Justiça da Mente
A Verdade da Razão

Agir com juizo reto e usar o bom-senso em nossas atividades cotidianas é o caminho certo para a liberdade responsável, o respeito mútuo e a felicidade individual e coletiva que todos devemos almejar em sociedade.
Esse exercício ético comportamental aliado a um bom pensamento virtual, com sentimentos intencionalmente bons e puros, é a porta do bem-estar pessoal, social, cultural e ambiental; a condição necessária para o bem-comum da sociedade; o fundamento de uma ótima atividade política, social e econômica; o princípio do direito, da justiça e da verdade; a origem de uma cultura do bem e da paz, do amor e da vida, e de uma mentalidade de não-violência sem crueldade e sem agressividade; a base do progresso material e espiritual; a raiz de uma saúde mental, corporal e espiritual verdadeiramente sólida, crescente e evolutiva; e enfim a fonte de desenvolvimento sustentável para uma sociedade do bem e da paz, que respira Deus, o Senhor, em suas operações cotidianas, em suas atividades trabalhistas, recreativas e esportivas, e em seus exercícios diários dentro e fora da família, na rua, no supermercado, na padaria, na farmácia, no botequim, no jornaleiro, no emprego, no comércio, na indústria, na empresa...
Tal é a razão de se ter um bom juizo e um bom-senso.
Em função desse comportamento ético bem orientado, ordenado e organizado, e eficazmente disciplinado, é possível construir-se a sociedade do conhecimento, moralmente firme e espiritualmente forte.
A partir de tal boa, ótima, qualificada e excelente essência de moralidade, abrem-se então um mundo imenso de oportunidades, alternativas e possibilidades para a comunidade humana que se identicam com a elevação de sua auto-estima moral e espiritual, com o pensamento positivo e otimista em relação ao seu presente a construir e ao seu futuro a projetar, então socialmente animados, politicamente motivados e economicamente incentivados e entusiasmados.
A realização de todas essas atividades cotidianas com qualidade de vida e boa expectativa de progresso material e espiritual se deve ao fato de se praticar diariamente no convívio social uns com os outros o devido juizo reto e o bom uso do bom-senso, razão então de nossa liberdade respeitosa e responsável e de nossa felicidade em processo permanente de consumação junto aos nossos semelhantes.
Pois então tenhamos sempre juizo em nossas realizações e mantenhamos sempre o bom-senso em nossas atividades e experiências cotidianas.
Que Deus, o Senhor, nos ajude sempre nesse sentido.

28. A Atividade Cerebral e o Ambiente Consciente da Racionalidade lógica e dialética e insofismavelmente eustática

A Racionalidade humana desenvolve em seu ambiente próprio mental, racional, consciente e inteligente atividades que se caracterizam por seus exercícios lógicos, dialéticos, eustáticos e insofismáticos, operações essas que se realizam eficazmente quando ela se encontra em seu perfeito estado de juizo e bom-senso.
Tais operações, exercícios e atividades da razão humana têm por objetivo final construir as condições necessárias ao desenvolvimento de sua vida mental, corporal e espiritual, seu progresso material e espiritual, sua evolução social, política, econômica e cultural, e seu crescimento saudável com qualidade de vida e bem-estar individual e coletivo, no interior da experiência real cotidiana, em seus espaços temporais e históricos, atuando pois local, regional e globalmente.
A Inteligência humnana, ordenada mentalmente, disciplinada eticamente e organizada socialmente, pode assim articular melhor o pensamento, obter bem o conhecimento verdadeiramente possível e desenvolver bem melhor a sua capacidade de discernimento, realizando então a diferença entre as coisas e detalhando suas apreensões mentais e suas abstrações racionais, construindo pois em si, de si e para si, a matéria do seu conhecimento cujo conteúdo deve ser de qualidade reconhecida não importando a quantidade do saber adquirido mas sim de fato a excelência de sua essência captada.
Deste modo se movimenta a consciência inteligente do homem e da mulher, temperando a vida cotidiana ao seu redor, processando o conhecimento obtido em contato com a realidade e cozinhando pacientemente o convívio social, político e econômico com que pode empreender sua evolução material e espiritual real, atual, temporal e histórica.
Esse o ambiente consciente da racionalidade humana.

29. A Razão Marginal e seu
círculo periférico de possibilidades

Um estado de vida estranho, doente, fora do normal, diferente do comum existente no meio social onde vive, patológico, louco, caracteriza a razão marginal, a razão diferente, ausente do mero estar com os outros, à margem da sociedade, marginal...
O que é afinal a razão marginal ?
É a razão diferencial, diferente mas não doente, diversa mas não louca, relativa e variada mas não anormal ou demente ou enferma.
Loucura para os outros mas não para mim que vivo a realidade segundo a minha visão de mundo, a minha interpretação da vida, a minha ótica mental, racional e consciente.
Para mim, não sou irreal nem irracional, nem inconsciente ou fora da realidade, todavia alguém diferente, saudável como os outros, amigável e sociável, que quer ser agradável, favorável ao bem-comum da sociedade, desejoso de ver o bem-estar dos outros e de si mesmo, e de mim mesmo.
Sou diferente mas não doente.
Sou outro mas não louco.
Sou normal e natural como os outros.
Apenas tenho uma visão diversa da realidade, interpreto de modo diferente os seres e as coisas, olho com outro olhar a vida, a natureza e o universo, enxergo com outros olhos diferentes a mesma realidade e a mesma sociedade da qual faço parte.
O discernimento é importante.
É preciso separar as coisas, distinguir o certo do errado, o bem do mal, a paz da guerra, e assim olhar com olhos verdadeiros embora diferentes a mesma realidade em que vivo, a mesma sociedade em que me encontro, a mesma vida que nos foi dada.
Essa é a razão marginal e seu mundo periférico de possibilidades.
Somos diferentes e não iguais.
Somos diversos e não semelhantes.
Somos detalhes e diferenças que precisam ser vividas, interagidas e compartilhadas, tendo em vista o crescimento de todos e cada um, o seu progresso material e espiritual, o seu desenvolvimento mental, corporal e espiritual, e sua evolução física do ponto de vista ético e do conhecimento até agora adquirido, o que resulta em favores e benefícios para toda a sociedade humana onde estamos incluidos e inseridos social, politica, economica e culturalmente.
Que as nossas diferenças fisicas e mentais e os nossos detalhes de vida real, atual e histórica contribuam efetivamente para o bem de todos, seu bem-estar individual e coletivo, sua saúde pessoal e social.
Que Deus, o Senhor, nos ajude e ilumine nessa tarefa difícil mas não impossível de fortalecer e favorecer uma cultura do bem e da paz e uma mentalidade de não-violência sem crueldade e agressividade, a partir das quais os diferentes tenham voz e vez, sejam bem vistos e absolvidos, incluidos e integrados, participantes dessa sociedade que antes os excluiu e rejeitou, maltratou e marginalizou.
Que os diferentes e sua razão marginal absolvam e perdoem a sociedade da qual jamais deixaram de fazer parte, comungar e participar.

30. A Mente Divina

Suprema Consciência Real Eterna Espiritual -
eis a Mente Divina,
Consciência Real,
Razão Eterna,
Inteligência Espiritual e Transcendente,
Cérebro Imortal,
Espírito Superior,
Princípio da Vida,
Origem do Amor,
Luz Transparente,
Fundamento do Bem e da Bondade,
Raiz da Paz,
Base do Movimento,
Casa do Silêncio,
Pai dos Trabalhadores,
Educador da Paciência,
Sustentáculo do Universo,
Garantia da Natureza,
Segurança da Criação,
Imunidade Ambiental,
Fonte de Saúde e Bem-estar,
Gerador do Respeito e da Responsabilidade,
Criador da Liberdade e da Felicidade,
Advogado do Juizo e do Bom-senso,
Causa do Direito, da Justiça e da Verdade,
Desenvolvedor da Ética da Política,
Animador da Sociedade,
Motivador do Crescimento da Economia,
Incentivador da Cultura dos Povos e Nações,
Projetor do Bem-comum e do Bem-estar,
Ordenador da Vida humana e natural,
Organizador do Conhecimento possível,
Disciplinador da Moral e da Religião,
Planejador da Arte, da Ciência e da Filosofia,
Deus do homem e da mulher,
Senhor da história, do tempo e da eternidade,
Genitor do Perdão e da Misericórdia.

31. A Consciência em movimento
O Processo de articulação, abstração e apreensão do conhecimento verdadeiramente possível a partir de sua relação vital e necessária com a experiência real cotidiana

Tradicionalmente, afirma-se na filosofia que o conhecimento é o produto final da convergência entre pensamento e realidade, consciência e experiência, razão e real, inteligência e prática.
Permanece até hoje essa postura filosófica.
De novo, é a abordagem que diz que tal possibilidade viável em que resulta o conhecimento se faz ou acontece porque tanto a razão consciente e inteligente quanto a experiência real cotidiana, ambas, enfim, estão em movimento constante de construção desse conteúdo de conhecimento de qualidade para o qual contribuem certamente os fenômenos da consciência em si, de si e para si, tais como idéias, símbolos, imagens, sons, palavras, intenções ou interesses e vivências, e, igualmente, os fenômenos concretos ou ocorrências factuais ou acontecimentos reais, atuais, temporais e históricos, os quais, juntos e unidos, proporcionam, como disse acima, a matéria e o conteúdo de conhecimento de qualidade e excelência que nos fazem crescer e evoluir na vida em que vivemos.
É a consciência humana em movimento que se liga com a realidade também em movimento que propiciam então o conhecimento verdadeiramente possível, processo esse que chamamos de abstração ou apreensão, ou seja, a racionalidade humana consciente e inteligente busca ou retira da realidade cotidiana a matéria e o conteúdo de conhecimento, o sujeito e o objeto assim transformam-se em articulador e articulado respectivamente desse material cognoscente cujo conteúdo realmente é o que nos interessa.
Observa-se por conseguinte que essa teoria da abstração ou apreensão, onde sujeito e objeto se atraem, se desejam e se conhecem, ocorre quando consciência e realidade se encontram em movimento, em processo mesmo de construção desse conhecimento então apreendido e abstraido pelo sujeito em relação ao objeto cuja relação é vital e necessária para o produto final almejado, o conhecimento.
Com efeito, tal movimento articulador, abstraidor e apreendedor do conhecimento verdadeiramente possível reflete positivamente o relacionamento vital e necessário que deve existir entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido.
Tal relação, interação e compartilhamento de atividades reais e exercícios mentais geram efetivamente o conhecimento desejado, operações essas responsáveis igualmente pela qualidade de conteúdo conseguido.
O conhecimento pois é resultado de um movimento e casamento realizado entre o sujeito ativo e o objeto passivo, em referência ao conteúdo do saber então obtido.

Conclusão

Devemos buscar o novo em nossa vida.
Abrir-nos a novas possibilidades.
Renovar o nosso interior e exterior.
Libertar-nos de preconceitos e superstições.
Assumir a partir de agora um compromisso responsável com a novidade: novidade em nossos relacionamentos, novidade em nossos pensamentos, novidade em nossos sentimentos, novidade em nossos comportamentos.
Novidade em nossos trabalhos e atividades, exercícios e operações cotidianas. Novidade transformadora de nossos compromissos e responsabilidades. Novidade que nos transforme mais e para melhor.
Desta maneira, sejamos construtores e não destruidores da nossa realidade cotidiana.
Vamos construir um mundo de paz, uma sociedade do bem e uma humanidade mais fraterna e solidária.
Que Deus, o Senhor, abençôe essa nossa tarefa que deve ser cultivada e desenvolvida no dia a dia da nossa vida.