segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Seguindo a natureza...

Caminhar cotidianamente em função da natureza significa curar todos os males da existência humana, salvar a própria vida diante das adversidades e contrariedades sociais, culturais e ambientais, e libertar-se de verdade dos preconceitos mentais e das superstições religiosas que nos escravizam e aprisionam. Com efeito, orientar-se de acordo com os dados, as leis e as informações obtidas da natureza ambiental e do universo humano conduz a resultados que refletem o bem-estar físico e mental, a saúde individual e coletiva, que conseguimos naturalmente, a partir pois da ordem natural das coisas, respeitando-se os limites do direito humano, natural e universal.
Sim, realmente, seguir a natureza criada por Deus é sinônimo de vida boa, ótimo estado de qualidade de vida, excelência de bons pensamentos, sentimentos e comportamentos, perfeita harmonia com a criação, sintonia estável e crescente com a cultura do bem e da paz, do amor e da vida, e a mentalidade de não agressão, sem divisão, sem exclusão e sem marginalização.
Naturalmente, somos bons, pertencemos ao bem e à paz.
Naturalmente, somos humanos e divinos.
Naturalmente, somos amor e vida.
Tal o sentido da vida humana e sua razão de existir.
Portanto, sejamos naturais.
E Deus, o Senhor da Natureza, nos acompanhará sempre.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O que é felicidade ?

Felicidade é fazer de cada momento uma eternidade.
Somos felizes quando fazemos os outros felizes.
Somos livres quando damos condições de liberdade para os outros.
Felicidade e liberdade caminham juntas.
Tal estado de liberdade e felicidade significa estar em paz consigo mesmo, fazer o bem aos outros e a si mesmo, amar a vida e praticar o amor, respeitar para ser respeitado, ser responsável por seus atos, ter juizo e bom-senso, buscar sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros, praticar a justiça e a bondade, ser uma pessoa direita e de respeito, procurar conhecer a verdade da realidade, ser amigo e generoso, fraterno e solidário, ser bom com as pessoas, ser realista e viver o cotidiano, não sonhar nem viver de fantasias, amar e ser amado, sorrir para a vida, ser alegre, feliz e contente, ser otimista, pensar positivamente, ter alto astral e a auto-estima elevada, emergir socialmente, emancipar-se politicamente, crescer econômica e financeiramente, progredir material e espiritualmente, evoluir física e mentalmente, crescer sempre visando construir e não destruir, desenvolver-se social, cultural e ambientalmente, ter consciência social e coletiva, amar, respeitar e valorizar a Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida.
Vivendo assim seremos sempre livres e felizes.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

É Primavera!

É Primavera!
Tempo das Flores
Uma Nova Era de Abertura da Natureza, de Renovação de Mentalidades e de Libertação de Preconceitos

Primavera é o tempo da liberdade em que a natureza criada, universal, humana, ambiental e ecológica se abre para novas possibilidades, gerando em torno de si um ambiente propício a novos sonhos e realizações, concretização de novos projetos sociais, políticos e econômicos, produzindo novas condições, relações e situações de vida e trabalho, saúde e educação, o que possibilita de fato um maior progresso material e espiritual para toda a humanidade, grande evolução física e mental, científica e tecnológica, moral e religiosa, histórica e filosófica, artística, recreativa e esportiva, bem como novas alternativas de crescimento econômico e financeiro, novas oportunidades de emprego e atividades comerciais, industriais e empresariais, maior e melhor emergência social e emancipação política, fazendo todas as sociedades humanas locais, regionais e globais, reais e atuais, temporais e históricas, desenvolverem sua consciência social e coletiva, globalizando seus exercícios diários a favor da fraternidade universal e da solidariedade entre os povos e nações do mundo inteiro.
Tal é o tempo da Primavera, momento das rosas vermelhas que perfumam o meio-ambiente e dos pássaros azuis cantando e louvando, bendizendo e glorificando o Criador, o Autor da Vida, pelas suas maravilhas sem fim e seus benefícios sem limites para todos nós, suas amadas criaturas do bem e da paz, do amor e da vida.
É verdade.
É Primavera!
Uma nova era de liberdade e felicidade para todas as comunidades humanas, indivíduos e grupos envolvidos em sua realidade cotidiana com as melhorias sociais, culturais e ambientais, buscando novas opções de trabalho teórico e prático, consciente, racional e intelectual, e ao mesmo tempo real, objetivo e experimental.
Que esse novo tempo de mangas e violetas, cajus e margaridas, morangos e girassóis, nos ajude e abençôe, construindo a nossa volta otimismo e bem-estar, pensamento positivo e auto-estima elevada, uma nova era da cultura da vida, do bem e da paz, e de uma mentalidade de não-agressão, sem maldade e sem violência, sem exclusão e marginalização social, sem injustiças estruturais e sistemáticas.
É Primavera, bendito seja Deus, o Senhor, que sempre nos renova e liberta de nossas prisões mentais e escravidões psicológicas e ideológicas!
Deus seja louvado.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

João Cândido Felisberto

14º. Prêmio Nacional Assis Chateaubriand de Redação

João Cândido e os Direitos Humanos

João Cândido
(1880-1969)
(Encruzilhada, RGS – São João de Meriti, RJ)

Da Revolta da Chibata à Justiça Social
A Força das idéias, a necessidade de valores e o movimento cotidiano de luta pelos direitos humanos no Brasil, segundo João Cândido Felisberto, em seus 89 anos de vida

O “Almirante Negro” dissera em 1968 que seu movimento de libertação nacional apenas desejava acabar com a Chibata, abolir os maus-tratos, destruir as injustiças sociais cometidas contra os marinheiros do Brasil, seus companheiros de trabalho, de jornada e de caminhada pelos mares brasileiros.
Em seu contexto histórico, séc.XIX-XX, carregado de inverdades e desrespeito aos direitos humanos, pleno de irresponsabilidades governamentais e descompromissos com o povo brasileiro, cheio de aberrações sociais, políticas e econômicas, João Cândido Felisberto travou um duelo incessante contra as autoridades da Marinha e do Estado Brasileiros, entrou em conflito constante com os interesses autoritários e as ideologias escravagistas de seus conterrâneos, fugindo pois, quando possível, de suas manipulações psicológicas, de seu aprisionamento ideológico e do monopólio centralizador de intenções defendidas pelo governo do ali Presidente Hermes da Fonseca, que, pressionado socialmente e pela opinião pública, e pelos movimentos populares e trabalhistas daquele momento controverso cujo ambiente respirava dor e violência, maldade e injustiça, revolta e sofrimento, cedeu à maioria das reivindicações dos marinheiros-trabalhadores, tais como o aumento de seus salários, a concessão de anistia a muitos patriotas e melhores condições, relações e situações de vida e trabalho, saúde e educação para os grupos e indivíduos, comunidades e sociedades locais e regionais então necessitadas de ajuda e solidariedade por parte de todos, sobretudo das autoridades do país. Em tal processo renovador de culturas e libertador de mentalidades que durou até o fim de seus dias, em 1969, João Cândido realmente sofreu e trabalhou bastante, foi preso diversas vezes, expulso da Marinha do Brasil, perseguido politicamente, em uma época relativamente contrária à luta dos direitos humanos, adversa aos interesses dos trabalhadores e verdadeiramente negativa e pessimista em referência aos marinheiros brasileiros, escravos agora do poder constituido, prisioneiros de uma legislação que não os apoiava e dependentes da boa-vontade do executivo, legislativo e judiciário, únicos capazes de lhes proporcionar de verdade a garantia de seus direitos, o sustento de suas carências e necessidades e a defesa justa de seus desejos trabalhistas de reivindicação social. De fato, o advogado dos pobres, o defensor dos marinheiros, o lutador em prol dos trabalhadores, o criador e consolidador de idéias e ideais, o renovador de valores éticos e espirituais e o libertador de culturas e mentalidades em favor da luta trabalhista e em benefício dos direitos humanos de seus correligionários, o Coração Negro do povo brasileiro, João Cândido Felisberto, nascera para a batalha do dia a dia, viveu combatendo o bom combate da justiça social e morreu feliz, com a consciência tranquila, porque morreu matando o seu pior inimigo com o qual manteve convívio durante grande tempo de sua vida: matou o chicote e destruiu a chibata, adversários tradicionais, no tempo e na história da nação brasileira, permitindo a nós, hoje, aqui e agora, estarmos livres de tão augusta covardia e de tão cruel ignorância, pobreza moral e miséria espiritual, orquestradas pelo autoritarismo totalitário dos ditadores federais, estaduais e municipais da vida e existência cotidianas da população brasileira até então.
Que São João de Meriti, na Baixada Fluminense, hoje, neste momento, com os filhos e as mulheres de João Cândido, se é que ainda se encontram no meio de nós, façam festa e celebrem a grandeza de um ilustre brasileiro, vencedor do chicote da maldade e ganhador da chibata da ruindade, destruidor da cultura da violência e construidor de uma nova mentalidade social e existencial onde reina o bem e a paz, o amor e a vida, o direito e a justiça, a fraternidade e a solidariedade, até as circunstâncias atuais.
Que Deus, o Senhor, abençôe João Cândido e João de Meriti, palcos de uma jornada acabada em defesa da justiça, dando-lhes agora no Céu da Eternidade o Prêmio Eterno por suas caminhadas de direito e de respeito e de liberdade com responsabilidade em benefício do Brasil e de toda a humanidade.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Globalização - Por uma nova ordem mundial

Baseada em uma política de fraternidade e solidariedade, em uma economia de livres iniciativas e regras de conduta, em uma sociedade de bem com a vida e de paz com a sua consciência, em culturas do amor e da vida e em mentalidades não-agressivas, sem maldade e sem violência, construtora de uma nova ética de bons valores e boas virtudes, geradora de uma outra e diferente espiritualidade natural onde Deus, o Senhor, seja o ponto central orientador das consciências e das experiências humanas naturais, culturais, ambientais e universais, produtora em sua globalidade de relações interativas e compartilhadas entre as pessoas e grupos, comunidades e sociedades, a partir de intercâmbios culturais, artísticos e esportivos, eis o caminho certo para um mundo mais globalizado, com uma nova ordem mundial dirigindo todas as razões, ações e intenções, causando ao mesmo tempo para toda a humanidade um estado permanente e porogressivo de boa saúde individual e bem-estar social e coletivo, melhorando e fazendo evoluir deste modo as condições de vida e trabalho, saúde e educação para todas as populações globais, em suas diferentes regiões e localidades, no tempo real e na história atual em que vivemos no momento presente, projetando de fato um futuro mais promissor e agradável, saudável e favorável para todas as sociedades humanas globais e diferenciais. Que Deus, o Senhor, nos ajude neste sentido.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O Direito de ser direito

O que significa ser uma pessoa direita, hoje em dia, é o mesmo que entender que ela seja alguém de bem, que ame a vida e pratique o amor,de respeito e responsável por seus atos, de juizo e bom-senso,justa e amiga da verdade, corajosa e de moral elevada, de bem com a vida, amiga das pessoas e generosa, fraterna e solidária,eticamente bem comportada e espiritualmente firme e forte, que busca o bem-estar social e coletivo sem ignorar sua saúde pessoal. É aquela que acredita em Deus e confia no Senhor. Amiga dos pobres, das mulheres e das crianças. Que procura sempre construir e não destruir.
Eis pois uma pessoa direita.
Nós também temos o direito de ser pessoas direitas.
É um direito natural da pessoa humana.
Um direito necessário para que a gente esteja sempre em paz com Deus, com os outros e com nós mesmos.
Um direito inalienável, pelo qual todos devemos lutar, com o qual precisamos viver e existir bem, sem o qual a vida não tem sentido e a existência perde a sua razão de ser.
E até Deus, o Senhor, perde o seu significado.
Sim, temos o direito de ser pessoas direitas.
Dependemos disso. É a nossa razão de ser, de viver e de existir.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sistema Penitenciário

Parecer Filosófico

Sistema e Estrutura Carcerária,
Presidiária e Penitenciária
no Brasil de hoje

1. A Realidade Atual

Alguns especialistas em ciências da mente e do comportamento humano afirmam, entre outras coisas, que "o ser humano em geral, naturalmente constituido e culturalmente determinado, é concebido e nasce de bem com a vida, com uma mente potencialmente boa e virtuosa, ordeira e pacífica, precisamente por ser de fato uma criatura de Deus". Outros, contrariamente a essa posição, salientam que a pessoa humana pode ser gerada de maneira má, e adquirir assim uma índole viciosa, hábitos negligentes com péssimas inclinações comportamentais, com tendências a viver constantemente em conflito consigo mesma e com os outros, existindo pois cotidianamente de modo problemático, plena de contrariedades e adversidades nesta vida. Pessoalmente, sou partidário do primeiro ponto de vista, e em função dele desenvolvo aqui e agora algumas diretrizes e orientações que certamente ajudarão na melhoria do quadro aparentemente assustador e controverso, em que o ambiente vivido pelos presos, prisioneiros e presidiários das cadeias públicas do Rio de Janeiro e do Brasil inteiro, apresentam um contexto real e atual, temporal e histórico, local, regional e global, bastante ruim e violento, mau e maldoso, problemático e conflitante, confuso e complicado, adverso e contraditório, que colocam permanentemente em risco de vida e de morte seus componentes internos e externos, presos, policiais, funcionários, administração dos presídios e a sociedade como um todo. De fato, observa-se a realidade prisional identificada atualmente com grandes rebeliões de presos, confusão entre os internos e os agentes de custódia, conflitos entre bandidos e policiais, excesso de população carcerária, exclusão de presidiários uns pelos outros e pelas autoridades gestoras desses ambientes carcerários, marginalização cada vez maior e pior das pessoas dependentes das condições necessárias para ali sobreviver, mentalidade de guerra, briga e confusão, cultura do mal e da violência, péssima direção penitenciária, triste e infeliz estado psicológico e ideológico dos que ali moram, vivem e trabalham, quadro negro de intrigas, controvérsias e adversidades, clima ruim de convívio, má vontade dos agentes penitenciários, situação doentia favorável ao surgimento de diversas doenças e enfermidades, má conservação física dos banheiros e péssimo estado de limpeza e higiene dos locais públicos de circulação prisional, alimentação de pouca qualidade, abertura relativa para atividades esportivas e recreativas, os direitos humanos ignorados e desrespeitados, irreverência para a família, amigos e parentes dos presidiários, desinteresse da sociedade pelo destino dos presos, preconceitos morais e superstições religiosas, enfim, uma realista triste e infeliz, como disse, necessitada de urgente e emergente intervenção das autoridades competentes e responsáveis diretos e indiretos tendo em vista resolver seus problemas mais angustiantes e solucionar suas questões e interrogações mais imediatas, a curto e médio prazo se possível. Como medidas orientadoras de bons pensamentos, sentimentos e comportamentos entre os presidiários, apresentamos as seguintes: a) animar, motivar, incentivar e estimular os presos para atividades e ocupações em tempo integral dentro e fora dos presídios quando essa possibilidade fôr viável, enfatizando as áreas de trabalho e emprego, salário remunerado, educação para o conhecimento e para a ética do respeito e da responsabilidade pessoal, social e ambiental, espiritualidade e religiosidade natural, orientação psicológica, cuidados médicos com a saúde e o bem-estar, melhorias relativas ao meio-ambiente vivido e respirado pelos agentes e pacientes dos locais de custódia e detenção, tais como higiene e boa manutenção e conservação dos locais públicos e privados dentro das regiões carcerárias, música ambiental, notícias e informações sobre o que acontece no país e no mundo, práticas de esportes, exercícios de lazer e recreação, desenvolvimento de talentos artísticos e carismas vocacionais e profissionais, produtividade operacional nos trabalhos realizados, atividades ocupacionais integrais de tempo e espaço, aulas de religião em que se mostre a importância de se ter fé em Deus, sentido da nossa vida e garantia e razão do nosso viver, e outras diretrizes orientadoras da boa qualidade de vida que se deve ter, sempre buscando-se o progresso material e espiritual, a evolução física e mental, o crescimento financeiro e econômico, a emergência social e a emancipação moral, política e religiosa. Tudo isso pois são algumas diretrizes e orientações filosóficas visando a melhoria e a boa qualidade do quadro prisional carioca e brasileiro atuais.

2. A Genética Prisional

Fatores de origem hereditária, biológica, psicológica, social, cultural e ambiental podem determinar os pensamentos, sentimentos e comportamentos dos indivíduos e grupos humanos, comunidades locais e regionais, e sociedades inteiras, no interior do convívio cotidiano, onde as pessoas têm relações interdependentes, interativas e compartilhadas, produzindo situações de exclusão e marginalização social, circunstâncias de divisão de classes, adversidades físicas e mentais e contrariedades materiais e espirituais. Em tais condições de necessidade, fome, pobreza e miséria, aberrações ou desvios de conduta, ignorância e analfabetismo, preconceitos morais e superstições religiosas, dependência química ou tráfico de drogas e entorpecentes, como maconha, cocaína, morfina e heroína, tabagismo e alcoolismo exarcebados, ausência de infra-estrutura sanitária, conflitos familiares, falta de água e esgoto, ideologias políticas e partidárias, escravidão psicológica emental, aprisionamento ideológico, doenças, moléstias e enfermidades as mais diversas, estado doentio de dependência física, mental e social, mentalidade de maldade e violência permanentes, cultura da dor, do sofrimento e da morte, carência de amor afetivo e efetivo, tudo isso, enfim, contribui decisamente para o surgimento de cárceres e prisões, cadeias e presídios, visto que em tais condicionamentos mentais, corporais e espirituais, tais marginais, bandidos ou traficantes, detentos e delinquentes, constituem uma séria ameaça à sociedade, um verdadeiro risco de vida e morte para a convivência humana, natural e social.

3. A Necessidade de um ambiente de bem e de bondade, de paz e de concórdia

Urge criar no meio de nós uma nova visão da realidade, uma nova interpretação dos fatos cotidianos e dos acontecimentos do dia a dia, um novo olhar sobre a cidade e a sociedade, nelas enxergando valores éticos bem orientados, princípios de vida bem dirigidos, e a partir deles gerar uma outra e diferente humanidade, enraizada sobre bases fundamentais, como o bem e a bondade, a paz e a concórdia, o amor e a vida, a luz do conhecimento da verdade, a ordem e a justiça, o direito e o respeito, a liberdade e a responsabilidade, o juizo e o bom-senso, a felicidade e o otimismo, o pensamento positivo e a auto-estima elevada, a saúde e o bem-estar, o bem-comum da sociedade, o bem de todos e cada um, a amizade e a generosidade, a fraternidade e a solidariedade, o desejo de unidade entre os povos, o conceito de cidadania identificado com a prática dos direitos humanos, o cumprimento de deveres e obrigações, o compromisso responsável com o exercício da boa política e da boa ética, o respeito interpessoal, atividades assumidas em prol da coletividade sem ignorar o bem de cada um, conscientização dos desejos naturais, das necessidades sociais, dos anseios políticos da população, dos empreendimentos e prosperidades econômicas e financeiras que todos devemos buscar e realizar, a procura constante do desenvolvimento sustentável, a tolerância religiosa e a compreensão das pessoas, o respeito ao meio-ambiente, a reverência ao ponto de vista de cada um, o progresso das comunidades locais, regionais e globais, a evolução física e mental, material e espiritual, entre outras coisas, e além é óbvio de oferecer um tempo e espaço na vida diária para o culto a Deus, a boa oração, o louvor e a glória do Senhor.

4. Ignorar a cultura do mal e da violência

A partir dessa renovação de mentalidades, abertura a novas tendências e possibilidades e libertação de velhas tradições e antigos preconceitos e superstições morais e religiosas, a sociedade carioca e brasileira precisa assumir uma outra postura diante da violência que a rodeia, comprometer-se com uma posição diferente perante a realidade triste e infeliz que a cerca, fazendo, para isso, um movimento completo de exclusão da maldade que impera a sua volta, ignorando seus frutos, efeitos e consequências, fugindo constantemente das ocasiões onde o mal reina, das leis do quebra-quebra e da política de pancadaria, dos momentos de briga, conflito e confusão dentro e fora de casa, na rua ou no supermercado, no botequim, na padaria e na farmácia, nas situações de guerra cotidiana, nas circunstâncias diárias de tiroteio e balas perdidas, em que polícia e bandidos se enfrentam, instabilizando a vida das cidades, pondo em risco e perigo a sociedade, ameaçando a estrutura das instituições constituidas, amedrontando moradores e trabalhadores locais, destruindo a boa vida das pessoas, instalando entre nós a violência sistemática, para a qual contribuem os detentores do poder e suas ideologias e partidos monopolizadores da consciência social, manipuladores de grupos e comunidades, indivíduos e sociedades em geral, reproduzindo assim sua força ideológica e sua dependência psicológica. Contrários a tudo isso, devemos nos esforçar por propagar o bem e a paz, o amor e a vida, o respeito entre as pessoas e a responsabilidade social, cultural e ambiental. Desse modo, lutaremos contra o império da violência, destruiremos a divisão, a exclusão e a opressão, eliminaremos todo tipo de marginalização, mataremos a maldade e seu mundo de negatividades e pessimismos, adversidades e contrariedades. Então, sim, a alegria e a felicidade farão parte da nossa vida.

5. Educar para a liberdade e o conhecimento

A Educação e seu processo pedagógico de ensino-aprendizagem deve ocupar um lugar central na política de melhorias e benefícios para o sistema penitenciário local, procurando enfatizar a Pedagogia da Liberdade e a construção do conhecimento verdadeiramente possível, a partir de que os agentes e pacientes de tal estrutura de cárceres e presídios poderão crescer interior e exteriormente, progredir material e espiritualmente, evoluir física e mentalmente, desenvolver seus dons, carismas e talentos, seu lado vocacional e profissional, obtendo resultados em seus anseios e projetos presentes e futuros e criando oportunidades para a produção de seus trabalhos e negócios, gerando em torno de si um ambiente de paz e otimismo, propício ao surgimento de uma liberdade de opções e alternativas, tendências e possibilidades as mais variadas, condição para a razoável busca do conhecimento, sem o qual o progresso e o sucesso não acontecem na nossa vida. Nesse sentido, deve-se desenvolver cursos técnicos e profissionalizantes, cursos de educação fundamental, ensino médio e superior, cursos de especialização em diversas áreas do conhecimento, cursos de qualificação profissional, incentivo à produção de conteúdo de conhecimento de qualidade. Outrossim, trabalhe-se e viabilize-se as condições de liberdade para todos e cada um, campo fértil para a criatividade, a novidade permanente, atividades de pesquisa, alternativas de comportamento, possibilidades de bem pensar, sentir e agir.

6. Desenvolver valores éticos bem orientados

Educar para a boa ética do juizo e do bom-senso e do respeito e da responsabilidade, eis a base fundamental sobre a qual se constrói o edifício da moralidade e da espiritualidade. De fato, agindo com juizo e bom-senso, mantém-se o necessário quadro de consciência e racionalidade, o compromisso com a realidade, evitando-se assim o estado doentio de irrealidade, inconsciência e irracionalidade, identificados com a demência da razão e a loucura da mente. Além disso, racionalmente bem sustentado e conscientemente bem fundamentado, o comportamento humano encontra na virtude do respeito e na prática da responsabilidade o binômio da felicidade e o sentido da verdadeira liberdade: respeito a Deus, aos outros e a si mesmo, e responsabilidade que assume o compromisso com a verdadeira ética da verdade e da liberdade. Somos livres e felizes de verdade quando agimos com respeito e com responsabilidade. Sempre é claro mantendo-se o bom uso do juizo e do bom-senso.

7. Proporcionar uma espiritualidade e uma religiosidade humana e natural

A Fé em Deus, o Senhor, é a nossa garantia de segurança dentro da experiência real cotidiana. Ela é a fonte do equilíbrio mental e emocional. Ela é a base de harmonia com a natureza e o universo. Ela é a nossa sintonia com o meio-ambiente. Sobre ela, edificam-se a ordem da mente, a disciplina da razão e a organização dos conhecimentos. Ela é o sentido da nossa vida e a razão do nosso viver. Com ela, encontra-se forte, firme e segura a nossa existência do dia a dia. Sem ela, vive-se o nada e o vazio, a ausência de sentido para a vida. Em função dela, ergue-se a casa da vida, fazemos os nossos trabalhos e realizamos as nossas atividades de bem com a vida. A partir dela, tudo tem sentido e todas as coisas têm a sua razão de ser. É importante ter fé. Fé em Deus, o Senhor.

8. Orientação Psicológica

Se a cabeça está boa, então tudo vai bem. Sim, realmente, a saúde de uma pessoa começa na cabeça. Cuidar, portanto, da cabeça, da mente humana, sua consciência, inteligência e racionalidade, zelar por saúde e bem-estar, eis o segredo da felicidade, a chave do sucesso, o prazer da liberdade. Quando estamos bem pois na cabeça, psicologicamente falando, temos um bom comportamento, justo e racional; nossos sentimentos se tornam doces, leves e suaves; nossas idéias e conhecimentos se desenvolvem em todos os sentidos; nossos valores, intenções e interesses crescem e progridem, tornando nossos atos bem feitos, nossas ações bem praticadas e nossas atitudes bem realizadas. Devemos cuidar bem de nossa mente e zelar bastante pela nossa boa consciência, porque assim de fato teremos uma vida boa, uma ótima saúde e um bem-estar generalizado, atingindo pois o nosso corpo, a nossa mente e o nosso espírito. Logo, viva bem a sua vida, com uma cabeça saudável e amigável. Isso vale verdadeiramente para o convívio diário entre os presos dentro de suas celas privadas ou em suas cadeias públicas. Deste modo, foge-se do mal, evita-se a violência, ignora-se a agressão. Somos felizes quando psicologicamente temos uma cabeça feliz.

9. Guia de saúde e bem-estar
para uma vida saudável

Saúde e bem-estar é o otimismo que deve nos envolver, o sorriso que sempre apresentamos e a alegria que procuramos viver. È o bem que fazemos e a paz que vivemos, a vida que amamos e o amor que praticamos, a verdade que conhecemos, as boas idéias que criamos, o direito que somos, a justiça que praticamos, a liberdade que buscamos e a felicidade que procuramos. È o bom juizo que fazemos e o bom-senso que usamos. É a ajuda que oferecemos, a amizade que construimos, a generosidade que colocamos em prática, a fraternidade vivida por nós e a solidariedade com que realizamos nossos encontros com os outros. É o pensamento positivo e a auto-estima sempre elevada, o bom astral que possuimos, a bondade que vivemos, a caridade que praticamos, a concórdia pela qual lutamos, o bom trabalho que realizamos, os bons projetos que concretizamos, os nossos sonhos que se tornam realidade, os nossos desejos que são satisfeitos, as nossas necessidades alcançadas. È a mulher que amamos e os amigos que criamos. É a família que nos sustenta, a rua que nos dá liberdade, o supermercado onde encontramos o necessário para sobreviver. É o botequim onde tomamos uma água e um cafezinho, a padaria que nos dá o pão e o leite para os nossos filhos, a farmácia que nos oferece os remédios de cada dia, o jornaleiro sempre disposto a nos enriquecer com livros, jornais e revistas. É o rádio das nossas músicas cotidianas e as notícias e reportagens do dia a dia. É a televisão com o Domingo do Faustão e o Fantástico show da vida. É o telefone celular abrindo-nos para o mundo e as pessoas. É o computador, a internet e a informática, portas abertas para o presente e o futuro. Tudo isso, enfim, é canal transmissor de saúde e bem-estar para nós. De fato, o otimismo é o nosso melhor médico, o sorriso o nosso melhor remédio e a alegria a nossa melhor cura para os nossos males.

10. Práticas esportivas e recreativas

Para os presidiários, a prática de esportes, as atividades de lazer, as oficinas de arte e os exercícios recreativos são momentos de interatividade, senso comunitário, compartilhamento de idéias, valores e vivências, espírito coletivo, consciência social, integração de corpos, mentes e espíritos, o que resulta em crescimento interior e exterior, renovação de culturas e mentalidades, libertação de traumas e frustrações, abertura a novas alternativas de trabalho, novas oportunidades de conhecimento, novas realizações pessoais e interpessoais, novos compromissos assumidos com responsabilidade, novas atitudes de respeito, tolerância e compreensão. Consequentemente, distrai-se a cabeça, foge-se do mal, ignora-se a violência, destrói-se a divisão e a exclusão, diminui-se a solidão e o isolamento, abraçando-se então o bem e a paz, o amor e a vida, a bondade e a concórdia, a união e a cooperação, a amizade e a generosidade, a fraternidade e a solidariedade, o bem de todos e cada um, a interação de desejos, vontades e necessidades, o respeito mútuo, a responsabilidade social, cultural e ambiental, a liberdade de opções e alternativas, tendências e possibilidades, e a felicidade individual, social e coletiva.

11. Abrir-se a novos talentos
vocacionais e carismas profissionais

Dons naturais, graças espirituais, talentos vocacionais e carismas profissionais também podem ser encontrados nas casas de detenção, nos cárceres privados e nas cadeias públicas, nos presídios do Rio de Janeiro e nas penitenciárias do Brasil inteiro. Cabe pois às autoridades federais, estaduais e municipais e seus responsáveis diretos ou indiretos, semear nos presídios tais vocações e profissões, com seus dotes humanos, naturais e sobrenaturais, e desenvolvê-las, oferecendo também as condições necessárias para que essa realidade aconteça. Deve portanto o Estado Brasileiro despertar esses homens e mulheres, presos e presas, ajudando-os em seus desejos e necessidades, em seus anseios e projetos, em seus sonhos e realizações. Deste modo, todos crescerão e se beneficiarão, proporcionando ao país progresso e desenvolvimento, qualidade de vida para a sua população, um ambiente de paz, otimismo e satisfação, visto que todos e cada um dos brasileiros serão favorecidos, levando a partir de então uma vida de saúde e bem-estar generalizado.

12. Buscar outras e diferentes alternativas de trabalho e emprego, e remuneração salarial

A Sociedade e o mercado de trabalho carioca e brasileiro devem oferecer oportunidades de emprego e ocupação integral de tempo aos cidadãos e cidadãs, presidiários e presidiárias, das penitenciárias federais, estaduais e municipais espalhadas por todo o Brasil. Preocupadas com a ocupação dos presos e presas, as autoridades competentes responsáveis pelos cárceres privados e cadeias públicas brasileiras poderão deste modo dar-lhes condição de vida humana e social digna, defendendo e respeitando seus direitos inalienáveis, e propondo-lhes ao mesmo tempo o cumprimento de seus deveres e obrigações, o que constitui a realização de seu estado de cidadania, a partir do qual podem comungar com todo o povo brasileiro, participando ativamente de suas atividades políticas, sociais, econômicas e culturais. Esse grau de comunhão e esse nível de participação da vida nacional propicia-lhes uma dignidade elevada, um senso de patriotismo bem alto, exercitando sua cidadania dentro do estado de direito estabelecido pela Constituição Federal Brasileira. Que tal emprego e trabalho exercidos por eles e por elas, então acolhidos e não excluidos da sociedade brasileira, e não rejeitados pelo mercado de trabalho, proporcione-lhes bons rendimentos financeiros, ótimos créditos de capital, favores econômicos os mais variados e diversos meios de boa remuneração salarial, com os quais poderão realizar seus desejos e satisfazer suas necessidades, concretizar seus sonhos e pôr em prática seus projetos de vida, causando-lhes boas e ótimas condições, relações e situações de vida e trabalho, saúde e educação.

13. Procurar o bem-estar das pessoas e o bem-comum da sociedade
Fraternidade e solidariedade

Oferecer aos cidadãos-detentos uma consciência social efetiva, senso de coletividade, espírito comunitário, alma de grupo, trabalhando pois para a fraternidade universal e a solidariedade dos povos, é na verdade procurar a sua felicidade pessoal, visto que esforçando-se pelos outros, com eles e para eles, torna-se de fato um modo de se buscar seu bem-estar individual. Em outras palavras, o bem social é igualmente um bem pessoal. O que faz pela comunidade em torno de si volta também para ele. Seu empenho pela coletividade retorna do mesmo modo para si próprio em forma de créditos, favores e benefícios sociais, culturais e ambientais. Por isso, é importante "globalizar" os cidadãos-presidiários, dando-lhes condições suficientes de contribuir com seus talentos vocacionais e carismas profissionais para a saúde coletiva e o bem-estar social da população à qual pertencem, porque com efeito seus trabalhos, empenhos, esforços e sacrifícios pelos outros, da mesma maneira voltar-se-ão para eles e seus amigos, parentes e familiares, favorecendo e beneficiando a todos e cada um dos envolvidos em tais projetos e realizações comunitárias. Tal senso coletivo e consciência social só tendem a dar frutos, créditos e lucros para essas pessoas que, com sua luta diária, comportam-se de modo amigo e generoso, fraterno e solidário em relação ao conjunto da sociedade.

14. Acreditar em Deus e
confiar no Senhor

Ele, o Fundamento de todos os fundamentos, o Sentido da nossa vida e a Razão de nosso existir, a Fonte do Amor, o Princípio da Justiça e a Origem do Direito, a Base da Fraternidade e o Sustentáculo da Solidariedade, Deus e Senhor, o Criador, o Autor da Vida, Garantia de nossa existência e Segurança da nossa vida, Renovação do Carcerário e Libertação do Presidiário, Aquele que solta os presos e as presas das algemas da escravidão e das cadeias da prisão, animando-os a viver, motivando as suas lutas, incentivando seus empenhos e seus esforços, encorajando-os em seus trabalhos e atividades, entusiasmando-os em seus exercícios mentais, corporais e espirituais, iluminando suas mentes com boas e novas idéias, fortalecendo seus desejos e vontades em prol de boas e novas realizações, realizando seus sonhos, concretizando seus projetos de vida, resgatando-os de suas doenças, moléstias e enfermidades, restaurando suas forças na busca de emprego e trabalho, reconciliando-os com sua família e a sociedade a sua volta, recuperando-os e incluindo-os socialmente, regenerando-os ao fazê-los superar racismos, preconceitos e superstições, barreiras sociais e obstáculos psicológicos e ideológicos, Aquele que dá as condições de liberdade para serem livres e os determinismos da felicidade para serem felizes, o Deus da Vida e Senhor do tempo e da eternidade, Razão Suprema e Inteligência Superior, Quem está acima de tudo e de todos: eis, portanto, para os presos e as presas das penitenciárias do Rio de Janeiro e do Brasil inteiro, para os carcerários e carcerárias, presidiários e presidiárias das cadeias e presídios públicos e privados do território nacional e igualmente internacional, a verdadeira e fundamental resposta para os seus problemas, interrogações e questionamentos, a certeza mais original e básica para solucionar suas dificuldades, adversidades e contrariedades, ainda que em meio a um contexto cultural e ambiental desagradável e desfavorável. Porque Ele é o Senhor, e conhece as nossas feridas e machucados, e compreende a gente, e entende os nossos limites, fadigas e cansaços. Que Ele, a Base Fundamental de suas vidas, hoje e sempre, os ajude e abençôe. Amém.