sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Eternidade

Eternidade 1 No Cemitério do Caju, em plena Cidade do Rio de Janeiro, participando do velório e enterro de um amigo meu, olhei em frente à capela, na quadra adiante, em uma sepultura ali localizada, e nela encontrei o seguinte folheto, que falava de alguém que já morreu há uns dez anos atrás, e nele escrito as seguintes palavras: “A Luta continua. A Vida permanece. Na Terra, procurei fazer tudo direito, trabalhar com alegria e realizar bem todas as coisas. Hoje, mergulhei na eternidade. Aqui, encontrei Alguém que já me esperava. Ele me disse que era o Chefe dos infinitos eternos. Ele me mostrou um quartinho de dormir, e falou que ali seria a minha morada eterna. Que eu podia passear à vontade pelas ruas e avenidas da eternidade, mas que sempre retornasse para aquele quartinho, a fim de descansar de minhas caminhadas. E, com o decorrer do tempo, fui conhecendo a eternidade. 2 Aqui, o lugar é grande, tem muita gente, muitas pessoas conversando, crianças brincando de correr, jovens estudando, mulheres namorando e sendo paqueradas pelos homens, os idosos e mais velhos dando conselhos para os mais novos, ensinando-lhes com sua experiência de vida os seus caminhos vividos até aqui e agora. Existe aqui um povo enorme distribuído em pequenas comunidades que se juntam, se unem e se reúnem para debater as suas idéias e discutir os seus problemas, achar respostas para as suas dúvidas e incertezas e soluções para as suas interrogações de cada momento, seus questionamentos espirituais e existenciais que aqui lhes aparecem. Encontrei aqui pequenas casas, ruas estreitas e largas avenidas, praças para a gente sentar e se distrair, um cafezinho e uma água que nos oferecem de vez em quando, um pãozinho para comer, um lanche com guaraná e biscoitos para a gente fazer, um beijo que eu recebo de uma garota que por acaso passou por aqui, um amigo querendo repartir e compartilhar suas dificuldades e boas coisas que a vida nos dá a cada instante. Tem muitos jardins por aqui. Muitas rosas e passarinhos em grande quantidade. Frutas pra comer. Árvores gigantescas para nós apreciarmos, enfim, um imenso espetáculo da natureza e um universo sem fim cujas criaturas bendizem e glorificam sem cessar o Autor e Criador de toda essa riqueza natural, de toda essa beleza universal e de toda essa grandeza divina. Aquele Alguém que me recebeu tão bem quando cheguei aqui é o Responsável por tudo isso, o Autor da Vida e Criador do Amor, o Fundamento de todas essas coisas e de todos esses seres. Aquele Alguém descobri mais tarde que era Deus, o Senhor. 3 O Caminho de Deus é o Bem e a Bondade. Ser bom e fazer o bem, eis a estrada do Senhor. Nessa caminhada eterna, amamos a vida e praticamos o amor, vivemos em paz uns com outros, andamos na luz do conhecimento da verdade, praticamos a justiça, buscamos ser pessoas direitas, respeitar para ser respeitados, ser responsáveis por nossos atos, chegar à liberdade e atingir a felicidade, ter saúde pessoal ao mesmo tempo em que procuramos o bem-estar dos outros, ser amigos e generosos, fraternos e solidários, ordeiros e pacíficos, positivos e otimistas, alegres e contentes, construindo sem destruir, sorrindo sempre para as pessoas que nos rodeiam e estão ao nosso lado, pondo em ordem a nossa mente, disciplinando a nossa razão e organizando os nossos conhecimentos, renovando-nos interior e exteriormente a cada dia, libertando-nos de preconceitos e superstições a cada momento, abrindo-nos a novas possibilidades na vida cotidiana, favorecendo as boas tendências da moda, trabalhando a nossa imagem de modo ético e transparente, crescendo, progredindo e evoluindo espiritualmente, desenvolvendo as nossas capacidades e potencialidades diárias, usando a nossa criatividade na construção de bons valores, boas virtudes e boas vivências, utilizando igualmente nossos dons, carismas e talentos na produção de boas idéias e bons conhecimentos, de uma existência mental e emocionalmente equilibrada e virtuosa, satisfazendo-nos vocacionalmente e realizando-nos profissionalmente, articulando também nosso próprio ponto de vista pessoal, nossa visão da realidade que nos cerca, nossa interpretação original sobre os seres e as coisas, nosso olhar crítico e dialético, eustático e insofismático diante da vida, do tempo e da história, da natureza e do universo, da criação que nos envolve, e da eternidade que está a nossa frente e por trás da gente, a nossa direita e a nossa esquerda, em cima de nós e debaixo de nosso corpo espiritual, tendo em vista dar continuidade ao movimento eterno da existência humana e divina, alternando-se em trabalho e descanso, atividade e repouso, mobilidade e constância, ordem e progresso, disciplina e desenvolvimento, evolução e organização, crescendo sem cessar, empenhando-se sem parar e esforçando-se por construir a sociedade de Deus, a cultura dos séculos infinitos, o progresso sem fim, o saber sem medidas, o discernimento espiritual que tudo esclarece, elucida e evidencia, o conhecimento sem fronteiras, a boa ética sem limites, uma fé no Senhor tranqüila e sem barreiras, calma e sem obstáculos, serena e sem bloqueios, de tal forma que a luz de Deus brilhe para sempre sobre todas e cada uma de suas criaturas que fazem o bem e vivem em paz, constróem o amor e produzem a boa vida da eternidade. 4 Aqui e agora, na eternidade, esse bom caminho de boas virtudes, bons valores e boas vivências precisa ser consolidado, estabilizado e continuado, mantendo suas bases fundamentais que dão razão à existência e sentido à vida, a partir das quais se constrói a sociedade eterna e se eleva o edifício do infinito, e que contribuem efetivamente para a maior glória de Deus, seu louvor para sempre e sua adoração pelos séculos sem fim, e, igualmente, possibilitam a boa saúde espiritual e o bem-estar existencial do Povo do Senhor, de suas comunidades de amor e vida, de seus grupos e indivíduos que fazem da cultura do bem e da paz e da mentalidade de bondade e concórdia a sua principal estrada de perfeição, excelência ética e moral, grandeza religiosa, riqueza imortal e beleza perpétua. Com efeito, consolidando esses princípios no meio do ambiente eterno, estabilizando entre o povo suas fontes de conhecimento e discernimento, e dando continuidade às boas idéias e boas experiências que vive, teremos certamente uma feliz eternidade, com mais respeito entre as pessoas e mais responsabilidade social, coletiva e comunitária, mais condições de liberdade, maiores opções de vida que estabeleçam de fato o bom convívio entre as pessoas e melhores alternativas de trabalho que possam produzir concretamente o verdadeiro progresso das gentes eternas e o autêntico desenvolvimento de seus povos infinitos. Desse modo portanto ficam estabelecidas as raízes da evolução dos tempos infinitos e seus lugares eternos, de seus momentos públicos e privados, de suas situações subjetivas e objetivas, de suas circunstâncias criadoras de mútuas amizades e recíprocas generosidades, de altos graus de fraternidade e de grandes níveis de solidariedade. Eis pois como os graus da temperatura da eternidade podem aumentar, elevando a boa qualidade de vida que já se tem e tornando excelentes as nossas relações humanas e os nossos relacionamentos com Deus, com os outros e com nós mesmos. 5 Em função do bem vivido, do direito praticado e do respeito experimentado uns em relação aos outros, aqui e agora, no oceano da eternidade, vamos nós existindo eternamente, realizando com amor e alegria nossos trabalhos e atividades cotidianas, rezando e louvando, bendizendo e glorificando para sempre o Fundamento de todos os fundamentos, o Autor do Bem e da Bondade, o Deus do direito e da justiça, o Senhor do respeito e da responsabilidade que mantemos mutuamente, ajudando-nos assim uns aos outros na construção de uma eternidade livre e feliz, justa e fraterna, ordeira e pacífica, bondosa e solidária, amiga e generosa, que faz do otimismo sua razão de viver, do sorriso o sentido da sua vida e da alegria a expressão máxima da sua existência. Crescendo, progredindo e evoluindo pois positivamente conseguimos superar qualquer tipo de agressão e violência, ultrapassar a maldade e a ruindade de alguns e transcender o mal-estar e a má-vontade que muitas vezes toma conta da maioria. Com essa filosofia de vida positiva e otimista, de alto-astral e auto-estima elevada, de fé em Deus e amor ao Senhor, vamos vencendo a luta da vida, ganhando a guerra entre o bem e o mal, e dando ao Senhor dos Senhores e Deus dos deuses a devida vitória do Bem Vivo, do Direito justo, e do Respeito responsável. Por isso é boa a eternidade. 6 Mas por que a eternidade nos faz tão bem assim ? Porque aqui e agora se vive com equilíbrio e segurança, bom-senso e estabilidade, constância na fé e permanência fiel em uma espiritualidade natural onde Deus é o Senhor que garante a nossa vida equilibrada e sustenta a nossa existência segura, estável e permanente, consolidando então entre nós as nossas bases doutrinais, os nossos princípios fundamentais e os nossos valores e vivências morais e espirituais, ao mesmo tempo em que estabiliza as nossas experiências sociais, políticas e econômicas, e dá continuidade eterna ao nosso amor a Deus e à sociedade eterna, a esse povo infinito que faz da sua existência espiritual um grande momento eterno de liberdade e felicidade junto Àquele que é o Fundamento de todos os fundamentos possíveis, infinitos e inesgotáveis, inefáveis e incomensuráveis. Desse modo, portanto, vivendo com equilíbrio mental e emocional, agindo com juízo natural e bom-senso espiritual, pondo ordem na nossa mente e no nosso corpo, disciplinando as nossas atividades físicas e racionais, e organizando a nossa base de conhecimentos naturalmente constituídos e culturalmente desenvolvidos, é possível viver bem a nossa eternidade, evitando pois as loucuras da violência e da maldade, ignorando o mal-estar entre os grupos e indivíduos que ora ou outra possa existir, excluindo então do nosso meio a cultura das más coisas da vida, comportamentos tristes, violentos e marginais, e a mentalidade ainda presente em alguns de que a tristeza e a angústia, o ódio e a inveja, o ciúme e o olho grande, sentimentos contrários e adversos entre nós, devem permanecer junto a nós, disseminando portanto atitudes violentas e marginais que vêm a contagiar e cultivar os agentes da maldade e os instrumentos da ruindade e da ignorância. Ao contrário, aqui e agora, devemos sim continuar a ser otimistas e positivos, ser bons e fazer o bem, viver em paz uns com os outros, fazer da bondade e da concórdia o sentido da nossa vida. Tal o desejo de Deus no meio de nós. A Boa eternidade não admite malucos nem doentes mentais. 7 Convivendo uns com os outros, aprendemos que a vida é processo, movimento permanente de transformação, constante mudança de valores, interesses e atitudes, contínua metamorfose ambulante, sem limites ou fronteiras, sem bloqueios ou barreiras, sem surpresas ou obstáculos. Quando estes ocorrem, ela os supera crítica e dialeticamente, ultrapassando-os com otimismo e ações e operações positivas, transcendendo-os tendo em vista a consolidação de seus princípios fundamentais, a estabilidade de suas intenções e experiências vitais e a continuidade de suas atividades naturais e culturais, globais e diferenciais, universais e integrais, sempre crescendo para a frente e para o alto, sempre progredindo existencial e espiritualmente, sempre evoluindo social, política e economicamente, sempre se desenvolvendo interior e exteriormente, buscando enfim sua completa paz interna e externa, seu perfeito bem maior e bondade suprema, e sua excelente vivência de boa saúde e bem-estar elevado, a experiência de Deus. Ora, ela sabe pois que é processo, e que eternamente viverá buscando a sua perfeição. Sua caminhada é eterna, por isso nunca acaba. Movimenta-se perenemente. Sua dinâmica processual portanto é perpétua. Por conseguinte, tudo aqui e agora faz-se eternidade, mutabilidade infinita, contínua novidade e diferente construção de boas alternativas e boas possibilidades para todos. Eternamente logo nos transformamos. E em tal transformação processual permanente consolidamos nossos projetos de cultura e conhecimento, estabilizamos nossa consciência sempre renovada e sempre renovadora de situações reais e atuais, e damos continuidade ao nosso viver cotidiano, à nossa boa existência espiritual de filhos e filhas de Deus, o Senhor de toda a eternidade. 8 Em nossas atividades diárias, descobrimos outra coisa: que dependemos uns dos outros. Somos dependentes. Somos interdependentes. Livres, mas dependentes. Liberdade com dependência. Dependemos uns dos outros para ouvir uma música ou saber as notícias e as novidades que acontecem aqui e agora na eternidade. Dependemos uns dos outros para beber uma água e tomar um cafezinho. Dependemos uns dos outros para comer alguma coisa e nos alimentar, e assim nos fortalecer espiritualmente, ter boa saúde e realizar bem as nossas atividades, trabalhando pois com alegria e amor ao que fazemos e desenvolvemos. Dependemos da oração de uma pessoa, do trabalho de alguém, da ajuda de um determinado grupo ou indivíduo, da cooperação de todos para uma atividade definida, da interação dos membros da sociedade eterna tendo em vista compartilhar as nossas idéias boas e ótimos conhecimentos que adquirimos durante a vida, as nossas boas intenções e interesses, as nossas virtudes, valores e vivências de cada dia, de tal modo que os frutos, efeitos e conseqüências desse nosso comportamento seja o crescimento de todos, o bem-estar de toda a coletividade e o bem-comum de toda a sociedade eterna. Portanto, nossa liberdade tem necessidade da nossa interdependência. Desse modo se constrói a boa eternidade de Deus. 9 Outro detalhe importante que devemos considerar nesses espaços infinitos e nesses tempos eternos é o fato de que vivemos a nossa vida de cada dia a partir dos desejos humanos que possuímos e de nossas necessidades naturais, com os quais movimentamos a nossa existência cotidiana e realizamos o nosso trabalho de cada momento satisfazendo pois esses desejos que palpitam dentro de nós e realizando ainda essas necessidades da nossa natureza, produzindo então boas idéias e boas experiências, construindo para nós ótimos conhecimentos e ótimas atividades espirituais, possibilitando assim a felicidade geral e o bem-estar de todos. Em função desse trabalho e desse descanso de cada dia, nossos desejos de criaturas humanas se satisfazem e nossas necessidades naturais se realizam proporcionando-nos sempre a cada instante circunstâncias de progresso e ordem, repouso e desenvolvimento, descanso e trabalho, paz e evolução, crescimento e estabilidade, onde o bem que fazemos e a paz e a concórdia que vivemos se tornam construtores dessa caminhada eterna da sociedade infinita do povo de Deus, rumo à Bondade Suprema e à Verdade Superior, pontos de chegada desse processo construtor de novas e diferentes realidades, realidades que transformam a comunidade eterna em um povo sempre livre e feliz, de bem com a vida e em paz com a sua consciência, calmo na sua alma e tranqüilo no seu espírito. Logo, na boa eternidade, temos desejos a satisfazer e necessidades a realizar, tais como comer e beber, vestir-se e fazer higiene espiritual, andar e caminhar, namorar e paquerar, amar e criar, saber e conhecer, discernir e fazer a diferença entre as coisas, ordenar e disciplinar, planejar e organizar, construir e não destruir, abraçar o bem e a paz e rejeitar o mal e a violência, criar amigos e beijar as mulheres, brincar com as crianças e sonhar com os jovens, aprender com os mais velhos a sabedoria da vida, alegrar os tristes e motivar os desanimados, animar os deprimidos e incentivar os aflitos e angustiados, ser amigo e generoso, fraterno e solidário com as pessoas que estão ao nosso lado e em torno de nós, ter fé em Deus, rezar e acreditar no Senhor, confiando sempre na sua Bondade infinita e na sua Misericórdia eterna. Esse fato nos dá segurança espiritual, garantia de que tudo está bem a nossa volta, e todos se encontram em paz duradoura. 10 Tomar consciência de que o mal existe, e optar pelo bem em sua vida, eis uma prática comum aqui e agora na boa eternidade. Também há a má eternidade. Mas quem escolhe o bem e a bondade, e a paz e a concórdia em suas vidas de cada dia será sempre feliz ao lado de seu Deus, construindo – e não destruindo – as boas coisas da vida, junto com o povo do bem e da paz, e do amor e da vida, cujo Senhor é o Bem Supremo e a Paz Superior, o Amor mais alto e a Vida mais elevada, Perfeito em suas obras, completo em suas atividades e excelente em suas experiências cotidianas. Portanto, urge conscientizar-se dessa realidade do bem e do mal, e optar pela prática da bondade e da concórdia, assumindo um compromisso responsável com a construção de um mundo eterno melhor onde todos tenham voz e vez, seus direitos reconhecidos, compreendidos e respeitados por todos, ao mesmo tempo em que sejam cumpridores de seus deveres e obrigações. Logo, conscientizar-se e comprometer-se são as regras básicas do bom comportamento espiritual em que a consciência do bem e do mal leva-nos – por sermos amigos de Deus – a um compromisso radical, respeitoso e responsável com a prática do bem e da bondade, e da paz e da concórdia, que devem existir realmente entre todos e cada um dos filhos e filhas de Deus. Vivendo assim seremos os mais felizes de toda a boa eternidade. 11 A Boa e feliz eternidade é o lugar dos que amam, respeitam e valorizam a Deus, o Senhor Fundamento de todos os fundamentos, que, na realidade eterna, possibilita a todos viverem de bem com a vida, em paz uns com os outros, gozando felizmente das boas coisas que a vida tem, a vida de Deus, a vida sem fim, plena de amor e fraternidade, generosidade e solidariedade, transformadora e libertadora no sentido de que ali naqueles espaços infinitos todos se respeitam mutuamente, o direito e a justiça falam mais alto, a verdade e a liberdade fazem de todos e cada um agentes de saúde e bem-estar, situações que dependem realmente da boa consciência de valores e intenções que se possui, da existência que coloca Deus em primeiro lugar e da espiritualidade fundada no bem que se faz e na paz que se vive, na bondade que se pratica e na concórdia que se experimenta. A Cultura do que é bom e a mentalidade de que o bem e a bondade são os fundamentos de tudo e de todos na eternidade, de fato, tornam possível um convívio tranqüilo entre as pessoas que lá estão, o reino da calma e da bonança de pensamentos, sentimentos e comportamentos. Ser bom e fazer o bem – eis o princípio da paz, a garantia do amor, a segurança mental, física e espiritual. Isso é Deus. 12 O lado bom da eternidade é que aqui a gente pode crescer em todos os sentidos, progredir em todas as direções e evoluir em todas as circunstâncias que se nos apresentem, desde que Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, seja sempre o centro das nossas atenções, o ponto mais alto das nossas atividades e o eixo vital e essencial de nossas vivências e experiências eternas, o que significa na prática um comportamento voltado para o bem que fazemos e a paz que vivemos a cada instante, sempre construindo o amor e a vida ao nosso lado e em torno de nós, desenvolvendo pois a vida fraterna e solidária, amiga e generosa, que se identifica com a cooperação mútua sempre que necessária e a colaboração recíproca sempre que possível, ajudando-nos assim uns aos outros, trabalhando portanto na criação constante de outras, novas e diferentes condições de saúde pessoal e bem-estar coletivo, onde todos e cada um se sintam amados, respeitados e valorizados pelo que são – filhos e filhas de Deus – e pelo que fazem – seus trabalhos, exercícios físicos e mentais, e operações espirituais – de tal modo que o resultado final de tudo isso é uma eternidade livre e feliz, ordeira e pacífica, em que todos os direitos sejam respeitados e todos os deveres e obrigações sejam cumpridos com compromisso e responsabilidade, sobressaindo sempre em nosso convívio diário e no permanente relacionamento come as pessoas, o quase perfeito equilíbrio mental e emocional, o controle disciplinado de nossas paixões, desejos e anseios os mais diversos e o domínio quase completo de nós mesmos, ainda que nesse processo de realizações infinitas os nossos limites se evidenciem, as nossas fraquezas se manifestem e os nossos esforços sejam reconhecidos. O importante sempre é recomeçar, levantar-se sempre em cada queda, ressuscitar constantemente em todas as aparências de morte, subir novamente com empenho sempre que houver uma descida, nascer de novo a cada momento, em cada situação vivida, em quaisquer circunstâncias experimentadas. Tenhamos sempre a consciência certa de que Deus sempre compreende a todos e cada um de nós, e nos ajuda sempre que preciso a fim de continuarmos eternamente a nossa caminhada para a frente e para o alto, com Ele, dEle, por Ele e para Ele, o Divino Amigo, o Fundamento de todos os fundamentos, o Senhor de toda a eternidade. 13 Sorrir, alegrar-se e ser otimista – eis as marcas registradas de uma boa e feliz eternidade aqui e agora no meio de nós. Com o pensamento positivo, vivemos melhor os nossos relacionamentos cotidianos. De alto astral, o nosso convívio diário se torna mais alegre, feliz e contente. Se a nossa auto-estima está elevada, então conseguimos alegrar os tristes, animar os desanimados, motivar os deprimidos e incentivar os angustiados, além de levar carinho e entusiasmo aos que padecem de enfermidades, ou estão sujeitos às moléstias comuns neste tempo e lugar, ou se encontram doentes e acamados em seus locais de abrigo. Assim nasce a nossa liberdade, fundamento da nossa felicidade. Livres, tornamos os outros livres. Felizes, fazemos os outros felizes. O que importa neste momento eterno é preservar o nosso eu, e garantir a nossa paz e segurança interiores, fontes do nosso equilíbrio mental e emocional, bases do controle que exercemos sobre a nossa cabeça e princípios do nosso domínio sobre nós mesmos. Seguros, calmos e tranqüilos, fazendo sempre o bem e vivendo sempre em paz, amando a vida e praticando o amor, é possível a glória de Deus, em função da qual louvamos, adoramos e bendizemos o Senhor para sempre. A partir destes sustentáculos espirituais, físicos e mentais, a eternidade se torna saudável e agradável, e seu povo mais feliz e de bem com a vida, experimentando em seu meio continuamente a fraternidade que nos liga e a solidariedade que nos une e reúne, a amizade construída a cada passo e a generosidade criadora de oportunidades para todos. Esse é o caminho da vida espiritual que cá usufruímos com amor. Deus é a sua origem e o Senhor a sua luz e inspiração. Assim, a nossa felicidade é eterna. Tal a eternidade de quem é bom e faz o bem. 14 A Eternidade é um processo em construção permanente pois aqui todos caminham para sempre, se movimentam produzindo condições de vida e trabalho, saúde e educação, a partir de que as relações humanas e sociais tendem a se tornarem boas, boas de se viver, viver pacificamente uns com os outros, fazendo do amor fraterno e solidário, amigo e generoso, a porta da felicidade, que nasce de uma prática de liberdade cujo fundamento é o Senhor Deus, razão de sermos livres e fonte do seu jeito respeitoso e responsável, equilibrado e de bem com a vida, alegre e otimista, visto que liberdade não é simplesmente fazer o que se quer contudo unir ordem com justiça, direito com respeito, liberdade com responsabilidade, otimismo com bem-estar, ou seja, é o compromisso assumido com o bem de si próprio e o bem alheio, de tal modo que esse intercâmbio de bondades e concórdias que nos libertam de verdade, tornem progressivos os espaços infinitos, evoluindo material e espiritualmente, crescendo física e mentalmente, desenvolvendo portanto todas as possibilidades de bem-viver em comunidade e todas as alternativas viáveis que ofereçam oportunidades para todos e cada um desta Cidade Eterna de participarem dos favores de Deus e dos benefícios do Senhor comungando assim com uma realidade amorosa e prazerosa, boa de ser vivida e ótima em suas manifestações humanas, naturais e divinas, o que configura o tempo e o lugar em que estamos como acontecimentos de eterna felicidade ou fenômenos de uma liberdade feliz centrada em Deus de Quem recebe os princípios de sua contente aceitação da parte de todos os seus habitantes. É uma caminhada sem fim cujo ponto de chegada extrapola seus próprios objetivos e suas mesmas finalidades porque o caminho é eterno e Deus é a sua meta para a qual nos dirigimos diariamente mergulhando cada vez mais e melhor na sua inesgotável realidade, no seu inefável acontecer, no seu infatigável movimento incessante e na sua insuperável perfeição cuja qualidade de vida supera todas as excelentes existências que então caminham sempre nesse contínuo processo de construção de suas outras, boas, novas e diferentes capacidades e potencialidades de vida em plenitude. 15 Como na Terra, neste início de século XXI, também aqui e agora no Planeta Eterno ocorre o fenômeno da globalização, unindo as pessoas entre si em todos os tempos e lugares, em qualquer situação vivida ou em quaisquer circunstâncias praticadas, nos momentos passados, presentes e futuros, nos instantes reais e atuais que experimentamos hoje, fazendo as relações humanas entre grupos e indivíduos interagirem, realizando então intercâmbios sociais e culturais, políticos e econômicos, artísticos e científicos, históricos e filosóficos, morais e religiosos, compartilhando pois relacionamentos que se cruzam pelo caminho e comportamentos que se chocam durante a caminhada, sempre visando o crescimento de todos e cada um, o seu progresso material e espiritual, a sua evolução física e mental, e o seu desenvolvimento sustentável capaz de garantir às gerações presentes e de amanhã melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação, e maiores oportunidades de satisfação vocacional e profissional, grandes possibilidades de boa saúde pessoal e bem-estar coletivo, e ótimas alternativas de liberdade, fundamento da felicidade. Esse fluxo de mútuas cooperações e colaborações recíprocas transforma o complexo de vida da eternidade em um verdadeiro e profundo repertórios de conteúdos de conhecimento de qualidade, já que estamos de fato realizando o processo de construção dos ambientes infinitos e suas experiências eternas cujo fim é Deus, o Senhor de toda a eternidade. Nessa eterna caminhada, nos realizamos, porque vamos nos aproximando cada vez mais e melhor da Fonte da vida e Razão do nosso ser, pensar e existir, Origem do nosso amor e Princípio da nossa existência, o Fundamento verdadeiro de todos os fundamentos possíveis. Em tal processo sem fim, nos tornamos livres e felizes, visto que Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, é por nós, aqueles que fazem sempre o bem e vivem permanentemente em paz, construindo o amor, a fraternidade e a solidariedade, e destruindo tudo o que é contrário à vida, à bondade das pessoas e à concórdia entre os seus habitantes, cidadãos da eternidade. Aqui, a globalização já existe há muito tempo. 16 O que contribui efetivamente para esse panorama globalizado se tornar uma realidade cá entre nós é sem dúvida a ferramenta de reflexão e o instrumento de debate de que os cidadãos eternos se utilizam para crescer interior e exteriormente, progredir física e mentalmente, evoluir espiritualmente, desenvolvendo pois a sua criatividade natural ao lado de seus dons, carismas e talentos, satisfazendo assim o seu campo vocacional e realizando ainda a sua área profissional, o que de fato conduz o Povo de Deus a uma boa vida social e a um bem-estar individual e coletivo, tornando-o então um povo mais fraterno, amigo e solidário, de bem com a vida e em paz consigo mesmo, que faz do amor a Deus a sua lei maior e melhor, em função do qual produz as suas atividades de vida, se comporta com fé e confiança no Senhor, Aquele que lhe garante a existência e a sua segurança nesta Cidade Eterna. Aqui, fazemos da reflexão o caminho para novos e diferentes conhecimentos de qualidade. E do debate a porta de entrada para uma boa visão da realidade eterna, interpretando-a sempre à luz do Senhor e com a nossa capacidade e potencialidade humanas e naturais de refletir e raciocinar em grupo tendo em vista alcançar uma vida melhor para todos. Surge pois desse modo entre nós a Tempestade Cerebral – o intercâmbio de idéias refletidas em conjunto e debatidas visando a liberdade da gente, fonte da nossa verdadeira felicidade. 17 A Realidade dos mortos que viveram na Terra e hoje estão aqui na Cidade Eterna é uma situação que reflete o seguinte pensamento: “Os Mortos não morrem... A Vida é eterna. Os Mortos não morrem. Homem e mulher vivem para sempre, segundo o desígnio de Deus, o Senhor, que nos criou para sermos eternos, livres e felizes, como Ele também é eterno, livre e feliz. Somos criaturas de Deus. Fomos criados para a eternidade – a eternidade da vida e do amor, a eternidade do bem e da paz, a eternidade da luz espiritual. Deus é o Senhor. O Senhor de toda a eternidade. O Senhor do direito, da justiça e da verdade. O Senhor da Bondade. Felizes os que praticam o bem e vivem em paz, porque serão chamados filhos de Deus, o Senhor. Felizes os que amam a vida e fazem do amor a sua lei maior e melhor, porque viverão eternamente ao lado do Senhor Deus. Felizes os que procuram a luz da verdade, porque serão livres e felizes para sempre. Felizes os que abraçam o direito e a justiça, porque andarão sem medo pelos tempos infinitos. Felizes os que agem com juizo e bom-senso. porque serão amados, respeitados e valorizados pelo Senhor Criador e seus seguidores. Felizes os que respeitam a ordem da natureza, porque serão considerados dignos das moradas eternas. Felizes os que atuam com responsabilidade, porque serão aprovados pelo Direito de Deus. Felizes os que buscam a saúde pessoal e o bem-estar de todos, porque serão governados eternamente pelo Espírito Superior, Superior a tudo e a todos. Felizes os que favorecem a liberdade, porque serão felizes eternamente. Felizes os que seguem a sua própria consciência, porque o Autor da Vida os abençoará eternamente. 18 Também se enfatiza por aqui no Mundo Infinito, o Oceano da Eternidade, a importância e a necessidade da oração, sentido da nossa vida espiritual. Com essas palavras, podemos entender o valor da oração na nossa caminhada espiritual aqui no Universo de Deus: O Poder da Oração Honrar, amar, agradecer, louvar, adorar, bendizer e glorificar a Deus, o Senhor, é , na verdade, a forma de comunicação que o homem e a mulher mantêm perante a Suprema Divindade. Tal ferramenta de oração, quando cheia da graça e do amor de Deus, tem o poder, diante da misericórdia divina, de alcançar verdadeiramente graças, milagres, benefícios e maravilhas para a humanidade. Todavia, para que a oração tenha poder e força diante do Senhor nosso Deus, é necessário, da parte da criatura, um grande amor e boa-vontade, uma grande fé e boas obras, cuja realidade vivida e praticada obterá grandes favores, bênçãos e graças dAquele que é o Senhor do tempo e da eternidade, Deus da vida e da história, Criador do homem e da mulher, Autor do bem e da paz. Logo, devemos cultivar, desenvolver e abraçar fortemente o amor de Deus na nossa vida, a fim de que, amando a Deus e ao próximo, alcancemos e sejamos agraciados, como disse, com os benefícios e maravilhas do Senhor Deus. Na oração, quanto maior e melhor o amor a Deus e ao semelhante, aos irmãos e irmãs, aos pobres, necessitados e desfavorecidos, maior e melhor a misericórdia divina sobre nós, todos e cada um, possibilitando assim da parte de Deus uma grande abertura gracial, a partir de que o Senhor derramará sobre seus filhos e filhas grandes favores, grandes graças, grandes e majestosas bênçãos. Deste modo, quando rezarmos diante de Deus, deixemos o coração falar mais alto, orando com amor. Certamente, Deus, o Senhor, responderá imediatamente com abundantes benefícios e maravilhas, graças e favores, sobre nós, suas amadas criaturas. 19 O Espírito de Deus é o Comandante da eternidade. Apesar de povos diferentes e indivíduos variados que habitam este Planeta Eterno, o Espírito é único e sempre o mesmo, universal e natural, necessário e indispensável, protetor dos justos e providente sempre que preciso, construtor do bem das pessoas e da paz de suas consciências, do amor fraterno e solidário e da vida que sempre cresce, progride e evolui, desenvolvendo a criatividade de todos, os seus dons, talentos e carismas, a sua vocação espiritual e a sua profissão nos meios eternos. Aqui, o nosso trabalho de cada dia é construir a saúde mental, física e espiritual de todos, e o seu bem-estar no convívio que todos estabelecem com cada um. Providente e Construtor, o Espírito do Senhor nos conduz permanentemente nos caminhos do direito e do respeito, da justiça e da ordem, do bem e da paz, do amor e da vida, da liberdade e da responsabilidade, da fraternidade e da solidariedade, da amizade e da generosidade, da felicidade e do bem-estar, e da saúde baseada no otimismo que alegra, na alegria que levanta e no sorriso que constrói. Assim é a eternidade. A Estrada dos justos. O Caminho de quem anda direito. Tal é a vereda do Senhor. A Via da paz e da liberdade, fontes da felicidade. Somos eternos. Eternos na justiça, no direito e na verdade. Não há outra opção. 20 Paulatinamente, o povo da eternidade vai se conscientizando de que o seu destino eterno é estar de bem com a vida e viver em paz uns com os outros, afastando aos poucos do seu convívio diário a violência de alguns grupos e indivíduos, a agressividade de certas pessoas em conflito consigo mesmas e a maldade de quem ainda não entendeu a vontade de Deus a nosso respeito, não compreendeu portanto a sua bondade criadora de boas, outras, novas e diferentes possibilidades de vida e trabalho para todos e cada um, não assumiu logo o compromisso responsável de construir juntos e unidos para toda a sociedade eterna uma vida de qualidade espiritual, onde os favorecidos possam gozar da calma de sua alma e da tranqüilidade do seu espírito, vivendo então uma vida equilibrada, praticando a solidariedade a sua volta, respeitando-se uns aos outros, experimentando em si e nos outros uma existência direita e verdadeira, justa e fraterna, ordenada e organizada, disciplinada e autêntica, transparente em seus valores e virtudes éticas e que proporcione a esses beneficiados uma realidade cujo clima de cooperação mútua e recíproca colaboração manifeste a ordem da eternidade, a saúde espiritual dessa imensa população e o bem-estar dessas criaturas de Deus. Assim pois Deus será louvado eternamente. Porque o Planeta Eterno haverá de compreender que estando bem consigo mesmo e com os outros – eis a glória do Senhor, a felicidade do povo e a alegria feliz e contente de toda a comunidade eterna. Pouco a pouco, vamos tomando a consciência dessa realidade, assumindo ao mesmo tempo compromissos responsáveis com o Criador, Autor da Vida, e com toda a população que mora e vive e trabalha aqui na eternidade. 21 A Vontade de Deus aqui na sociedade eterna é que todos e cada um tenham dignidade de vida elevada, maior qualidade de trabalho, saúde e educação, excelentes atividades que concretizem a sua boa ética comportamental e a sua espiritualidade natural, o respeito mútuo e a responsabilidade social e ambiental, o otimismo de suas experiências com as pessoas e o ótimo equilíbrio e bom-senso em suas relações com indivíduos e grupos variados, diferentes e até divergentes. Desse modo, pode-se construir um Planeta Infinito mais humano e divino, mais natural e espiritual, onde as pessoas se amem, se respeitem e se valorizem reciprocamente. E, ao final, o Senhor de toda a eternidade seja louvado, bendito e glorificado, pelo direito e o respeito entre as pessoas, a liberdade e a responsabilidade nos ambientes individuais e coletivos, a saúde pessoal e o bem-estar social de suas criaturas, que devem lutar por uma vida melhor, em que seus direitos sejam venerados e suas obrigações e deveres cumpridos com compromisso, seriedade e responsabilidade. É o Povo de Deus caminhando eternamente em busca de sua felicidade sem limites e sem fronteiras, sem as possibilidades do mal e sem as tendências da maldade e da violência. No bem que fazemos e na paz que vivemos, eis a nossa saúde, felicidade e bem-estar. Esse o desejo de Deus para nós. 22 O Sentido da eternidade aqui e agora é caminhar sustentando o progresso de todos e a evolução de cada um, exercício esse que o Povo de Deus deve fazer cotidianamente, ajudando-se assim uns aos outros a conquistar para si e suas famílias melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação, mais saúde pessoal e bem-estar coletivo, onde seus direitos sejam respeitados e cada qual cumpra devidamente com seus deveres e obrigações, mantendo assim a ordem social e a justiça eterna, favorecendo a conquista da liberdade e o usufruto dessa felicidade infinita que Deus propõe a cada sujeito nessas áreas e condições de eternidade, para o que todos devem responder com atitudes sensatas e equilibradas que manifestem o seu amor ao Senhor e o seu bom desejo para com as comunidades que aqui existem, beneficiando desse modo a fraternidade universal e a solidariedade dos povos que cá moram e trabalham. Desse jeito emergente de viver e existir, vamos vivendo bem a eternidade, louvando o Senhor Espírito de Deus por suas maravilhas, favores e benefícios em nosso favor, e glorificando-O eternamente por suas obras cheias de otimismo e equilíbrio capazes de animar os tristes, motivar os deprimidos e incentivar os mais medrosos e aflitos na procura por sua liberdade, fonte da verdadeira felicidade, que vem de Deus. 23 É sabido de todos aqui na eternidade que o Espírito de Deus trabalha constantemente para a nossa promoção humana, natural e cultural, para a elevação de nossa dignidade pessoal e coletiva e para que tenhamos diariamente mais qualidade de vida e trabalho, saúde e educação, que nos permita estar de bem com Deus e com os outros ao nosso redor, em paz com nosso espírito, calmos na alma e tranqüilos no corpo e na mente, equilibrados emocionalmente, positivos e otimistas com relação aos destinos das criaturas neste Planeta Eterno, sabendo de antemão que o Senhor nos é favorável sempre que optamos pelo bem e a bondade em nossas existências de cada dia e de toda noite, sempre que preferimos a paz e a concórdia em nossos relacionamentos e atitudes, evitando assim a maldade que nos persegue e a violência que nos ameaça cotidianamente, e ignorando de vez ações baseadas na injustiça e na mentira, na falta de respeito e na ausência de juízo e bom-senso. Agindo assim temos sempre os créditos espirituais que Deus nos reserva por toda a eternidade. Somos cumulados de favores. Enriquecidos de benefícios. Tal o projeto de Deus para nós. 24 Embora o Senhor Deus nos oriente sempre no caminho do bem e da bondade, da paz e das boas virtudes, da sensatez da alma e do equilíbrio da mente, da calma do corpo e da tranqüilidade do espírito, do otimismo e do bom-senso, da alegria e do contentamento, da liberdade e da felicidade, da ordem e da justiça, do respeito e da responsabilidade, da saúde e do bem-estar, não podemos ignorar a presença do mal entre nós, a insistência da maldição e seus efeitos no meio da realidade eterna. Devemos ser realistas. Ser bons mas não ser bobos. Saber que o mal existe e está no meio de nós. Por isso, devemos lutar sempre contra ele, e não favorecer a sua violência capaz de destruir vidas e estragar o bem que fazemos e a paz que vivemos. É nossa obrigação combater a maldade. Batalhar em prol da bondade e do bem-estar das pessoas ao nosso lado e em torno de nós. Sim, é a guerra entre o bem e o mal, característica presente e insistente aqui e agora na eternidade. De fato, não podemos dar créditos à maldição que nos rodeia e deseja a nossa queda e o nosso abatimento, a nossa tristeza e tudo de contrário à nossa natureza boa e de bem com a vida, e em paz consigo mesma. Com efeito, aqui e agora, a luta continua eternamente, certos da vitória do bem sobre o mal, da paz sobre a violência, da luz sobre as trevas, da vida sobre a morte e do amor sobre o ódio. Temos consciência de que a justiça de Deus permanece no meio de todos e cada um de nós. Esse fato nos alegra, ao sabermos então que o Espírito de Deus governa todas as coisas tendo em vista o nosso bem e o melhor para nós. Assim trabalha o Senhor. Ele favorece quem é bom e amigo das pessoas. E desestimula os praticantes da maldade e os comprometidos com a violência. Ele só quer o nosso bem. E é por isso que Ele trabalha incessantemente. Sua alegria é a nossa vitória. Sua vitória é nos ver sempre alegres, felizes e contentes. Assim é a o ambiente da eternidade. 25 Aqui, nessas realidades eternas e nesses ambientes de infinitude, vivemos como que mergulhados no oceano do Espírito de Deus, nadando felizes em suas águas puras e cristalinas, dentro do mar da eternidade. Existimos como bóias no interior dessas águas eternas refrescantes, pacíficas, calmas e tranqüilas, o que nos faz pessoas equilibradas e sensatas, otimistas com relação aos nossos destinos eternos, alegres e contentes em nosso convívio diário com grupos e indivíduos diferentes mas não contrários a nós, que partilham dos nossos mesmos interesses e intenções, praticantes da bondade que renova e da paz que ordena a nossa vida cotidiana, disciplina a nossa cabeça e organiza as nossas idéias e conhecimentos, sentimentos e experiências as mais diversas e profundas. Essa paz interior dentro do oceano da eternidade é fundamental para uma vida de harmonia com Deus e com o próximo, capaz de nos dar saúde física e mental, e bem-estar material e espiritual. Graças a Deus, a paz é uma constante no meio de nós. De bem com a vida, vamos construindo sempre a feliz eternidade. 26 A boa, feliz e perfeita eternidade é um processo aberto em permanente construção, o qual se realiza em função dos bons valores da consciência e das ótimas virtudes da experiência de cada dia e de toda noite, das boas intencionalidades das criaturas de bem e dos ótimos interesses dos cidadãos e cidadãs desta sociedade eterna, que caminha sempre criando as razoáveis condições de liberdade e felicidade, saúde e bem-estar, bom-senso e equilíbrio, otimismo e alegria, ordem e justiça, respeito e responsabilidade, para toda a sua gente ansiosa por santidade e uma boa vida de grandes realizações em prol de sua população lutadora e trabalhadora, produtora dos fundamentos de um Planeta Eterno livre e feliz cuja base de sustentação e fundamento de sua existência real e atual é o Espírito de Deus, Senhor de toda a eternidade. Contudo, é preciso sempre sermos realistas, e nos conscientizarmos de que o mal existe, e combate contra o bem e a paz das pessoas aqui na eternidade. Todavia, com Deus somos vencedores. Com o Senhor do nosso lado e a nosso favor, podemos ganhar a guerra entre o bem e o mal, a bondade e a maldade, e sermos assim eternamente felizes junto ao Onipotente, Deus e Senhor de nossas vidas, Razão de nossas realidades eternas e Sentido de nossa existência nesses séculos infinitos. Sim, a felicidade é eterna. 27 É importante notarmos que em quaisquer lugares e momentos diferentes em que nos encontrarmos aqui na eternidade sempre estaremos na presença de Deus, que conhece perfeitamente todos os nossos passos, sabe muito bem por onde andamos, entende como ninguém a nossa vida cotidiana e compreende como só Ele sabe os nossos problemas, conflitos e dificuldades, sempre avaliando as nossas atitudes pessoais e coletivas e constantemente examinando o nosso comportamento em relação às outras pessoas deste Planeta Eterno, o que Lhe permite julgar com perfeição as nossas obras e atividades que mantemos diariamente em comunidade ou sozinhos por acaso nestes espaços infinitos e tempos eternos. Ele, Deus e Senhor, sabe bem quem são as suas criaturas. Conhece cada qual pelo nome, pelas ações e pelos relacionamentos que estabelecem com Ele, com os outros e consigo mesmos. Ele é o Espírito de Deus, Fundamento de todos os fundamentos, Senhor de toda a eternidade, Causa da Vida e Razão da Existência, Sentido da realidade interior e Inteligência Suprema e Superior que governa todas as coisas e preside todos os seres. Ele, o Dono da Terra e Gerente do Céu, Gestor da eternidade e Administrador dos acontecimentos que aqui e agora ocorrem no meio de nós. Sim, estamos presentes em Deus. E Ele é Presença marcante na nossa vida de cada dia e de toda noite. Ele é o Senhor. 28 Hoje, Senhor Deus, quero Vos agradecer por estar aqui e agora na Feliz Eternidade e poder gozar com meus companheiros de caminhada e parceiras de estrada do privilégio de estar na Vossa presença, Senhor Deus, e viver assim mergulhado no Oceano da Eternidade e nadar a cada dia e toda noite em suas águas puras e refrescantes, profundas e cristalinas, saboreando então as maravilhas de Deus e os beneplácitos do Senhor, consumindo as suas graças sem fim e comungando com seus dons naturais, e participando de seus talentos inseridos em nossa natureza e de seus carismas introduzidos em nossa humanidade. Obrigado, Senhor Deus, por esse privilégio. De poder estar aqui e agora na Vossa Presença majestosa e maravilhosa, gloriosa e grandiosa. Agradeço-Vos, Senhor Deus, por essa imensa graça, da qual infelizmente muitos não podem comungar e participar, porque são maus e propagam a violência e a agressividade ao seu lado e em torno de si. Obrigado, Senhor Deus, por esse privilégio único, do qual poucos podem gozar e experimentar as suas delícias sem fim e as suas gostosuras eternas. Obrigado, mais uma vez, Senhor Deus. 29 Em meio ao convívio entre o bem e o mal aqui na eternidade, temos ainda a possibilidade de optar pelo melhor caminho eterno, aquele que nos orienta especificamente para Deus, identificado com a estrada da bondade, do bem que se faz a todo instante e da paz que se vive a cada momento, do amor à vida e do respeito às pessoas que estão ao nosso lado e em torno de nós, da responsabilidade por nossos atos no cotidiano e do compromisso com a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos, do bem-estar social e cultural e da saúde política e econômica de cada indivíduo e de todos os grupos humanos, criaturas que buscam a liberdade, fonte da verdadeira felicidade, que trabalham com alegria e fazem bem todas as coisas, vivem uma vida direita, justa e verdadeira, autêntica e transparente, caminham com equilíbrio e bom-senso, e vivem sempre otimistas no seu dia a dia, alegres no meio das comunidades, sempre com um sorriso no rosto para oferecer aos homens e mulheres que constituem o Povo do Senhor, felizes por estar na Sua Presença Infinita e Eterna, base da alegria sem fim e fundamento do repouso aconchegante e tranqüilizante, que acalma a nossa alma e pacifica o nosso espírito. Esse o lado bom da eternidade. Existe também o lado contrário. Todavia, nós preferimos o Senhor e o seu convívio eterno e maravilhoso, glorioso e grandioso. Que bom, Senhor, estar aqui e agora, junto a Vós, gozando eternamente dos vossos beneplácitos, favores e benefícios sem limite. Deus é maravilhoso. 30 As bases da felicidade eterna se sustentam em princípios de vida bem consolidados, em valores éticos e religiosos bem estruturados, em regras sociais, ambientais e psicológicas bem orientadas e em normas existenciais bem sistematizadas, de modo a assegurar às criaturas de Deus uma vivência eterna bem firme e forte capaz de definir boas ações e determinar ótimos comportamentos, atitudes sensatas e equilibradas, uma vida onde o otimismo mobiliza as suas atividades cotidianas, aliado da alegria de viver e se comportar com integridade sempre com um sorriso para oferecer às pessoas com quem convivemos diariamente, assumindo pois a possibilidade de nos ajudarmos uns aos outros, cooperar mutuamente para o bem-estar de todos e cada um, colaborar reciprocamente para o desenvolvimento da liberdade, fonte da verdadeira felicidade, cultivar a fraternidade entre as pessoas e ser sempre solidário com quem necessita do nosso amparo e requer o nosso esforço em dar a mão a quem precisa de nossa bondade ativa e caridade eficaz. Eis a boa eternidade. Uma sociedade de Deus. Um Povo do Senhor. Nele, as condições de uma vida feliz pelos séculos infinitos. Realmente, somos felizes. Porque nos seguramos nAquele que garante o nosso bem-estar espiritual e a nossa saúde física e mental. Ele, o Senhor dos senhores. Deus eterno. Base da nossa felicidade sem fim. 31 Se cá na eternidade você deseja ser verdadeiramente feliz, então abrace a bondade, que vem de Deus. Porque a bondade constrói uma vida de felicidade sem fim. A Bondade cultiva sentimentos de alegria e otimismo, faz a gente sorrir para as pessoas, nos ajuda a praticar a fraternidade e ser generosos, amigos e solidários uns com os outros. A Bondade nos faz sair de nós mesmos e nos aproximarmos dos outros. A Bondade nos ajuda a ajudar sempre quem precisa ou não de nós. A Bondade ilumina e fortalece a vida das pessoas. A Bondade é o bem que a gente faz e a paz que nós vivemos cotidianamente neste Planeta Eterno dentro desta sociedade de tempos e espaços infinitos. Como é bom ser bom! Como é bom fazer o bem sempre! Deste modo, Deus fica do nosso lado e a favor de nós, nos enchendo de inúmeros benefícios e créditos sem fim. Deus é bom. Devemos nós ser bons também. Deus é Amigo. Devemos também nós ser amigos igualmente. A Bondade Divina nos torna mais humanos. 32 Cá no Planeta Eterno de vez em quando é bom fazer silêncio e reservar momentos para se colocar tudo em ordem na nossa vida, disciplinar as nossas atividades cotidianas e organizar as nossas idéias e conhecimentos que tornam as nossas experiências espirituais mais saudáveis e mais agradáveis. O Silêncio tranqüiliza a nossa alma e acalma o nosso espírito. O Silêncio pacifica a nossa consciência e faz repousar os nossos problemas de cada dia e as nossas dificuldades e conflitos de quase toda noite. Com o silêncio, tudo é colocado no lugar e em seu tempo dentro da nossa existência de cada instante. Sem o silêncio, a nossa realidade diária e noturna se perdem na confusão da sociedade e se misturam com as turbulências do meio em que vivemos atualmente. Precisamos do silêncio. Nele, encontramos a Deus. Nele, a boa oração e a ótima reflexão sobre a vida de cada hora e de todo minuto vivido por nós. Nele, a chave do sucesso e o segredo da felicidade. Nele, Deus vem a nós. Nele, uma eternidade mais repousante e mais sossegada. Cultivemos pois o silêncio. 33 A Paz que eu procuro aqui e agora nestes tempos eternos de espaços infinitos, além de ser um dom de Deus, precisa ser construída a cada instante e a todo momento, e ela só será alcançada a partir do bem que fizermos às pessoas e da bondade praticada com otimismo e alegria em nossa vida, como também cultivada pela experiência de equilíbrio e bom-senso colocados em nossa existência cotidiana. Deste modo, em paz, desenvolveremos a vida da eternidade, ajudando-nos uns aos outros, criando entre nós as condições vitais de liberdade, fonte da verdadeira felicidade. Concorrem para essa paz interior a atitude de respeito mútuo e de responsabilidade social que assumirmos durante essa caminhada eterna. A Paz interna e externa são frutos do bem feito e da bondade praticada. Deus é isso. A exemplo do Senhor, sejamos pacíficos sendo bons e fazendo o bem durante a nossa permanência neste Planeta Eterno. Em paz, temos mais saúde e bem-estar. 34 Viver com autenticidade é uma das exigências para quem quer caminhar bem aqui na eternidade. Ser transparente em suas idéias e atitudes. Ser verdadeiro com as pessoas ao seu lado e em torno de si. Ser de fato autêntico, assumindo uma postura de verdade nos seus relacionamentos e perante os acontecimentos a sua volta. Tal é a base da liberdade. Essa a fonte da felicidade. Seremos autênticos quando formos fiéis ao Espírito de Deus que governa este Planeta Eterno. Esse é o comportamento correto de quem é filho e filha de Deus. Esses os verdadeiros amigos do Senhor. Que buscam a verdade. Que anseiam pela liberdade. Que aspiram pela felicidade. Eis a experiência vital de quem segue a Deus, se orienta com suas leis e diretrizes, fazendo a sua eternidade ter um sentido perfeito onde se procura o bem de todos e a paz comum a todas as comunidades que aqui e agora vivem, os grupos e indivíduos moradores e trabalhadores desse universo infinito de momentos eternos. Sejamos autênticos. E seremos agradáveis ao Senhor. Seremos verdadeiros amigos e amigas de Deus. Abracemos a verdade. Sejamos transparentes. 35 Nestes contextos infinitos e ambientes eternos, que vivemos aqui e agora, observamos 2 realidades diferentes e contrárias, misturadas entre si, mas que possuem cada qual seu mundo próprio onde se destacam, de um lado, o universo do bem e da bondade, da paz e da concórdia, e, por outro lado, o campo do mal e da maldade, da violência e da agressividade. Cá na eternidade, esses contextos se misturam, se chocam um com o outro, diante dos quais devemos fazer a nossa opção de vida espiritual, buscar a nossa alternativa psicológica e procurar qual seja a vontade de Deus para a nossa existência de cada dia e de toda noite nesses ambientes de tendências infinitas e possibilidades eternas. Acredito que o Espírito de Deus, que governa a eternidade, tenha a sua preferência, o seu partido, a sua ideologia espiritual e a sua filosofia de vida, que certamente se identificam com a prática da bondade, ser bom e fazer o bem a todos e a cada um, e viver em paz e na concórdia uns com os outros. O contrário disso, na verdade, é a outra realidade eterna, da qual não comungamos nem participamos de seus interesses agressivos nem de suas intencionalidades violentas. Preferimos o Partido de Deus. O Partido do bem e da paz. O Partido da bondade e da concórdia. Essa a nossa opção de vida eterna. Tal a nossa alternativa de existência infinita. Preferimos Deus. 36 É comum aqui em regiões infinitas e territórios eternos a manifestação da Providência Divina nos favorecendo intensamente com graças e benefícios sem fim, satisfazendo os nossos desejos espirituais e realizando as nossas necessidades físicas e mentais, psicológicas e sociais, emocionais e cotidianas, o que nos conforta e alegra imensamente, já que estamos na presença do Senhor de toda a eternidade, junto aos seus reflexos interpessoais e coletivos, quando todos então se sentem absolutamente agradecidos pelos beneplácitos de Deus em nossas vidas reais e atuais, passadas e futuras. Grande é o Senhor que sempre providencia o que nos é necessário e vital para nossas existências de cada dia e de toda noite. Gigante é Deus que nos enche de alegria espiritual, de sorriso no rosto e otimismo de vida por suas intervenções em nosso favor e suas interferências positivas para todos e cada um de nós. De fato, a Providência de Deus se encarrega de nossas necessidades, anseios e desejos espirituais. Somos felizes com a presença do Senhor entre nós. Neste Planeta Eterno, a Providência é nossa companheira de todos os momentos. 37 É importante observar que o contexto em que estamos inseridos aqui na eternidade e seu ambiente de séculos infinitos têm uma característica própria, obedecem aos ditames da consciência sempre, todavia não representam o mesmo clima do tempo e da temporalidade nem as definições e circunstâncias da história e da historicidade. Nosso universo é outro. Nosso mundo é novo. Nosso campo de atividades é diferente. Cá no Planeta Eterno devemos seguir a consciência, porém saber igualmente que temos aqui interesses específicos, problemas e soluções próprias, perguntas e respostas definidas pela ambiência eterna. Nosso ambiente aqui e agora é a eternidade. Nosso tempo é eterno. Nosso momento é infinito. Nosso território convive com o bem e o mal, opções que devemos fazer para ser felizes ou não cá na eternidade. O Espírito de Deus é Bondade e Direito e nos quer no caminho do bem e da paz, da tranquilidade e do respeito, da justiça e da fraternidade, da verdade e da solidariedade. Deus é bom. Isso é o que nos importa e interessa. 38 A História de toda a eternidade, nestes últimos tempos, tem se caracterizado por ser uma guerra constante entre o bem e o mal, a bondade de alguns contra a violência de outros, a paz e o equilíbrio de muitos contra a insensatez e a falta de juizo de muitos outros, a calma e a tranquilidade de quase todos contra a maldade e a agressividade de quase a grande maioria, o que reflete o estado de vida e existência das criaturas de Deus, deste Povo inserido neste Planeta de tempos infinitos e séculos eternos, mostrando igualmente que o Espírito de Deus, o Senhor de toda a eternidade, advoga a causa do Direito e da Justiça contra o desequilíbrio, os transtornos e distúrbios de mentes perturbadas e almas violentas, espíritos agressivos e gente que infelizmente prega e vive a divisão entre grupos e indivíduos, contradizendo o ambiente de fraternidade e solidariedade que deveria reinar entre nós. Todavia, a luta é permanente entre as forças do bem contra os poderes do mal. Os bons e justos seguem o caminho de Deus, o caminho do Direito, da Justiça e da Bondade. Devemos nós também nos orientar pelo caminho da paz, o verdadeiro caminho do Senhor. Deus é Paz. 39 Infelizmente, o mal existe e a violência ronda a nossa vida aqui e agora na eternidade. Precisamos despertar de nosso sono metafísico e ficarmos vigilantes, para não sucumbirmos diante da agressividade de muitos que nos rodeiam e desejam o pior para nós, o nosso prejuizo espiritual e a nossa queda no mais fundo do poço e do abismo que insiste em se apropriar de nós em nossa existência de cada dia e de toda noite, caso a gente vacile em nossa atitude de vigilância constante. Devemos acordar, manter o juizo, abraçar o bom-senso e viver com equilíbrio e sensatez o nosso cotidiano eterno, sem cair na tentação da discórdia uns com os outros ou na divergência de pontos de vista que só nos causam brigas e confusão, duelos e contradições. Sigamos o Espírito de Deus e sua luz interior, sua bondade de sempre e sua paz de consciência positiva, seu otimismo de vida, vivendo cá sempre alegres e contentes, ajudando-nos mutuamente, fazendo o bem a todos, querendo de fato espalhar pelo tempo eterno a solidariedade que levanta os caidos e a fraternidade que anima os tristes e deprimidos. Sejamos bons e façamos o bem sempre a todos e cada um. Pois essa é a vontade de Deus a nosso respeito. Se temos a luz divina, sejamos imitadores do Senhor, que é bom e justo com todos. Nossa alegria é o Senhor. 40 Deus é Mistério. Se quisermos saber quem é o Senhor de toda a eternidade, sua origem, seu modo de viver e existir, suas qualidades e atributos, seu caráter e personalidade, suas virtudes e boas práticas de vida, certamente vamos esbarrar em seu Mistério de existência, e apenas concluir que a essência de Deus é Viver, amar e ser bom e fazer o bem. Deus é isso. O Bem e a bondade. O Resto é consequência. Tudo e todos são efeitos da bondade do Senhor entre nós. Tudo o que existe e vive é decorrência da bondade desse Deus eterno, de infinitas possibilidades, de realidades sempre novas e diferentes, de ambientes de vida fecundos e profundos, de razão sempre equilibrada e otimista, de sorriso no rosto e alegria de viver. Deus é sempre positivo. Está sempre construindo e jamais destrói alguma coisa. Ele é bom com todos. Essa é a sua substância de vida. A Bondade de seus atos, de suas idéias, virtudes e experiências. Deus é bom e só faz o bem. Talvez seja esse o seu Mistério mais real e atual. Deus não sabe ser e fazer outra coisa. Sua bondade é infinita. Seu amor é eterno. Sua paz é profunda. Seu bem é fecundo. Deus é otimista e o equilíbrio em pessoa. Usar o bom-senso em nossas atividades cotidianas é seguir a filosofia de Deus. É saber ser orientado por Ele. Ele é bom e gosta de quem é bom e faz o bem. Tal o seu otimismo de vida. Eis o seu equilíbrio de existência.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Em 2014

Um bom caminho para 2014 Regra do Chico Lei Chicana Ame a vida Pratique o amor Ande na luz do conhecimento da verdade Seja bom e faça o bem Viva em paz uns com os outros Pratique a justiça Seja uma pessoa direita Respeite para ser respeitado Seja responsável por seus atos Tenha juízo e use o bom-senso Controle a sua mente Domine-se a si mesmo Mantenha o seu equilíbrio mental e emocional Guarde-se, segure o seu temperamento e garanta a sua paz interior Busque a liberdade Procure a felicidade Deseje sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros Some com os outros e multiplique o bem que você faz Busque o equilíbrio alimentar Beba bastante água Evite gorduras e açúcares Seja você mesmo o médico de si mesmo Crie amigos Seja generoso, fraterno e solidário Procure fazer tudo direito e manter o respeito às pessoas Abra-se a novas possibilidades Favoreça as boas tendências Renove-se interior e exteriormente Liberte-se de seus preconceitos e superstições Seja realista Mantenha a calma diante dos problemas e a tranqüilidade na hora das decisões Cultive o silêncio Tenha paciência Siga a natureza Movimente-se sempre Respeite as diferenças Observe os pequenos detalhes Valorize as pequenas coisas Busque sempre a novidade permanente Saia da rotina Progrida material e espiritualmente Evolua física e mentalmente Cresça econômica e financeiramente Procure emergir social, cultural e ambientalmente Busque a sua emancipação ética e política Use sempre a sua criatividade Ative seus dons, talentos e carismas Queira sempre sua satisfação vocacional e sua realização profissional Produza boas idéias e bons conhecimentos de conteúdo de qualidade Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas Fundamente a sua opinião Desenvolva o seu ponto de vista pessoal Ordene a sua mente Discipline a sua razão Organize os seus conhecimentos Seja transparente em suas atitudes Supere os seus limites sempre que possível Ultrapasse as suas barreiras psicológicas e ideológicas Transcenda os seus obstáculos mentais, corporais e espirituais Namore e paquere sempre que puder Ame sua mãe, seu pai e sua família Procure sempre construir e jamais destruir Seja otimista Pense sempre positivamente Aumente o seu astral Eleve a sua auto-estima Aprecie as coisas boas que a vida tem Ajude os pobres e menos favorecidos Brinque e sorria sempre como as crianças Entusiasme-se como os jovens Ame as mulheres Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos Seja consciente de seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades Lute por seus direitos Defenda seus desejos e necessidades Trabalhe com alegria Faça bem todas as coisas Oriente-se pelas boas virtudes que você pratica Siga os bons valores da sua consciência Faça das suas vivências a experiência mais fundamental da realidade Alegre os tristes Anime os desanimados Motive os deprimidos Incentive os angustiados Propague a bondade e a concórdia Procure a concórdia acima da discórdia Busque a convergência mais que a divergência Deseje a unidade no meio da diversidade Tenha uma vida plural Produza diferentes alternativas de vida Trabalhe fazendo sempre novos negócios Seja novo e busque a novidade Sorrir é o nosso melhor remédio A Alegria cura os nossos males Seja feliz fazendo os outros felizes Seja livre dando condições de liberdade para os outros Tenha fé em Deus Faça da oração o sentido da sua vida Ame a eternidade Acredite em Deus e confie no Senhor

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Gratidão

Gratidão Neste final de 2013, agradeço a Deus porque durante a vida até aqui e agora guardei a minha integridade, mantive o direito e o respeito, o bem e a bondade, preservei meu crédito junto às pessoas, defendi minha honra em sociedade, lutei por minha dignidade perante tudo e todos, garanti minha moral elevada diante de Deus, dos outros e de mim mesmo. Sustentei minha segurança psicológica, meu equilíbrio mental e emocional, o bom-senso da consciência, meu otimismo de vida, minha alegria de viver e meu sorriso sempre aberto para as pessoas. Porque beijei muitas mulheres, construí grandes amigos e amei e gostei da minha família. Pela nossa parceria em produzir trabalhos e atividades de conteúdo de qualidade. Pela mesma fé em Deus que geramos juntos. Agradeço a você também que ajudou na construção de minha interioridade. Que me fez somar com os outros e multiplicar minha boa saúde e meu bem-estar físico e material. Que soube interagir comigo no dia a dia. Que comigo compartilhou idéias e conhecimentos, experiências e pontos de vista, vivências e sentimentos, teorias e ideologias, culturas e mentalidades, pensamentos e práticas de vida. Que colaborou para a minha evolução espiritual, o progresso de minhas virtudes e boas ações e o desenvolvimento de meu interior e de minhas exterioridades. Que cooperou para o meu crescimento como pessoa humana, me dando dignidade e qualidade de vida. Agradeço a Deus por tudo isso. Agradeço a você igualmente. A todos o meu muito obrigado. Rio de Janeiro Félix da Cunha Sexta-feira 22 de Novembro de 2013 10:30 hs CHICO

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Saber Envelhecer

Saber Envelhecer Da bengala para a cova Quando na rua converso com idosos, ou bato um papo legal com pessoas da terceira idade, ou troco idéias com aposentados e pensionistas do INSS, sempre costumo apreciar a sua sabedoria de vida e a sua grande experiência acumulada durante toda a sua trajetória de existência, o seu respeito às pessoas e o seu equilíbrio mental e emocional, o seu bom-senso das coisas e a riqueza de suas virtudes morais como a bondade e a paciência, a sua fé em Deus e o seu otimismo ainda que cercados por problemas, conflitos e dificuldades na rua ou na família, mesmo que impossibilitados por seus limites naturais e humanos ou doenças que lhes sobrevêm ou cansaços físicos e materiais, fadigas espirituais ou esgotamentos psicológicos, resultado de uma realidade absorvida pelo trabalho duradouro onde as fronteiras do tempo e as imposições de enfermidades ou o surpreendente encontro com a morte parecem as marcas registradas de uma velhice bem vivida em que o convívio com os seus produz estigmas inesquecíveis que fazem da saudade de quem parte uma oportunidade para fazer da lembrança uma porta de vida e esperança para os mais novos, desejosos de seguir o mesmo caminho dos mais velhos. Esse o cardápio de uma boa velhice. Onde a dignidade é a sua lei. O Respeito a sua norma de vida. O Equilíbrio a sua boa consciência e a sua verdadeira liberdade. O Bom-senso a sua estrada de felicidade. A Responsabilidade a garantia de uma existência final mais segura e tranquila. A sua fé em Alguém Superior é a sua sustentabilidade cotidiana. Os velhos, conscientes de seus direitos e cumpridores de seus deveres e obrigações, são para nós exemplos de vida e modelos de uma existência sensata onde identificamos a paz das virtudes equilibradas, o otimismo do sorriso de bem com a vida e a alegria de um dia a dia experimentado com a força de valores bem estabelecidos e a firmeza de princípios bem consolidados. Daí os velhinhos serem bem orientados, e serem bons orientadores das gerações mais jovens. Esse o caminho de uma velhice feliz. Nela, a paz reina e o impérío do bem é o seu registro na história. Todo velhinho é bom. Graças a Deus.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Furunfunfar

Furunfunfar A Lei do Encaixe Nós somos filhos e filhas de Eva. Eva era uma Macaca. Mas foi o Macaco quem encaixou. Então Eva encaixou com Adão. A Macaca encaixou com o Macaco. A Mãe encaixou com o Pai. A Mulher encaixou com o Homem. E por isso nós estamos aqui e agora felizes, alegres e contentes. E eu então ri, sorri e gargalhei com todo o Rio Carioca do Brasil. Caí pois na gargalhada da barriga escangalhada. Escangalhei a barriga de tanto rir. Caí no gargalho do escangalho e no escangalho do gargalho. Então furunfunfei, cravei, coloquei, encaixei... Furunfunfar – A Lei do Encaixe. E assim Eva furunfunfou com Adão. A Macaca furunfunfou com o Macaco. A Mãe furunfunfou com o Pai. A Mulher furunfunfou com o Homem. E por isso nós estamos aqui e agora felizes, alegres e contentes. Graças a Deus.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Desejo

Desejo Tudo começa com o encontro de olhares quando o desejo se acende e a paixão processa o seu incendiar-se, o romance alimenta seus primeiros passos, os sentimentos despertam para o namoro, e a paquera se torna a loucura mais gostosa de um amor a dois, entre o homem e a mulher. Do desejo do olhar, os corações adquirem calor sexual, os corpos ficam quentes, e a consequência é uma madrugada de carinho onde se trocam beijos em brasas e abraços de fogo, relação cheia de conteúdo apaixonante, de riqueza espiritual e de excelência de virtudes sentimentais. Ambos, o jovem e a jovem, então, se amam, se respeitam e se valorizam um ao outro. Antes e depois do sexo, o desejo continua vivo e o amor mantém sua intensidade, e a chama acesa parece não querer se apagar para sempre. Por isso, desde então, o romance fica mais fundo, fecundo e profundo, carregado de alternativas novas e de possibilidades diferentes, quando ambos, o casal que se ama, decidem mergulhar bem mais ainda nesse desejo de um pelo outro, enlouquecendo a interação, tornando possível um amor autêntico, de virtudes transparentes e de paixão verdadeira, em que os rostos se beijam sempre com o calor dos deuses e os corpos se juntam e se ligam e se unem tornando o encaixe a felicidade do paraíso e o segredo mais bonito do céu. Nesse compartilhamento de pau bem duro e buraco quente pegando fogo sem parar tudo acontece, o prazer se faz, e o orgasmo é o ponto mais alto desse amor. Aparecem assim o homem romântico e sua paquera sensível ao toque e à penetração de seu ferro de aço atômico, a sua bomba nuclear mais gostosa, a sua bengala de dinamite mais louca que uma mulher pode ganhar e receber em seu útero de chamas acesas. Então, é a hora do desejo virar tesão, e o tesão se fazer orgasmo. Sim, o amor é lindo!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Reboque

Preciso de um Reboque Muitas vezes, em determinadas circunstâncias da vida cotidiana de todos os dias, noites e madrugadas, precisamos de Alguém que nos socorra em nossas necessidades, ou de uma pessoa que carregue e compartilhe conosco os nossos problemas diários e noturnos, ou de um indivíduo que suporte as nossas dificuldades e conflitos do dia a dia, ou de um cidadão que nos ajude na hora do aperto, nos instantes de risco e nos momentos de perigo. Precisamos de um Reboque. Que resolva nossas necessidades e colabore conosco em nossas dependências. Às vezes esse Reboque é o pai de família que nos dá dinheiro para as compras no Supermercado, ou que leve os nossos filhos para a escola, ou encaminhe um amigo ou parente para a emergência de um hospital, ou que nos dê a mão quando o carro enguiça ou necessitamos de obras em nossa casa. Nesses intervalos, o Reboque sempre aparece para nos dar um socorro, nos levar uma ajuda ou carregar os nossos pesos pesados de cada dia e de toda noite. No incômodo da doença, lá está o Reboque fazendo alguma coisa por nós. É ele que nos ajuda a fazer o enterro de um familiar, coopera conosco quando surgem dívidas ou atrasam o aluguel ou o condomínio. Tem sempre um dinheiro para nos dar ou emprestar. Ele pode ser um primo da família, ou um amigo de diversos anos, ou uma namorada que gosta muito de nós, ou um colega de trabalho que entende nossas contrariedades e compreende nossas contradições quase sempre aparentemente sem solução, mas que com o Reboque sempre se encontra a resposta adequada, ou a saída para a interrogação, ou a solução para a questão. O Reboque é assim. Sempre pronto para nos ajudar. Sempre aliviando as nossas dores, socorrendo-nos no que for preciso, carregando nossos fardos e pesadelos de todo minuto e segundo. Todavia, quando o Reboque nos falta, ou desaparece de repente de nossa vista, ou evapora de nosso cotidiano, ou some de uma vez por todas de nossa realidade diária, então o mundo parece cair, tudo tem sintomas de acabar, todos se afligem, se desesperam e se amedrontam. Cadê o nosso Reboque ? Onde está a nossa tábua de salvação ? Onde se encontra a nossa providência para os casos de depressão e tristeza, de moléstia e enfermidade, de necessidades materiais e espirituais de todos os dias ? Pois é. Como nos faz falta um Reboque! Que, na vida, possamos ser Reboque para os outros. Porém, também nós precisamos de um Reboque de vez em quando ainda que possamos superar por nós mesmos todos os problemas que nos chegam, ou ultrapassar os limites da nossa natureza, ou vencer os contrários da nossa existência, ou transcender as fronteiras que quase continuamente as enfermidades nos impõem. Apesar de tudo, vale ser Reboque para os outros. Ficamos felizes ajudando as outras pessoas. Entretanto, que todos os que dependem de nós compreendam também as nossas fraquezas e dificuldades, e que saibam que não somos deuses nem seres eternos neste mundo em que vivemos. Um dia, a casa cai. Nossas forças desaparecem. E então precisamos de outros Reboques para nos substituir. Que Deus nos dê essa graça. Que nunca nos falte um Reboque durante a vida. E que nós igualmente sejamos também Reboque para os outros. Porque a vida é um Reboque.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A Língua e a Caneta

A Língua e a Caneta A Palavra e a Escrita A Voz e a Assinatura Em minhas mãos, o destino das pessoas Observamos na realidade cotidiana como uma simples palavra de alguém ou a mera assinatura de uma pessoa podem decidir o destino de grupos e indivíduos, comunidades e sociedades, povos e nações. Muitas vezes uma batida de automóvel, ou o aumento do aluguel, ou o pagamento do condomínio, ou a perda do emprego, o bom relacionamento na família, uma briga no botequim, um conflito ou uma discórdia, uma dificuldade ou uma divergência, e até mesmo uma guerra podem ser definidos pela voz de um cidadão ou o gesto de uma assinatura de papel, um documento qualquer. Sim, somos dependentes quase sempre da língua de uma pessoa e sua voz de comando e de sua palavra escrita, a assinatura de um texto qualquer que resulte na mudança de hábitos e costumes de outros sujeitos ou pessoas. Somos dependentes. E quando a falta de respeito e a irresponsabilidade estão presentes nessa hora, minuto e segundo, então as consequências são mais críticas e mais graves e seus efeitos modificam drasticamente o destino de grupos, povos e populações inteiras. De fato, dependemos da língua e da caneta. Delas, o destino dos homens e das mulheres. Nelas, a saúde das crianças e o bem-estar da sociedade. Por elas, a vida de qualidade ou a péssima situação de pobreza e miséria. Com elas, as boas coisas da vida ou tudo de negativo que possa ocorrer com famílias de bem e comunidades conscientes e de bem com a realidade. Sem elas, não há vida, nem destino, nem o bem ou o mal. Com efeito, tudo está na língua ou na voz decisiva e na assinatura do patrão ou na decisão de um chefe determinando a origem e o fim das atitudes dos funcionários da empresa ou dos empregados do comércio. Na verdade, não sabia que éramos tanto dependentes. Só peço a Deus que nesses instantes decisivos não falte aos nossos comandantes, líderes e governantes o compromisso responsável com o bem-comum das sociedades e o bem-estar de seus cidadãos. Que o Senhor ilumine e fortaleça os nossos gerentes e diretores, a fim de que então nenhum menino morra de fome ou fique sem escola, nenhuma mulher ou mãe de família deixe de zelar pelo seu parceiro e seus filhos, os hospitais não fiquem sem médicos e remédios, nas padarias não faltem o leite e o pão, nos botequins a água e o cafezinho, nos jornaleiros o jornal e a revista, na rua os amigos para conversar, as garotas para namorar, os homens indo para o trabalho, as donas de casa fazendo compras no supermercado ou no shopping, os aposentados batendo um papo na esquina e os jovens fazendo uma permanente paquera com as meninas de seus prédios e edifícios. Que nesses momentos, Deus abençoe a língua e a caneta cujo resultado sem dúvida será uma boa vida para todos e um ótimo trabalho para cada um. Que Deus abençoe sempre a voz da língua e a assinatura da escrita, condições de uma existência feliz e de um cotidiano sem violência. Mas não se esqueça: somos dependentes.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

As Rosas

A Filosofia da Rosa As Rosas são belas sem porquê, florescem por florescer, não olham pra si mesmas, nem olham para quem as vê. Talvez as Rosas sejam gratuitas no seu manifestar-se, ou busquem a essência das coisas, longe das aparências, e se ocupem com o ser que as envolvem, independente da moda em seu entorno e dos olhos que as observam com atenção e carinho. Talvez sejam maravilhosas na sua expressão, ou gloriosas no seu constante louvor a Deus que as fez, ou alegremente vitoriosas porque vivem longe das vaidades da sociedade, curtem a natureza que as administra, e contemplam o universo e a criação sabendo que são parte de um projeto do Criador. Talvez elas tenham a beleza das Gabrielas, ou a grandeza das montanhas, ou a riqueza dos oceanos, todavia sabem ocupar o seu lugar na realidade, sabem muito bem viver o seu tempo de flores e o seu momento de amores diante dos pássaros que as visitam. Talvez gostem de gostar da vida, cantem a felicidade dos passarinhos, dancem como os girassóis todos os dias, ou acompanhem as criaturas fazendo e cumprindo a sua função perante o cotidiano que as cerca. Talvez seus espinhos reflitam suas dores de cada instante e seus conflitos de todo momento, porém sabem ir além de suas dificuldades e sofrimentos porque todos os dias e noites abraçam a bondade das pessoas que fazem da concórdia a sua lei e da convergência a sua norma de vida, construindo a sua volta um ambiente bom, de bem e de paz onde todos respiram o seu respeito baseado no direito que torna a sua liberdade a porta da felicidade dos que as contemplam diariamente. Sim, as Rosas são autênticas, gostam de ser transparentes, amam a verdade da vida, pois seu mundo é a beleza das mulheres, o perfume dos namorados, a música dos romances e suas paqueras. Assim são as Rosas. Seguem a natureza. Fazem a vontade do Criador. Cumprem o seu papel no universo. Sem aparecer nem pra si nem para os outros. Gostam de ser o que são. Apreciam a essência. Amam as profundidades. Constantemente, mergulham no fundo dos mares da existência buscando a substância de seu cheiro, o calor de seu odor, e a delícia de seu perfume. Talvez as Rosas sejam mais divinas que humanas, e mais naturais que ambientais. Todavia sei de uma coisa: as Rosas não falam, seu grito é a sua cor que nos encanta e o seu amor que nos fascina. Elas gritam o silêncio de Deus. São a voz da natureza. A Beleza do Universo. As Rosas são belas, mais lindas que o sol, mais bonitas que o girassol. Gosto das Rosas: porque elas são verdadeiras. Como toda a natureza criada por Deus. Salve a verdade das Rosas!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A Consciência Eterna

O Espírito Eterno ou a Consciência Eterna Uma outra, nova e diferente interpretação da realidade transcendente – segundo especialistas modernos – nos diz que o Espírito é a Consciência, e são eternos na sua constituição e finalidade, temporalidade e historicidade, fazendo-nos compreender a profundidade do conteúdo dos fenômenos espirituais cuja reflexão e entendimento são possibilitados pela atividade permanente de nossa racionalidade, inteligência que descobre e redescobre os ambientes do espírito humano, divino e natural. Tal compreensão desse mundo espiritual cuja essência real e atual é o indefinível e o universo dos seres e das coisas indetermináveis nos leva ao “Ápeíron”, a Providência Superior e Suprema, Princípio da vida e da existência, Origem da Criação, da Natureza e do Universo, Raiz das situações eternas onde as pessoas e criaturas convivem umas com as outras desenvolvendo seus trabalhos e ações, construindo a substância de realidades que nos ultrapassam, superam nossos limites psicológicos e fronteiras ideológicas, e transcendem nossos espaços e tempos definidos pelo clima cotidiano de nossas sociedades humanas e seus efeitos, políticos e culturais, sociais e econômicos. Assim, a Consciência ou o Espírito Eterno é o responsável direto e indireto pela produção dessa fenomenologia espiritual em que se evolui sempre para uma razão esclarecida, luminosa e lúcida, produto final dessa intencionalidade boa realizada pelo “Apeíron”, que deste modo torna possível o progresso continuado de grupos e indivíduos, e comunidades locais, regionais e globais, dependentes naturalmente das operações ativas dessa Providência Divina, interventora da história humana e do tempo natural e eterno, e que determina positivamente os destinos da humanidade. Tal Consciência ou Espírito Eterno condiciona a vida e suas conseqüências culturais e sua mentalidade em favor do bem e da paz, sem violência ou agressividade, e que ignora as turbulências da experiência cotidiana, rejeita os distúrbios imaginários da mente humana e exclui de seu campo de atuação os transtornos físicos e materiais das populações integrantes de seu sistema de vida e estrutura de amor operantes na realidade de todos os dias, noites e madrugadas. Eis o trabalho do “Ápeíron” que assim tranqüiliza as almas e os espíritos, acalma a vida interior e externa, faz repousar as criaturas e descansar as pessoas de bem e de paz, e que tornam a bondade o critério das virtudes espirituais com a qual vivem e convivem a concordância das ações interpessoais e a convergências das atividades interativas compartilhadas através de conteúdos de qualidade sustentável, da riqueza de materiais estabilizados com o tempo e da excelência de programas de comportamento identificados com a saúde e o bem-estar de todos e cada um. Desta maneira, se manifesta o ‘Ápeiron”.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Roda Gigante

Roda Gigante A Vida é uma Roda Gigante que para onde quer parar, circula livremente definindo nosso tempo, nosso momento e o instante do final da partida. Por isso, sou filho da simplicidade e respeito a todos. Se um dia precisar, sei que terei muitos amigos para me atender. Hoje procuro atender a quem precisa de mim. Como diz o ditado popular: ”o que semeares, obterás com crédito. Se plantares bem, colherás bem. Se cultivares mal, acharás o mal. Os amigos que conhecemos, os trabalhos que fazemos, as relações que mantemos, as atividades que empreendemos, os amores que alimentamos, as parcerias que semeamos, as atitudes que desenvolvemos, na família, na rua ou no trabalho, nas esquinas da cidade, no shopping do bairro, no restaurante do beco, na padaria onde compramos pão e leite, no botequim tomando um cafezinho, na farmácia adquirindo remédios, em tudo, enfim, semeamos créditos que um dia certamente voltará para nós, seja para o bem quando produzimos o bem, seja para o mal quando alimentamos o mal. Por isso, a vida é como uma Roda Gigante. Nós rodamos pelo dia a dia semeando coisas boas, ótimos princípios e valores, comportamentos saudáveis e ações agradáveis, fazendo novos amigos ou conquistando diferentes garotas, ajudando a família a ser mais e melhor. E assim passamos a vida inteira evoluindo em projetos criados, sonhos que se tornam realidade, programas que têm sucesso e prosperidade na sociedade onde estamos inseridos. E de fato as virtudes semeadas voltarão para nós em forma de créditos pessoais, favores familiares e sociais, e benefícios no trabalho e onde estivermos ocupados. Assim é a vida. Uma Roda Gigante. Que roda distribuindo o bem e o mal, repartindo bondades e maldades, dependendo da nossa semeadura, do que tivermos produzido de bem ou de mal. Somos como a Roda Gigante. De repente estamos bem. Todavia se vacilarmos poderemos nos dar mal. Que Deus o Autor da Vida nos ajude a semear situações boas para nós e os outros. E certamente colheremos os frutos da bondade das pessoas, da amizade dos amigos, do amor das mulheres, e de uma fé em Deus forte e firme que nos leve a produzir mais projetos e realizar mais sonhos cujos efeitos serão a nossa felicidade aqui e agora. Como a Roda Gigante, devemos rodar para a frente e para o alto. E descer felizes por termos feito uma boa caminhada. Na vida, sejamos gigantes. Semeando o bem, para colhermos bons frutos. E seremos felizes de verdade.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Intervalo

Intervalo Entre a Luz e as Trevas 1 A Realidade humana de hoje, aqui e agora, muitas vezes pode deixar de ser real e constituir-se em Templo do Imaginário, assumir compromissos com a irrealidade da consciência e com a irracionalidade da experiência. Nesse Intervalo, entre o real e o racional, entre a luz e as trevas, entre o bem e o mal, entre a paz e a guerra, entre a verdade e a mentira, entre o sonho e a realidade, entre o chão e o teto, entre as portas e as janelas, acontece o nosso cotidiano, o processo da vida, a formação das nossas idéias e conhecimentos, a manifestação dos nossos sentimentos mais profundos e transparentes, o reflexo de nossa mente aparentemente patológica mas que na verdade procura mostrar-se autêntica, identificada com a possibilidade da sua liberdade, produtora de felicidade. Tal processo de criação da vida de cada momento e de todo instante encontra raizes no confronto dialético entre o real e o imaginário, o cotidiano e a nossa estrutura psicológica, viabilizador das idéias que se produzem para o bem ou para o mal, das práticas humanas e seus comportamentos éticos e espirituais, de suas atividades científicas e tecnológicas, de suas ações artísticas e filosóficas, de suas experiências morais e religiosas, de suas atitudes temporais e históricas, políticas e econômicas, sociais e culturais e ambientais. Assim se produz a vida. Através desse intercâmbio paradoxal entre consciência e realidade, sua interatividade ora romântica ou sentimental ora ideal ou reflexiva ora concreta e experiencial. É a dialética da realidade cotidiana. Esse Intervalo onde ocorrem nossos trabalhos de cada hora, nossos conflitos de família, nossas ausências no convívio com as pessoas, nossas dificuldades de bom relacionamento, enfim, os nossos problemas de mente, de corpo e de espírito. Sim, porque a vida é o Intervalo, o movimento de viver, o processo de existir. Com essa mobilidade frequente, faz-se a história de cada instante, o tempo se produz caminhando sempre para a frente e para o alto, de modo progressivo, evoluindo a todo passo, crescendo de acordo com os minutos e segundos que transcorrem, se desenvolvendo para o bem-estar de toda a humanidade, de suas comunidades, grupos e indivíduos locais, regionais e globais. De fato, esse Intervalo em que se verifica a complexidade da vida e o fluxo da história, é a constituição da superação de si mesmo, da ultrapassagem constante de preconceitos e superstições e da transcendência também do tempo para enfim mergulhar no ambiente da eternidade, da vida após a morte, onde se continua para sempre o movimento dos seres e das coisas em direção do Infinito, que é Deus. Deus é o Motor desse processo. Somos consequência disso. Somos efeitos de sua intervenção na história das nossas consciências e das experiências da nossa realidade urbana e rural, psicológica e social, imanente e transcendental. Somos Intervalo. 2 Entre o nascimento e a morte a vida se processa, o mundo é construido visando o bem e a paz da humanidade, a realidade se cria em meio a problemas os mais diversos de ordem psicológica ou cotidiana, real ou imaginária, de acordo com os parâmetros de um ambiente político conturbado carregado de tendências variadas, de um contexto econômico às vezes otimista ou bastante turbulento, de um clima cultural fecundo e profundo que tem necessidade da criatividade humana, de seus talentos originais e de seus carismas inovadores, de seus pontos de vista cognoscentes e discernentes, que fazendo a diferença entre os seres e as coisas produz o tempo das mudanças permanentes e dos movimentos transformadores para melhor de situações aparentemente cabisbaixas e deprimidas, tristes e angustiantes, tornando-as então renovadas interna e exteriormente, libertas dos preconceitos de uma sociedade ainda prisioneira de superstições morais e religiosas, desequilibradas socialmente, de indefinições ecológicas e ambientais, de insustentáveis paradigmas que sustentam a cultura da morte, do mal e da violência, devendo ser combatida em nome do bem e da bondade das pessoas que continuam a cultivar a paz e a concórdia em seus relacionamentos e atitudes. Assim se processa a realidade. Cada vez e melhor aumenta a conscientização das populações e sua iniciativa de libertação de prisões psico-sociais, de transtornos físicos e mentais e de distúrbios materiais e espirituais. De fato, a realidade cotidiana é tendencialmente progressiva, caminha evoluindo em todos os sentidos da vida humana, cresce sem parar, e se desenvolve de modo a garantir a saúde e o bem-estar, e a felicidade das comunidades que integram essas sociedades emergentes, em ascensão social e política constante, emancipando-se pacientemente no nível econômico e financeiro, cultural e ambiental. Sim, caminhamos sempre crescendo por dentro e fora. Tal o sentido da vida e a razão da existência. Nessa mobilização evolutiva, vamos superando conflitos, ultrapassando obstáculos que o cotidiano nos impõe seja na família, na rua ou no trabalho, transcendendo limites e dificuldades, mergulhando pois em um universo de bondade próprio do ser humano como tal. Esse otimismo que atravessa o decorrer da história é responsável pela auto-estima dos grupos e indivíduos que constroem positivamente a realidade humana de forma local, regional e global. Nesse intervalo de ocorrências luminosas, o homem e a mulher vão vencendo o lado obscuro do cotidiano, criando as condições indispensáveis para a sua vitória sobre a maldade de alguns e a agressividade de outros. Com efeito, o mundo real tem em sua estrada cotidiana uma perspectiva positiva, que conduz o progresso dos povos e o bem-estar das nações ainda que em meio à miséria e à fome de muitos, à ignorância de grande parte de sujeitos, o que muitas vezes os faz ignorar o seu dever de guiar o tempo e sustentar a história, talvez porque bloqueados em seu repertório cultural de conhecimentos carentes de conteúdos de qualidade, de ética comportamental inferior à necessária e de uma espiritualidade que deveria se comportar como o gerente de suas possibilidades, alternativas e oportunidades reais e atuais. Mesmo assim, continuamos evoluindo das trevas em direção à luz. 3 Feito de altos e baixos, de conquistas de sucesso e de depressões sociais e psicológicas, de boas coisas que se produzem e de conflitos gerados com agressividade, de equilíbrios que conduzem trabalhos grandiosos e de carências de sensatez na hora de decidir oportunidades e apresentar possibilidades, o processo humano e natural de viver precisa de uma boa racionalidade que guie com bom-senso atitudes e sentimentos que afetam o convívio de grupos e indivíduos interessados na busca de alternativas de saúde pessoal e bem-estar coletivo para as suas comunidades emergentes, inseridas em sociedades que progridem para a criação de felicidade para seus habitantes, a partir da procura da liberdade, responsável por sua intervenção nos destinos de povos inteiros e interferência em seus empenhos e esforços por uma humanidade mais igualitária, fraterna e solidária, onde todos possam ter voz e vez, cada um caminhe com segurança e estabilidade nesta vida de mudanças contínuas e metamorfoses permanentes, em função da qual a noite das turbulências cotidianas convive com o despertar para a novidade de uma atividade engendradora de progresso para os seus, otimismo que dá esperança de realizações novas e diferentes identificadas com a possibilidade de crescimento para as suas populações, o que significa mais garantias de qualidade de vida para as pessoas, excelência de ações éticas e espirituais, resultando em ambientes férteis capazes de propiciar mais abertura de iniciativas para seus integrantes, renovação de suas tendências de melhoria convivencial e libertação de bloqueios físicos e mentais que são barreiras para o perfeito desenvolvimento de nações interessadas na ótima satisfação de seus desejos por uma existência melhor, produtiva e de aspectos positivos como a construção do respeito mútuo entre seus cidadãos e da responsabilidade social, cultural e ambiental entre seus conterrâneos, moradores e trabalhadores, constituintes de um contexto humano mais carregado das boas qualidades promotoras de condições de vida e trabalho, saúde e educação mais digna, mais vital e mais generosa para todos e cada um. Nesse movimento de construção de novas e diferentes realidades em ascensão, em termos de política partidária, economia de mercado, sociedades emergentes e culturas e mentalidades voltadas para a não-violência e a preferência por uma ética de bondade e concórdia entre seus cidadãos, produz-se o cotidiano, define-se o Intervalo de um existir que se processa entre instantes de guerra urbana e rural e momentos de paz e cidadania entre os componentes dessas sociedades em transformação permanente para melhor, essa aliás a razão de tal mobilidade humana em direção à obtenção da realização de seus sonhos e à satisfação de seus desejos e necessidades humanas, naturais e culturais. Nesse Intervalo, portanto misturam-se bons projetos de vida e a crise de modelos insustentáveis para a produção de uma sociedade mais equilibrada e otimista, de bem com a vida e em paz com a sua consciência. 4 Os momentos de crise no decorrer da história da humanidade têm provocado as reformas necessárias que fazem progredir os humanos, as transformações políticas substanciais para a ascensão e a emergência de sociedades em desenvolvimento, as revoluções científicas e tecnológicas responsáveis pela evolução de comunidades inteiras no campo das idéias e conhecimentos, as metamorfoses sociais, culturais e ambientais que tornam a vida mais renovada e diferente, comprometida com o bem-estar dos cidadãos e a saúde espiritual, física e mental de povos imersos nessa era de globalização das massas populares, interatividade de nações diversas e compartilhamento de suas relações de trabalho e conteúdos de relacionamento mais dignos de viver e que representam o caminho para o crescimento econômico e financeiro das populações mundiais interessadas na qualidade de vida de sua gente e em conduzir dignidade e excelência ética para seus integrantes, aqueles que buscam superar ações agressivas e atitudes violentas em nome de uma existência de ótimas condições de vida e trabalho, saúde e educação, ultrapassar igualmente seus limites ideológicos e suas fronteiras psicológicas que por várias vezes se tornam obstáculos à transcendência de seus próprios preconceitos morais e superstições religiosas, barreiras à emancipação de grupos e indivíduos que possuem a intenção de subir as escadarias do progresso material e espiritual, com consciência elevada e experiência de conduta condizente com suas aspirações de sucesso na vida e no trabalho aqui e agora de forma local, regional e global. Nessa explosão de movimentos emergentes e mudanças em ascensão que caracterizam o processo humano de viver, está a chave da felicidade do conjunto da humanidade, que faz da liberdade a estrada desses instantes felizes que tem a frente, no presente e no futuro. 5 As definições do tempo e os determinismos da história, sua finitude natural e seus contextos ambientais e culturais onde acontecem as intervenções divinas e humanas, convivem com o lado doentio da vida e seu quadro patológico de doenças físicas, mentais e espirituais, enfermidades de ordem psicológica e ideológica, moléstias que atingem o real e o imaginário do ser humano como tal, ao mesmo tempo que caminha construindo as coisas boas da vida, tornando o processo humano de viver e existir mais otimista e equilibrado, mais alegre e sensato, mais livre e feliz, ordeiro e pacífico, fraterno e solidário, amigo e contente. De fato, o movimento da vida é dialético e aceita a divergência de opiniões e situações controversas e a discordância de circunstâncias que ora pregam as tristezas e as angústias da existência ora geram condições de vida e trabalho, que favorecem o bem-estar das pessoas e sua saúde mental e emocional, corporal e espiritual, refletindo deste modo que o convívio humano e seus efeitos naturais e culturais convergem no que têm de positivo e se contrariam quando o bem e o mal se encontram, a paz rural e urbana se choca com a violência individual e a agressividade de grupos interessados em espalhar pela sociedade a cultura do mal e da morte contra a qual se processa a mentalidade de pessoas que advogam as causas do bem e da bondade e defendem o valor da vida e seus aspectos otimistas que coincidem com a boa vida de comunidades inteiras e a paz vivida por sociedades em transformação constante, construtoras do progresso material e da evolução espiritual da humanidade, feliz porque seus integrantes, apesas das turbulências cotidianas, ainda buscam por realizar atividades em prol da boa qualidade de vida das pessoas, da sua riqueza de conteúdos éticos a partir de que produzem uma convivência humana mais salutar, agradável e favorável às boas iniciativas de engendramento de instantes libertadores de patologias que lhes são adversas, renovadoras de seu interior e exterior e que se vêem abertas a um grande número de possibilidades, alternativas e oportunidades de trabalho, de bons relacionamentos e de ótimas atitudes que interagem umas com as outras, compartilhando suas riquezas e conteúdos de qualidade no conhecimento, nos sentimentos adquiridos, nas experiências produzidas, onde os valores de vida e suas raizes naturais e culturais, seus princípios de existência e suas normas sociais, ambientais e culturais se identificam com as boas coisas que a vida tem e a paz construida em suas consciências de existir saudável. Sim, a vida é dialética. 6 O que faz a vida acontecer é a exigência real e psicológica de satisfazer os nossos desejos humanos e realizar as nossas necessidades naturais, o que dá origem ao trabalho e aos nossos esforços e empenhos por produzir conteúdos de conhecimento, ética e espiritualidade, além de matérias de cultura e economia, política e sociedade, constituindo assim o nosso universo de relações e interatividades, intercâmbios interpessoais e compartilhamento de idéias e ideais, valores e princípios, orientadores das nossas ações sociais, das nossas intervenções na realidade cotidiana, de nossas interferências no destino de quem vive ao nosso lado e em torno de nós e depende de nossas iniciativas em prol do bem-comum da sociedade, em favor da saúde das pessoas e em benefício do bem-estar de nossos parentes, amigos e familiares. Deste modo, construimos o nosso cotidiano, definimos as nossas atitudes e determinamos o nosso convívio diário e noturno e o nosso comportamento e sentimentos uns em relação aos outros. Desde então, nos tornamos responsáveis pelo processo humano no qual colocamos nossas mediações individuais e coletivas, gerando sociedades de bem e de paz, em luta constante contra a violência urbana e rural, a agressividade de muitos e as balas perdidas resultantes do confronto entre policiais e bandidos nos campos e nas cidades. Desta maneira pois se faz a vida, o cotidiano e a existência, com momentos que ora advogam as luzes do discernimento da consciência positiva ora defendem o apagão das mentes e dos espíritos, fazendo-nos conviver diariamente com o dia que nos oferece esperanças de vida e saúde e com a noite da depressão quando passam a nos persaeguir as contradições da natureza e as turbulências do universo em forma de doenças e enfermidades em geral, o desemprego que nos assusta, os distúrbios mentais e emocionais e os transtornos de um dia a dia carregado de problemas familiares, dificuldades financeiras e conflitos na rua e no trabalho. Mas assim é a vida. Esse movimento dialético onde a luz convive com as trevas, a paz duela com a violência e o bem e a bondade se confrontam com a discordância dos relacionamentos e a divergência de atitudes. Desse jeito se faz o nosso cotidiano: de paz e guerra. 7 Os movimentos sociais, as transformações políticas e econômicas, as inovações culturais, científicas e tecnológicas, os eventos esportivos como as Copas do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos, os shows e espetáculos artísticos e musicais, de dança e teatro, as redes de comunicação via rádio e televisão transmitindo noticiários e reportagens do mundo inteiro, a teia virtual da internet conectando todos e cada um entre si, as greves e as passeatas mobilizadoras das sociedades, a dinâmica da juventude e dos trabalhadores em geral reivindicando direitos humanos e sociais, o trabalho móvel de comunidades inteiras lutando por melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação, para todos e cada um, enfim, toda essa metamorfose ideológica de realidades concretas mexendo com a conjuntura da humanidade, ilumina os ambientes e fortalece os contextos de vida onde acontecem as mudanças para melhor na história dos homens e das mulheres, aquecem as economias ainda vacilantes e fazem mergulhar em uma onda de sustentabilidade social e ambiental todos os grupos humanos interessados em qualidade de vida para seus projetos de existência, em riqueza de conteúdo para seus conhecimentos acumulados com o tempo, e em excelência de virtudes para seus programas de ética e espiritualidade baseados no respeito mútuo e na responsabilidade recíproca, o que na verdade colabora para a dissipação das trevas no meio das sociedades, que então progridem com o novo e diferente sol que passa a brilhar em suas realidades cotidianas fazendo melhorias em suas regiões de vida buscando pois outras alternativas de trabalho, novas oportunidades de emprego e diferentes possibilidades de atividades que ajudem a tornar melhor suas situações de vida e existência, sempre à procura de circunstâncias favoráveis ao seu crescimento e desenvolvimento mental, físico e espiritual. A Evolução dos povos e nações do Globo Terrestre ressalta essa passagem das trevas para a luz em que se envolvem os humanos e terrestres em busca de uma vida melhor para todos. A História caminha. E o tempo evolui. 8 É de certo modo tranquilizador o fato de sabermos que somos permanentemente mudança de estado de vida, transformação de momentos, metamorfose de instantes cotidianos. Ora passamos do medo para a coragem, da tristeza para a alegria, do ódio para o amor, do pessimismo para o otimismo, do mal para o bem, da escuridão para a luz do sol de cada dia. Somos mudança. A História e o tempo são esse processo metamórfico onde percorremos vários estados de vida e de morte, diversas situações de equilíbrio e inconstância, diferentes circunstâncias de consciência e imaginação, o que faz movimentar a sociedade, evoluir os povos e desenvolver as nações no mundo inteiro. Parece mesmo de fato que fomos feitos para a mudança. Somos a cada momento e a todo instante transformados para melhor em outros , novos e diferentes homens e mulheres. Assim caminha a humanidade. Tal o progresso humano e natural de comunidades em vias de crescimento material e espiritual, físico e mental, emocional e sentimental. Avançamos a cada hora, minuto e segundo modificando as nossas condições de vida e trabalho, saúde e educação, transporte e moradia, cultura e lazer, arte e esporte, sempre criando novas e diferentes possibilidades de melhoria de nossas relações com o mundo e a vida, de oportunidades de emprego e de outras tendências positivas para a nossa jornada cotidiana de sucessos, créditos e prosperidade. Progredimos. Somos melhores a cada instante. Evoluimos a todo momento. Tal realidade afeta a nossa consciência de valores e princípios bem estabelecidos e bem consolidados com o tempo. Parece que vamos adiante nos orientando mais e melhor para a vida e a realidade de toda hora. Resolvemos melhor os nossos problemas. Damos soluções mais sensatas para as nossas dificuldades. Os conflitos do dia a dia começam a ser superados com saúde mental e o bom-senso das coisas. Não mais perdemos a cabeça como outrora. Estamos mais equilibrados. Tal estado de consciência transformada e transformadora de atividades cotidianas nos faz agentes de uma história que se faz melhor a cada minuto. A todo segundo evoluimos para melhor. 9 Em meio a um cotidiano onde as coisas se misturam, os fenômenos do dia a dia parecem confundidos, os acontecimentos diários e noturnos se vêem desordenados, os ambientes desorganizados e a vida de todos e cada um notadamente sem disciplina ética e espiritual, surge então, como uma herança nos deixada pelos gregos da Antiguidade clássica, a razão humana com a missão de ordenar o caos da existência, disciplinar a inteligência e organizar a nossa realidade de conhecimentos e idéias, sentimentos e experiências, valores e virtudes, princípios e normas de vida pessoal e social. É a racionalidade humana e natural aquela que tem a vocação de arrumar a casa, endireitar as coisas, colocar no devido lugar o cotidiano da nossa vida de cada dia, noite e madrugada. Assim é a vida. O caos reina com a ordem. A disciplina procura ajeitar as complicações das mentes e das emoções e fazer nascer o sol da boa ética e da boa espiritualidade. O Império da confusão cede lugar à organização das idéias desenvolvida pela mente humana desejosa por liberdade, fonte da verdadeira felicidade. Deste modo, acontece a história dos homens e das mulheres. Convivemos com contrários. Estamos entre o dia de sol e a noite das trevas da realidade humana. Nesse intervalo, ocorrem as mudanças e as transformações do tempo que caminham para a eternidade. Somos metamorfoses ambulantes. 10 O Lema de Lavoisier “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” parece ser uma realidade em nosso meio histórico e temporal, muitas vezes marcado por sintomas de causa e efeito, ou por situações de acaso, ou por circunstâncias onde a surpresa dos fenômenos e o indeterminismo dos fatos e a indefinição dos acontecimentos tornam possível o movimento real e sempre atual de passagem de uma consciência obscurecida para uma mente sadia e luminosa, confirmando o contexto segundo o qual a realidade cotidiana sempre evolui, progride saindo de condições de pobreza e miséria espiritual para um clima de boas virtudes praticadas, riqueza de conteúdos de conhecimento, qualidade de vida sustentável, excelência de atitudes que buscam a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos, refletindo assim o ambiente globalizado em que vivemos, o que como disse faz-nos superar a ignorância do saber e mergulhar em ações de repertório cultural elevado, ultrapassar momentos de fraqueza e medo e se situar em instantes de coragem, força e energia psicológica e social, e ainda transcender as barreiras de valores ultrapassados e princípios antigos e tradicionais e procurar outras, novas e diferentes orientações para uma boa vida social e familiar, onde todos se acham em paz com suas consciências e de bem com a vida. Tal migração de uma consciência escura para uma razão de luz caracteriza o processo histórico em que vivemos. O Tempo é progresso mental e espiritual dentro de uma realidade sempre transformadora, em mudança permanente ainda que com elos de estabilidade nas áreas política, social e econômica, e mesmo cultural. A Vida nos demonstra ser estabilidade e crescimento. Tal a razão da temporalidade. O Sentido da historicidade. Essa a metamorfose e suas metas e resultados em um universo de migrações contínuas, onde as normas também mudam e as raizes da inteligência igualmente sofrem os efeitos das transformações da realidade. O Cotidiano se desenvolve assim. Na clareza depois de um contexto de instabilidades, transtornos mentais e distúrbios emocionais. A Realidade se processa de modo que o progresso seja das trevas para a luz. 11 O Processo histórico da realidade humana e natural cotidiana, como vimos acima, é feito a partir da realização dos desejos de homens e mulheres envolvidos com seus trabalhos e famílias, lazeres e entretenimentos, atividades sociais e políticas, econômicas e culturais, e da satisfação de suas necessidades básicas naturais, elementos que possibilitam a dinâmica das sociedades, o movimento de grupos e indivíduos, a mobilidade de comunidades, que buscam o seu progresso físico, mental e espiritual, a sua evolução em todas as áreas do conhecimento humano, o desenvolvimento de seus sentimentos e experiências construtores de saúde coletiva e bem-estar social, da fraternidade entre os povos e da solidariedade entre as nações, da interatividade de conteúdos de saber e compartilhamento de suas riquezas culturais, sobretudo no campo científico e tecnológico, na arte e no esporte, e em outras regiões da consciência humana e seus derivados morais e religiosos, ambientes de formação e informação, culturas e mentalidades surgidas a partir da geração de carismas e talentos, da criatividade de vocações e profissões liberais e demais serviços da sociedade. Deste modo, a história e o tempo da humanidade se produzem por desejos e necessidades, motores do desenvolvimento, matrizes produtoras da metamorfose das populações e sua gente interessada em qualidade de vida, riqueza de conteúdo e excelência de virtudes. Assim caminha a humanidade. Desta maneira, crescem os humanos e suas ações de bem-comum dentro de suas comunidades e sociedades. A Vida é progresso. 12 Do nascimento à morte a vida se processa, e nesse intervalo a humanidade caminha, o mundo evolui, o tempo e a história se desenvolvem, as sociedades progridem assumindo um compromisso responsável com a saúde de seus cidadãos e o bem-estar e o bem-comum de seus grupos, indivíduos e comunidades. Nesse meio, muitos talentos surgem para fazer a diferença no cotidiano, ou diversos carismas aparecem para definir os acontecimentos da realidade, neles determinando suas visões de homem e de mulher, de Deus, de natureza e de universo, seus pontos de vista transformadores para melhor das estruturas sociais e políticas, econômicas e culturais, e suas interpretações positivas e otimistas que fazem o crescimento das gentes, povos e nações do mundo inteiro, e assim a realidade de todos os dias e todas as noites vai se tornando mais dinâmica e globalizada, vendo-se possuida pelo movimento de metamorfose constante de seus cotidianos, produzindo na existência humana temporal e eterna mais qualidade de vida para as pessoas, mais riqueza de conteúdo cultural para as sociedades e mais excelência de virtudes para os cidadãos e cidadãs interessados em uma boa ética e espiritualidade natural, responsáveis fundamentalmente pela boa vida e ótima historicidade daqueles e daquelas que sustentam suas famílias e trabalhos, organizam suas atividades e comportamentos, disciplinam suas experiências de cada dia e de toda noite, e ordenam suas consciências e experiências de auto-estima elevada, ótimo astral, positividade e otimismo, condições de uma história de sucesso, prosperidade e crédito para todos e cada um. Nesse ínterim, a criatividade de quase todos contribui para a felicidade geral de todas as sociedades, isto em nome da liberdade, portal de construção de uma realidade de sorriso e alegria universais. Nesse processo, vocações se fazem e profissões se realizam. Cada qual favorece o bom cotidiano em que vivemos. 13 O Trabalho humano e seu poder de transformação para melhor da realidade cotidiana constitui um dos grandes sentidos da história e do tempo dos homens e das mulheres, a razão do progresso dos povos, o otimismo das sociedades que evoluem no corpo, na mente e no espírito, o equilíbrio das pessoas que fazem do seu desenvolvimento o caminho para a saúde individual e coletiva, e o bem-estar das comunidades, e o bem-comum de toda a coletividade. É o trabalho que intervém no crescimento da cidadania, na luta pelos direitos humanos, na busca por mais dignidade interpessoal, mais qualidade de vida social, riqueza de conteúdo cultural e excelência de virtudes éticas e espirituais. O Trabalho modifica a natureza, transforma o universo, interfere na positiva metamorfose da criação. Com ele, a ciência, a arte e o esporte, a tecnologia e a informática, o computador e a internet, o rádio e a televisão, o dia a dia convertido em coisas boas e fenômenos de ótima qualidade política e econômica, enfim, a vida mudada para o bem e a paz por meio da atividade empenhante e do esforço humano em trabalhar com alegria, fazer tudo direito e realizar bem todas as circunstâncias antes sonho mas agora realidade. O Trabalho é o fundamento da temporalidade e o princípio da historicidade. Sem ele, nada é possível, tudo é inútil e sem significado algum. A Vida é trabalho. Trabalhar é existir. Somos atividade. 14 O Processo humano de viver se faz a partir da estrutura familiar onde o cidadão ou cidadã de determinada sociedade aprende e apreende os princípios éticos e espirituais e os valores morais e sociais orientadores de sua trajetória dentro da realidade cotidiana, lugar e tempo em que constrói sua existência baseada no bem que deve fazer e na paz que precisa praticar a fim de que possa estar em harmonia com seu convívio no interior de uma realidade em mudança permanente, de transformações constantes e de metamorfoses locais, regionais e globais. Assim, através da família, a pessoa humana gera sua jornada cotidiana, produz suas idéias e conhecimentos, sentimentos e experiências ideológicas e psicológicas, sociais e culturais, políticas e econômicas, o que reflete o seu papel no tempo e a sua função na história dos homens e mulheres deste mundo em que vivemos real e atualmente. Com a família, somos educados para a vida, aprendemos o direito e o respeito, crescemos com responsabilidade social, cultural e ambiental. Sem a família, faltam-nos as raizes da existência, as normas de uma vida onde a liberdade deve ser o fundamento da felicidade. De fato, a família é a base de uma sociedade ordeira e pacífica, livre e feliz, equilibrada e sensata, alegre e otimista, caminho para uma humanidade de bem com a vida e em paz com sua consciência. Na família, a nossa estabilidade, segurança e tranquilidade. Nela, Deus se faz, tem voz e tem vez. Por ela, a vida, a paz e a ordem, o amor e o bem, a bondade e a concórdia, a convergência e a unidade, e a consciência de que estamos bem, tudo pode dar certo, e a certeza da vitória sobre as fontes da violência e da agressividade em nosso entorno. A Família nos garante e nos sustenta historicamente, no tempo e para a eternidade. 15 No tempo, entre o dia da Vida e a noite da Morte, os acontecimentos e os fenômenos da realidade cotidiana se manifestam ora misturados com a claridade das consciências ora confusos com o discernimento dos espíritos humanos. Nesse jogo de indefinições físicas e mentais, faz-se igualmente a indeterminação dos ambientes sociais, dos contextos político-partidários, das estruturas econômicas em desequilíbrio e das culturas e mentalidades geradas sem a sensatez da racionalidade e o otimismo das pessoas que vivem em sociedade. Assim ocorrem entre nós o desejo de ordenar todas as coisas e a necessidade de impor limites à história a fim de garantir a voz da natureza que tudo comanda e o grito do universo pedindo socorro diante do império da dúvida e da incerteza que muitas vezes quer abalar a estabilidade das comunidades, grupos e indivíduos interessados em paz espiritual, disciplina social e organização de suas consciências e experiências cotidianas. Nasce assim a imprescindível aspiração por uma ética e uma espiritualidade baseadas na concórdia de princípios e convergência de valores que possam orientar os humanos e terrestres no caminho de uma vida mais fraterna e solidária, ordeira e pacífica, otimista e equilibrada, saudável e agradável. Como vemos, ao lado dos transtornos psicológicos e dos distúrbios ideológicos aparecem a consciência humana que tudo organiza, a sua racionalidade disciplinadora de suas atitudes e a sua inteligência que ordena o caos que ora foi instalado. Nesse binômio de controvérsias, faz-se a história e se caminha para a eternidade mais além. 16 Entre a vida e a morte vivemos uma grande jornada cotidiana onde se alternam a realidade do bem e os fenômenos do mal, e essa dupla característica alternada nos revela o que somos e o que temos de mais próprio em nossa natureza humana e social, definindo-nos como seres alternados em que reinam ora a violência de grupos e indivíduos ora imperam a bondade de alguns e a fraternidade de muitos ou a solidariedade de quase todos. Nessa caminhada de momentos bons e instantes ruins, acontece o nosso dia a dia, e se propaga uma atmosfera reveladora da nossa existência humana e natural: temos de um lado a cultura da maldade e de outro a mentalidade de paz e otimismo, de alegria e bem-estar, o que nos caracteriza como pessoas humanas, uma vez tomadas pela agressividade ora condicionadas por circunstâncias positivas onde a convergência de pontos de vista se contrapõe à discordância de opiniões, refletindo-nos os 2 lados da vida, geradores de cidadãos e cidadãs de respeito e responsáveis, e de outro a marginalidade, a bandidagem e a corrupção social, moral e espiritual. De fato, somos essas 2 situações: violência e bondade, maldade e paz, ódio e amor, trevas e luz. Tal estado de vida nos faz viver socialmente, disputando um lugar na sociedade, buscando altenativas de existência capazes de satisfazer ora os nossos deejos de boa saúde física e mental, material e espiritual, ora apontando-nos o caminho contrário: a estrada da maldição. Essa a vida humana, o intervalo entre o viver e o morrer de todos e cada um de nós. 17 Nesse intervalo de tempo e do tempo que chamamos de história cotidiana, do nascimento até a morte, acontecem muitas coisas, diversos fatos se manifestam e os fenômenos da realidade do dia a dia nos dizem que a vida está sempre sendo produzida, em um processo permanente e progressivo de construção de boas idéias, virtudes e experiências onde a nossa criatividade trabalha bastante, nossos dons, talentos e carismas possibilitam ações fraternas e solidárias, nossa vocação se identifica em gerar grandes oportunidades para todos, boas alternativas de vida e trabalho para muitos e excelentes possibilidades de saúde física e mental e bem-estar material e espiritual, o que é feito algumas vezes por obras do acaso, ou em uma atitude de neutralidade perante os problemas, conflitos e dificuldades na rua, na família e no emprego, ou em atividades indefinidas sem planejamentos ou sem projetos de ação, ou em comportamentos indeterminados quando o silêncio fala mais alto que as palavras, vivemos escondidos de gigantescas preocupações ou assumamos um compromisso com uma vivência racional e inteligente, encaminhadora de nossos bons programas cotidianos em que o bem que fazemos e a paz que vivemos precisam superar as ameaças, os riscos e os perigos que o mal nos apresenta constantemente, desenvolvendo então atitudes construtivas, eliminando a violência de nosso meio e ignorando a agressividade nossa e alheia, tendo em vista a experiência de uma vida onde Deus tenha voz e vez na nossa realidade diária e noturna, a bondade das pessoas nos alcancem com seus exemplos de vida e nossas atividades possam se identificar com uma prática consciente, livre e virtuosa, progredindo na geração de uma boa ética e espiritualidade natural, evoluindo na criação de opções de vida agradáveis e saudáveis, contribuindo assim para que nossas comunidades e as sociedades de que fazemos parte cresçam equilibradas e otimistas, produzindo valores e princípios bem orientadores de nossas ações de toda hora. Sim, o tempo é o lugar das diferenças. E as diferenças fazem a história. Somos diferentes e não iguais uns aos outros. 18 A Realidade temporal e social de nossas sociedades históricas é feita de detalhes e diferenças que trazem à luz as contradições nas relações humanas e naturais, motor do desenvolvimento e raiz da dialética que move os humanos em busca de melhores condições de saúde e bem-estar para os seus, interferindo na melhoria de seu meio social e familiar, político e econômico, cultural e ambiental, transformando assim sonhos em realidade, definindo saudáveis e agradáveis disposições comportamentais daqueles e daquelas que tornam o convívio de comunidades e grupos uma evolução das sociedades, configurando modos e estilos de vida que abraçam a justiça social e a saúde individual e coletiva. De fato, as contradições mobilizam as sociedades, as necessidades movimentam os humanos e as diferenças e novidades mudam para melhor o nosso cotidiano, feito de detalhes e sua dialética de metamorfoses ambulantes. Caminhamos dialeticamente. As contrariedades nos mobilizam e realizam o processo do tempo e da história. Nesse intervalo, a vida acontece todos os dias, noites e madrugadas, a cada hora, minuto e segundo. 19 As diferenças fazem a história de todos os dias, nos revelando que somos construção de detalhes, geração de fenômenos sociais e familiares, produção de idéias e conhecimentos que fundamentam nossos atos e atividades, articulando os fatos de todas as horas, fazendo com que os acontecimentos sejam dialéticos, movidos por contradições internas, determinantes do jogo do tempo e sua temporalidade, dos modelos de história e sua historicidade. E se as diferenças definem a historicidade, por um lado, de outro as contrariedades são produtoras das ações transformadoras, mudando para melhor ou pior nosso destino na sociedade. Como se vê, somos diferenças, somos detalhes que se chocam, somos diversidades e adversidades que se contrariam para assim constituir nossos comportamentos individuais e coletivos, modificando as estruturas e sistemas das comunidades intervindo então no progresso ou regresso da humanidade. De fato, o bem e o mal existem, por isso temos evolução ou não desenvolvimento, cultura e contracultura, definições que refletem nosso estar no mundo e nosso jeito de interferir no dia a dia das pessoas, de grupos e sociedades plurais, polivalentes e multifuncionais. De forma diferencial e dialética intervimos nos acontecimentos, produzimos o movimento das sociedades ao construir e desconstruir nossos desejos e anseios, ansiedades e necessidades. Deste modo fazemos história.